Um
dos aspectos mais interessantes do estudo da História é que frequentemente
homens nascidos nas circunstâncias mais humildes conseguem, apesar disso,
ascender até ao topo e afetar dramaticamente o curso da História humana. Eles
podem ter sido homens de acção ou pensadores, mas de qualquer forma, as suas
actividades podem fomentar alterações tremendas através dos anos. Antonio
Gramsci foi, ao mesmo tempo, um homem de ação e um pensador e, qualquer que
seja o resultado dos eventos que ocorrerão em décadas futuras, ele certamente
será considerado pelos futuros historiadores como uma figura de relevo.
Nascido
na obscuridade na ilha de Sardenha em 1891, Gramsci não era um candidato primário
a ser alguém que causaria um impacto significativo no século 20.
Gramsci
estudou Filosofia e História na Universidade de Turim, e rapidamente se tornou
num Marxista aplicado, alistando-se no Partido
Socialista Italiano. Imediatamente após a Primeira
Grande Guerra, ele estabeleceu o seu próprio jornal radical, A Nova Ordem,
e pouco depois ajudou a fundar o Partido Comunista Italiano.
Marxista
desiludido
A
"Marcha em Roma" fascista, e a nomeação de Benito Mussolini para
primeiro-ministro, causaram a que o jovem teórico Marxista abandonasse a
Itália. Buscando por uma nova casa, ele escolheu o sítio mais lógico para um
Comunista, a recentemente criada URSS de Vladimir Lenine. No entanto, a Rússia
Soviética não era o que ele estava à espera. Os seus poderes de observação
despertaram imediatamente para a distância que frequentemente separa a teoria
da realidade.
Um
Marxista fanático no que toca às teorias políticas, econômicas e históricas,
Gramsci ficou profundamente perturbado pelo facto da vida na Rússia Comunista
exibir poucas evidências em favor do amor profundo por parte da classe operária
pelo "paraíso" que Lenine havia construído para eles. Havia uma ligação
ainda menor com conceitos tais como "revolução do proletariado" ou
"ditadura do proletariado", para além da retórica obrigatória.
Pelo
contrário, era óbvio para Gramsci que o "paraíso" da classe operária
mantinha o seu domínio sobre os trabalhadores e sobre os camponeses apenas e só
através do terror, das matanças em massa em escala gigantesca, e através do
onipresente medo das visitas noturnas e do trabalho forçado na imensidão
siberiana. Também crucial para o estado de Lenine era a constante difusão de
propaganda, de slogans e de mentiras óbvias. Tudo isto era uma desilusão imensa para Gramsci.
Embora
outros homens provavelmente teriam reavaliado a sua visão ideológica depois de
tais experiências, a mente sutil e analítica de Gramsci trabalhou de forma
diferente sobre este paradoxo.
Stálin sobe ao poder.
A morte de Lenine e a obtenção de poder por parte de Stalin causou a que Gramsci reconsiderasse imediatamente a sua escolha de residência. Operando sobre os empreendimentos de Lenine baseados no terror e na tirania, Stálin começou a transformar a Rússia agrária num gigante industrial que voltaria então as suas energias para a conquista militar. Era plano de Stalin criar a maior máquina militar da história, esmagar as "forças reacionárias", e impor o Comunismo em toda a Europa e Ásia - mais tarde em todo o mundo - através da força.
A morte de Lenine e a obtenção de poder por parte de Stalin causou a que Gramsci reconsiderasse imediatamente a sua escolha de residência. Operando sobre os empreendimentos de Lenine baseados no terror e na tirania, Stálin começou a transformar a Rússia agrária num gigante industrial que voltaria então as suas energias para a conquista militar. Era plano de Stalin criar a maior máquina militar da história, esmagar as "forças reacionárias", e impor o Comunismo em toda a Europa e Ásia - mais tarde em todo o mundo - através da força.
Enquanto
isso não acontecia, e como forma de consolidar e garantir o seu poder, Stálin
deu início ao extermínio sistemático de potenciais adversários dentro do seu
lado ideológico. Isto, como se verificou mais tarde, tornou-se num processo
contínuo que durou até a sua própria morte. De modo particular, homens sobre
quem recaiam suspeitas mínimas de que se desviavam da interpretação Marxista-leninista
de Stálin, eram enviados para as câmaras de tortura, para os campos da morte,
ou colocados perante esquadrões de execução.
