Algumas parte extraídas do livro “A
infelicidade do século”
Por Alain
Besançon)
Raul Hillberg é
o autor de uma obra infinitamente documentada, escrupulosa, controlada: A
destruição dos judeus europeus. Ele teve tanta dificuldade quanto Primo Levi para
encontrar um editor, e só a publicou em 1985. Não existe, e não poderá existir
tão cedo, uma obra tão rigorosa e detalhada sobre as destruições comunistas. Eu
usarei seu plano.
A destruição
dos judeus europeus, segundo Hillberg, deu–se em cinco etapas:
- a
expropriação;
- a
concentração;
- as “operações
móveis de assassinato”;
- a deportação;
- os centros de
extermínio...
... Eu chamo de
moral natural ou comum aquela à qual se referem os sábios da Antiguidade, e
também os da China, da índia ou da África. No mundo constituído pela Bíblia,
essa moral é resumida na segunda tábua dos mandamentos de Moisés. A ética
comunista opõe-se a ela de forma frontal e muito consciente. Ela se propõe a
destruir a propriedade e, com ela, o direito e a liberdade que se vinculam a
ela, e reformar a ordem familiar. Ela se dá o direito de todos os meios de
mentira e de violência para derrubar a velha ordem e fazer surgir a nova. Ela
transgride abertamente, em seu princípio, o quinto mandamento (“honrarás pai e
mãe” ), o sexto (“não matarás” ), o sétimo (“não cometerás adultério” ), o
oitavo (“não roubarás” ), o nono (“não darás falso testemunho contra teu
próximo” ) e o décimo (“não cobiçarás a mulher do próximo” ). Não é
absolutamente necessário crer na revelação bíblica para aceitar o espírito
desses preceitos que se encontram em todo o mundo. A maioria dos homens
considera que existem comportamentos que são verdadeiros e bons porque
correspondem ao que eles conhecem das estruturas do universo. O comunismo
concebe um outro universo e vincula a ele sua moral. É por isso que ele recusa
não só os preceitos, mas também seu fundamento, o mundo natural. Dizíamos que a
moral comunista baseia-se na natureza e na história; é falso. Baseia-se numa
supernatureza que não existe e numa História sem verdade...
... Todo
governo comunista fecha as fronteiras, esse é um de seus primeiros atos. Os nazistas,
até 1939, autorizavam as partidas, a troco de resgate. A “pureza” da Alemanha
ganhava com isso. Mas jamais os comunistas. Eles têm necessidade do fechamento
absoluto das fronteiras para proteger o segredo de suas matanças, de seu
fracasso; mas, sobretudo, porque o país supostamente se tornou uma vasta escola
em que todos devem receber a educação que extirpará o espírito do capitalismo e
filtrará, em seu lugar, o espírito socialista.
O segundo passo
é controlar a informação. A população não deve saber o que se passa fora do
campo socialista. Ela não deve tampouco saber o que se passa dentro. Ela não deve
conhecer seu passado. Ela não deve conhecer seu presente: somente seu futuro
radioso.
O terceiro é
substituir a realidade por uma pseudorealidade. Todo um corpo especializado no
falso produz falsos jornalistas, falsos historiadores, uma falsa literatura,
uma falsa arte que finge refletir fotograficamente uma realidade fictícia. Uma
falsa economia produz estatísticas imaginárias...
(Continue lendo
no livro – vale a pena comprar e divulgar)
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