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sábado, 18 de maio de 2013

John Steinbeck e Louis Lavelle: antirrebanhistas

“A nossa espécie é a única espécie criativa, e tem apenas um único instrumento criativo: a mente de cada homem”. Nunca nada foi criado por dois homens. Não existem boas colaborações, quer em arte, na música, na poesia, na matemática, na filosofia. Cada vez que o milagre da criação acontece, um grupo de pessoas pode construir com base nela e aumentá-la, mas o grupo em si nunca inventa nada. A preciosidade reside na mente solitária de cada homem.

E agora existem forças que enaltecem o conceito de grupo e que declararam uma guerra de exterminação a essa preciosidade, a mente do homem. “Através das mais variadas formas de pressão, repressão, culto, e outros métodos violentos de condicionamento, a mente livre tem sido perseguida, roubada, drogada, exterminada”.

John Steinbeck, A Leste do Paraíso

“Como todos sabem, o social é o inimigo. Origina-se a força do social sempre da inveja ao individual. A vida social sensaboriza, descora e esgota o pensamento, banaliza-o e materializa-o. Transforma o ser em algo de verbal e falso e obriga-o a discutir, a se defender e atacar. Distancia-o amiúde do centro de si mesmo. Como se abolisse o indivíduo, ela empresta toda sua força ao amor-próprio e sai em busca dum território comum a todos, que há de ser ou a opinião, isto é, o mundo, ou a intimidade de Deus. É inata ao grupo a abolição de toda comunicação possível entre homens, pois a comunicação se trava entre indivíduos e se dá para além do grupo, no universal.Existem apenas duas formas de comunicação: a amizade e o amor. Mas é inato ao grupo excluí-las. Sob a forma duma presença anônima, pesada e odiosa, o coletivo me esmaga. Perde tempo quem queira conciliá-lo com a existência da pessoa e com as relações interpessoais, pois o coletivo é a negação das duas, é força que exalta o corpo, mas oprime a alma. Apenas em sociedade encontram o seu arrimo o materialista e o ateu, apenas em solidão o espiritual e o religioso. Somente a comunhão dos solitários é a verdadeira. Eis o paraíso, em oposição à comunidade das massas, em que se atritam os corpos ou em conjunto emitem os mesmos gemidos. Evitai o comunismo e até a comunidade, que obrigam os homens a comunicar apenas o lado mais banal de si mesmos”.

Louis Lavelle


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