O
"profeta" da prisão
Com o
fim dos seus dias na Rússia Stalinista, Gramsci decidiu regressar a casa para
tomar parte na luta contra Mussolini. Visto, ao mesmo tempo, como uma ameaça
séria para a segurança do regime fascista e um provável agente duma potência
estrangeira hostil, passado que estava pouco tempo, Gramsci foi preso e
condenado a um tempo considerável de prisão. Foi na prisão que ele dedicou os 9
anos de vida que lhe restavam à escrita.
Antes
da sua morte por tuberculose em 1937, Gramsci escreveu 9 volumes em torno das
suas observações em torno da História, Sociologia, teoria Marxista, e, mais
importante, a estratégia Marxista. Esses volumes, conhecidos como
"Cadernos do Cárcere", foram desde então publicados em várias línguas
e distribuídos por todo o mundo. A sua importância vem do fato de formarem os
fundamentos duma nova e dramática teoria Marxista, uma que torna a
"revolução espontânea" de Lenine obsoleta, uma promete conquistar voluntariamente
o mundo para o Marxismo, e uma que se baseia numa visão realista dos fatos
históricos e da psicologia humana - e não nos desejos vazios e nas ilusões.
Como
vamos ver, a avaliação inteligente de Gramsci do Marxismo e da humanidade faz
com que os seus escritos se encontrem entre os mais poderosos do século. Embora
Gramsci tenha morrido de uma forma ignominiosa e solitária numa prisão
fascista, os seus pensamentos ganharam vida própria e ascenderam para uma
posição a partir da qual eles poderiam ameaçar o mundo. Quais foram essas
ideias?
A
essência da Revolução Vermelha.
A
contribuição fundamental de Gramsci foi a de libertar o projecto Marxista da
prisão do dogma econômico, e desde logo aumentando de modo significativo a sua
habilidade para subverter a sociedade Cristã. Se levarmos a sério os anúncios
ideológicos de Marx e de Lenine, seríamos levados a acreditar - lado a lado com
os seus milhões de discípulos iludidos - que a revolta dos operários era
inevitável, e que tudo o que era necessário era a mobilização das classes
inferiores através da propaganda, e desde logo dando início a uma revolução
universal. Naturalmente, esta premissa está errada, mas mesmo assim manteve-se
uma doutrina inflexível entre os Comunistas - pelo menos em público.
No
entanto, o cerne do movimento Comunista era composto por criminosos impiedosos,
perfeitamente cientes dos erros intelectuais do Marxismo mas dispostos a
empregar os meios necessários para obter o poder que tanto desejavam. Para tais
conspiradores cheios de ódio e endurecidos, a ideologia é uma táctica, um meio
de mobilizar apoiantes e racionalizar as ações criminosas.
Aqueles
que aceitam sem questionar a ideia de que "o Comunismo está morto"
falham ao não entenderem a verdadeira natureza do inimigo. O
Comunismo não é uma ideologia na qual se acredita, mas sim uma conspiração
criminosa na qual se toma parte. Embora Lenine professasse reverenciar os textos de Marx como
palavras sagradas, mal os seus Bolcheviques obtiveram o poder na Rússia, Lenine
viu-se à vontade para modificar a doutrina Marxista de modo que estivesse ao
seu agrado. O mesmo aconteceu com Stalin.
Os
Bolcheviques não chegaram ao poder na Rússia depois duma revolta dos
trabalhadores e dos camponeses, mas através dum golpe de estado (orquestrado
por uma elite Marxista altamente disciplinada) e consolidado através duma
guerra civil. Para, além disso, e não podemos esquecer, os Marxistas receberam
ajuda fundamental por parte da elite política e bancária do Ocidente.
Igualmente,
o Comunismo não chegou ao poder na Europa Oriental através duma revolução, mas
sim através da imposição desse sistema por parte do Exército Vermelho conquistador - e,
mais uma vez, com a conivência corrupta dos conspiradores Ocidentais. Na China,
o Comunismo chegou ao poder através da guerra civil, ajudada pelos Soviéticos e
pelos elementos traidores do Ocidente.
