Nesse
paradigma, se você criticar o Islã, você é um racista. O Islã tornou-se
inatingível, exceto para elogios, ou, pelo menos, aceitação neutra
A
preocupação com a "islamofobia" é parte da degradação cultural
De acordo com
um plano de 10 anos da Organização da Cooperação Islâmica (OCI) para
implementar a Resolução das Nações Unidas 16:18, que criminaliza toda a crítica
ao Islam em todo o mundo, a Casa dos Representantes dos EUA emitiu a H. Res.
569, condenando a violência, intolerância e "retórica de ódio" para
com os muçulmanos nos Estados Unidos.
Essa proposta
vem na esteira da promessa da procuradora-geral da República Loretta Lynch,
após o atentatado em San Bernardino, de processar alguém culpado de discurso
anti-muçulmano. É claro que a Sra Lynch está disparando um canhão numa mosca.
De acordo com o relatório Uniform Crime Report do FBI, houve 1014 casos de
crimes de ódio motivados por preconceito religioso em 2014. Desses, 154 – 15,2 por
cento – foram anti-islâmicos. Mais da metade foram incidentes anti-semitas. Não
só isto é mais um exemplo de que a administração Obama exagera ameaças menores,
mas sugere também uma ignorância ou evasão insensível da Primeira Emenda.
As elites
progressistas acusam aqueles que condenam o extremismo muçulmano de serem eles
mesmos extremistas – alegando que a censura ao Islã radical é uma crítica
indiscriminada de todos os muçulmanos. Aqui está um exemplo do que os
progressistas chamariam de "islamofobia", apelidado apropriadamente
por Andrew Cummins como uma palavra "criada por fascistas, usada por
covardes, para manipular idiotas."
De acordo com
uma pesquisa da Pew Research em 2013, 10% dos muçulmanos (160 milhões) apoiam a
violência de motivação religiosa contra os civis em determinadas situações. 15%
acreditam que a execução é justificada para apostasia e quase 23% justificam a
matança de mulheres que fazem sexo extraconjugal. Desde 11/9, houve mais de 20
mil ataques terroristas ligados ao Islam.
Por que então
as elites progressistas acusam os críticos do Islam radical de islamofóbicos?
De acordo com o primeiro-ministro francês Valls, essa tática é uma arma dos
apologistas do Islã para silenciar seus críticos. É um porrete do politicamente
correto para silenciar a oposição.
O que surgiu
com esta campanha do politicamente correto é um ataque frontal à liberdade de
expressão. Nesse paradigma emergente, se você criticar o Islã, você é um
racista. O Islã tornou-se inatingível, exceto para elogios, ou, pelo menos,
aceitação neutra.
Esta tentativa
de silenciar as vozes de oposição e de análise crítica ganhou adesão, como a
resolução sugeriria. Claramente uma resolução não é uma lei e, presumivelmente,
os membros do Senado vão rejeitar a proposta, no entanto, é preocupante que uma
Casa liderada por republicanos tenha sequer considerado a idéia de se opor ao
discurso anti-muçulmano. Todo americano, obviamente incluindo os muçulmanos,
tem o direito inalienável de viver sem medo e intimidação e praticar idéias
religiosas sem interferência.
A questão é a
prática da fé de alguém que possa ser incompatível com as disposições da
Constituição, incluindo a manutenção das leis da terra e esperando o
cumprimento pelo cidadão dessas leis. Tashfeen Malik e Syed Pizwan Farook, que mataram
14 dos colegas de trabalho de Farook e feriram dezenas de outros em San
Bernardino, Califórnia, foram radicalizados em uma mesquita, segundo relatórios
recentes. Eles não respeitaram as leis dos EUA, apesar do fato de que Farook
era um cidadão americano. Aqui está o busílis. Os muçulmanos são livres para
buscar a sua fé, mas quando ocorre radicalização que desafia a segurança
nacional e nosso modo de vida, a censura é apropriada. Isto não é islamofobia,
é senso comum. A retórica deve ser condenatória, mesmo que muitos membros da
Casa não vejam dessa forma.
A liberdade de
expressão não é apenas leve e doce; representa as dimensões ásperas da vida. A
preocupação com a "islamofobia" é parte da degradação cultural.
Vários anos atrás, o filósofo Mortimer Adler disse: "A cultura não é morta
por conflitos políticos, mesmo quando eles atingem a violência avassaladora da
guerra moderna, e nem por revoluções econômicas, mesmo quando envolvam os
deslocamentos de levantes em massa modernos. Uma cultura morre de doenças que
são elas próprias culturais. Pode nascer doente, como a cultura moderna o foi,
ou pode decair pela insuficiente vitalidade para superar forças destrutivas
presentes em todas as culturas, mas em qualquer caso, a desordem cultural é uma
causa e não um efeito de perturbação política e econômica que assola o mundo
hoje em dia."
Se Adler está
certo, pode-se perguntar como pode a cultura ser imunizada contra um
politicamente correto que protege a violência potencial e corrói os alicerces
da nação”?
Herbert London é presidente do
London Center for Policy Research, senior fellow do Manhattan Institute e autor
do livro The Transformational Decade (University Press of America).
Publicado no
Accuracy in Media - http://www.aim.org
Divulgação: PapéisAvulsos - HeitorDePaola.com
Tradução: William
Uchoa
Fonte: Mídia sem mascara
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