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sábado, 13 de fevereiro de 2016

A infelicidade do século - Alain Besançon

Para aqueles que acham que o nazismo e o socialismo (comunismo) são ideologias antagônicas entre si. Para aqueles que defendem o paraíso perfeito do socialismo, num futuro que nunca chega; mas fingem não se lembrar do inferno cheio de atrocidades causado por ele. Anon, SSXXI

Algumas parte extraídas do livro “A infelicidade do século”

Por Alain Besançon)

Raul Hillberg é o autor de uma obra infinitamente documentada, escrupulosa, controlada: A destruição dos judeus europeus. Ele teve tanta dificuldade quanto Primo Levi para encontrar um editor, e só a publicou em 1985. Não existe, e não poderá existir tão cedo, uma obra tão rigorosa e detalhada sobre as destruições comunistas. Eu usarei seu plano.

A destruição dos judeus europeus, segundo Hillberg, deu–se em cinco etapas:

- a expropriação;

- a concentração;

- as “operações móveis de assassinato”;

- a deportação;

- os centros de extermínio...

... Eu chamo de moral natural ou comum aquela à qual se referem os sábios da Antiguidade, e também os da China, da índia ou da África. No mundo constituído pela Bíblia, essa moral é resumida na segunda tábua dos mandamentos de Moisés. A ética comunista opõe-se a ela de forma frontal e muito consciente. Ela se propõe a destruir a propriedade e, com ela, o direito e a liberdade que se vinculam a ela, e reformar a ordem familiar. Ela se dá o direito de todos os meios de mentira e de violência para derrubar a velha ordem e fazer surgir a nova. Ela transgride abertamente, em seu princípio, o quinto mandamento (“honrarás pai e mãe” ), o sexto (“não matarás” ), o sétimo (“não cometerás adultério” ), o oitavo (“não roubarás” ), o nono (“não darás falso testemunho contra teu próximo” ) e o décimo (“não cobiçarás a mulher do próximo” ). Não é absolutamente necessário crer na revelação bíblica para aceitar o espírito desses preceitos que se encontram em todo o mundo. A maioria dos homens considera que existem comportamentos que são verdadeiros e bons porque correspondem ao que eles conhecem das estruturas do universo. O comunismo concebe um outro universo e vincula a ele sua moral. É por isso que ele recusa não só os preceitos, mas também seu fundamento, o mundo natural. Dizíamos que a moral comunista baseia-se na natureza e na história; é falso. Baseia-se numa supernatureza que não existe e numa História sem verdade...

... Todo governo comunista fecha as fronteiras, esse é um de seus primeiros atos. Os nazistas, até 1939, autorizavam as partidas, a troco de resgate. A “pureza” da Alemanha ganhava com isso. Mas jamais os comunistas. Eles têm necessidade do fechamento absoluto das fronteiras para proteger o segredo de suas matanças, de seu fracasso; mas, sobretudo, porque o país supostamente se tornou uma vasta escola em que todos devem receber a educação que extirpará o espírito do capitalismo e filtrará, em seu lugar, o espírito socialista.

O segundo passo é controlar a informação. A população não deve saber o que se passa fora do campo socialista. Ela não deve tampouco saber o que se passa dentro. Ela não deve conhecer seu passado. Ela não deve conhecer seu presente: somente seu futuro radioso.

O terceiro é substituir a realidade por uma pseudorealidade. Todo um corpo especializado no falso produz falsos jornalistas, falsos historiadores, uma falsa literatura, uma falsa arte que finge refletir fotograficamente uma realidade fictícia. Uma falsa economia produz estatísticas imaginárias...

(Continue lendo no livro – vale a pena comprar e divulgar)



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