Em
nenhuma parte do mundo o Comunismo chegou ao poder através duma revolução
popular, mas sim através da força e do
subterfúgio. Os únicos levantamentos revolucionários populares registrados no
século 20 foram "contrarrevoluções" anti-marxistas, tais como a
revolta de Berlim em 1954 e o levantamento Húngaro de 1956.
Olhando
para o século 20 como um todo, torna-se claro que Marx estava errado nas suas
suposições de que a maior parte dos operários e camponeses se encontravam
insatisfeitos com o seu lugar na sociedade, e se sentiam alienados da mesma
sociedade, que eles tinham algum tipo de ressentimento contra a classe média ou
a classe alta, ou que eles tinham algum tipo de predisposição para a
revolução.
Para
além disso, onde quer que o Comunismo tenha obtido o poder, o seu nível improcedente
de violência, de coerção, e repressão, geraram oposição secreta a nível
interno, e oposição militar a nível externo - o que tornaram as matanças sem
fim e a repressão endêmicas do Marxismo e essenciais para a sobrevivência do
Comunismo.
Todos
estes fatos inegáveis, quando analisados de forma honesta, eram dificuldades
insuperáveis quando novas extensões do poder Comunista eram consideradas, e
asseguravam a existência de algum crise dentro do Marxismo.
Embora
o que foi dito em cima seja óbvio para os observadores perspicazes atuais,
olhando para trás do ponto de vista do nosso tempo e depois de mais de oito
décadas de experiência com a realidade do Comunismo no poder, começamos a
entender algo da perspicácia de Antonio Gramsci quando nos apercebemos que, o
que é evidente para nós hoje, no encerrar do milênio, era evidente para ele
quando o regime Soviético se encontrava na sua infância e o Comunismo ainda era
largamente uma conjectura ainda não testada.
Gramsci
foi um brilhante estudioso de filosofia, história e línguas e esta educação não
só lhe deu uma excelente compreensão do maneira de ser do seu semelhante, como
também do caráter das sociedades que compunham a comunidade de nações
civilizadas das primeiras décadas deste século [ed: século 20]. Tal como já
vimos, uma das percepções basilares que lhe foi fornecida pela sua educação foi
a de saber que as expectativas comunistas duma "revolução
espontânea", causadas por algum processo de inevitabilidade histórica,
eram ilusórias.
Segundo
ele, os ideólogos Marxistas estavam imersos numa ilusão auto-imposta. Segundo o
ponto de vista Gramsciano, os operários e os camponeses não estavam, em larga
escala, predispostos para uma revolução e nem tinham qualquer tipo de desejo
de destruir a ordem existente. A maior parte deles tinha lealdades para além
das considerações de classe (e muito mais poderosas), mesmo em situações onde a
situação da sua vida era tudo menos ideal. Muito mais significativo que a
solidariedade de classe, para as pessoas comuns coisas como Deus, amor à
família e a nação eram mais significativas. Estas fidelidades eram acima de
tudo as alianças primordiais que suplantavam todas as outras.
Por
mais que as promessas Comunistas tivessem poder atrativo para as classes
operárias, elas eram, no entanto, diminuídas pela brutalidade Comunista e pelos
grosseiros métodos totalitários. Agitando as classes aristocráticas e burguesas
para a ação, estes atributos negativos eram tão aterrorizadores e tão sóbrios
que organizações anticomunistas militantes apareceram por todo o lado,
colocando de modo efetivo um ponto final nos planos expansionistas Comunistas.
Com tudo isto facilmente aparente para ele, e abençoado de certa forma com o
aparente interminável lazer proporcionado pela vida na prisão, Gramsci voltou a
sua excelente mente para salvar o Marxismo, analisando e resolvendo estas
questões.
Subvertendo
a Fé Cristã.
