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domingo, 19 de maio de 2013

Até onde chegamos?

0 7- Prefácio do livro

Por MICHEL GRALHA PRESIDENTE DO INSTITUTO DE ESTUDOS EMPRESARIAIS – GESTÃO 2012/2013

O Fórum da Liberdade experimentará sua 26ª edição com o mesmo objetivo de ser um importante local de debates de ideias em que todos possam entrar, ouvir, argumentar, construir opiniões sólidas sobre assuntos fundamentais para o país e para o mundo e, ainda, encontrar formas de colocá-las em prática, saindo do plano teórico e construindo ações transformadoras e inovadoras. O evento tem proporcionado isso há 25 edições, e justamente por essas consequências importantes é que se tornou um dos principais encontros de debate de ideias da América Latina. São sempre grandes temas associados a grandes nomes, o que acaba por agregar muito a todos que, de qualquer forma, participam do Fórum. Ainda, para ilustrar e auxiliar a intensa troca de conteúdo, os associados do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) redigem, anualmente, artigos que são publicados no livro “Pensamentos Liberais”, já na sua 17ª edição, e que carrega neste ano o título “Até onde chegamos?”. Destaca-se com isso que o Fórum é não apenas um local de debates, pura e simplesmente; quem participa do evento é instigado a ir além e transformar ideias em ações, pois só assim seremos capazes de mudar a realidade que está ao nosso redor. Nesse sentido, trazemos ao público um resumo das inúmeras melhorias que o Fórum nos proporcionou, direta ou indiretamente. Não há que se debater a importância desse vultoso e importante evento, porém sempre é bom relembrar o quanto se pode fazer pela sociedade. Assim também será a 26ª edição do Fórum da Liberdade, que abordará os ensaios de Frédéric Bastiat, com o tema “O que se vê e o que não se vê”. O assunto revisita uma realidade, narrada pelo autor, com a qual, apesar da época, ainda convivemos no Brasil. Como nos ensaios do livro, escritos em 1850, no Brasil atual fala-se tanto em desenvolvimento e na necessidade de um país competitivo que todos nos esquecemos das fragilidades das nossas instituições, dos excessos de burocracia e dos obstáculos impostos aos empreendedores. Infelizmente, apesar da necessidade de agilidade e competência nas decisões corporativas e econômicas, aqui ainda se vive uma era medieval quando o assunto é empreender. O Fórum deste ano busca debater essa inter-relação entre o mundo teórico e a prática, o passado e o futuro, pois, como se retrata aqui, é de suma importância olhar pelo retrovisor para aprender; porém, focar no amanhã é fundamental para buscar algo novo e desafiante, com o objetivo claro de transformar o Brasil em uma nação realmente importante no cenário mundial. Avaliando as mudanças sugeridas e implementadas, bem como o atual momento do país, conclui-se que há muito que fazer nos próximos anos. Se a ideia é tornar-se um país de ponta, serão necessárias inúmeras mudanças, principalmente nas questões atreladas à nossa precária infraestrutura. O Fórum deste ano retoma alguns temas básicos que sequer deveriam ser debatidos; entretanto, tendo em vista a atual situação brasileira, ainda necessitam de ajuda, para que não atrapalhem definitivamente os planos de construirmos uma nação forte e estruturada. Assim, serão abordados temas como Liberdade de Imprensa, Ausência de Infraestrutura, Gasto Público, Protecionismo, Segurança Pública e Educação Básica. Frisamos, temas que não deveriam mais ser debatidos, porém estão na pauta e são motivo de preocupação daqueles que conseguem fazer uma leitura do atual momento brasileiro e que entendem o país como um ente capaz de alcançar um crescimento econômico e financeiro sustentável. Por outro lado, a euforia tomou conta da nação. Estaremos com os holofotes virados para o Brasil, seremos sede da Olimpíada e da Copa do Mundo. Inegável que esses eventos poderão deixar uma grande herança, mas também que podem acabar escancarando ainda mais todos os nossos problemas estruturais e institucionais, não permitindo que se aproveite o legado que tais acontecimentos poderiam deixar. Nesse sentido, abordar objetivamente o passado e planejar o futuro faz parte dos nossos objetivos descritos. Não há que se conviver mais com o ente público fazendo o papel do privado. Tal prática aumenta custos e, por conseguinte, onera a população. Da forma em que as estruturas brasileiras estão montadas, dificilmente se encontrará fluxo tributário suficiente para suprir todas as necessidades. Os gargalos são enormes, e não há moeda que consiga fechá-los, sequer reduzi-los; é necessária a participação mais frequente e pontual do setor privado. Vamos ler, crescer, debater e agir. Só assim seremos agentes de mudança em um país melhor.

CONTINUAÇÃO


Fonte: Movimento Viva Brasil 

 Pdf deste livro 

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