Gramsci
deduziu que o mundo civilizado havia sido saturado com o Cristianismo por 2000
anos e que o Cristianismo era a filosofia dominante e o sistema moral na Europa
e na América do Norte. De forma prática, a civilização e o Cristianismo
encontravam-se inextricavelmente ligados. O Cristianismo tinha-se tornado tão
integrado na vida diária de quase todos, incluindo da vida dos não Cristãos que
viviam em terras Cristãs, e era tão universal, que formava quase uma barreira
impenetrável para a nova civilização revolucionária que os Marxistas
queriam criar.
As
tentativas de demolição de tal barreira revelaram-se improdutivas uma vez que
só geraram forças contrarrevolucionárias poderosas, consolidando-as e
tornando-as potencialmente mortíferas. Devido a isto, em vez dum ataque
frontal, seria muito mais vantajoso e menos perigoso atacar a sociedade do
inimigo sutilmente com o propósito de transformar a mente coletiva da
sociedade gradualmente durante um período de algumas gerações - da precedente
visão do mundo Cristã para uma mais de acordo com o Marxismo.
E havia mais.
Enquanto
que os Marxista-leninista convencionais nutriam sentimentos hostis contra a
Esquerda não comunista (democratas, e socialistas Fabiano), Gramsci alegou que
a aliança com um espectro alargado de grupos esquerdistas seria essencial para
a vitória Comunista. Nos dias de Gramsci, estes grupos esquerdistas incluíam
várias organizações "antifascistas", sindicatos e grupos políticos
socialistas. Nos dias de hoje, a aliança esquerdista inclui feministas radicais,
ambientalistas extremistas, movimentos em torno dos "direitos civis",
associações anti-polícia, internacionalistas, congregações religiosas ultraesquerdistas,
e assim por diante. Estas organizações, lado a lado com Comunistas confessos,
criaram uma frente unida operando para a transformação [ed: subversão] da
antiga cultura Cristã.
Basicamente,
o que Gramsci propôs foi a renovação da metodologia Comunista e a
racionalização e atualização das estratégias antiquadas de Marx. É de ressalvar
que a visão futura de Gramsci era inteiramente Marxista e ele aceitava a
validade da visão do mundo Marxista. Onde ele se distinguia dos demais era no
processo através do qual a tal visão do mundo obteria a vitória. Gramsci
escreveu que..
....
pode e deve existir uma "hegemonia política" mesmo antes de se
assumir o poder governamental, e de modo a que se possa exercer a liderança
política ou hegemonia, não se pode contar apenas com o poder ou com a força
material que são dadas pelo governo.
O que
ele quis dizer é que é dever dos Marxistas conquistar as mentes e os corações
das pessoas, e não depositar as esperanças futuras só na força ou no poder.
Para,
além disso, os Comunistas foram intimados a colocar de lado alguns dos seus
preconceitos de classe na sua luta pelo poder, buscando até vencer elementos
das classes burguesas - um processo que Gramsci descreveu como "a
absorção da elite das classes inimigas". Não só isto iria fortalecer o Marxismo com sangue novo,
como iria esvaziar o inimigo ao causar nele a perda de talento. Trazer os
brilhantes filhos e filhas da burguesia e colocá-los sob a bandeira vermelha,
escreveu Gramsci, "resultaria na sua decapitação [das forças anti-marxistas]
tornado-as impotentes".
Resumindo,
a violência e a força por si só não transformariam o mundo de forma genuína. Em
vez disso, é através da conquista da hegemonia nas mentes das pessoas e através
do roubo dos homens mais talentosos do inimigo que o Marxismo iria triunfar de
modo pleno.
Escravos
Voluntários
O
livro de Aldous Huxley "Admirável Mundo Novo" - um clássico estudo do
totalitarismo moderno - contém uma frase que simboliza o conceito que Gramsci
tentou passar aos seus camaradas de partido: O estado totalitário realmente
eficiente seria aquele onde o todo-poderoso executivo dos chefes políticos e o
seu exército de gestores controlariam uma população de escravos que não
precisariam de ser coagidos porque eles amariam a sua servidão.
Embora
seja pouco provável que Huxley estivesse familiarizado com as teorias de
Gramsci, a ideia que ele transmite de pessoas livres a marcharem
voluntariamente para a servidão sem coação captura de modo preciso o que
Gramsci tinha em mente. Gramsci acreditava que se o Comunismo obtivesse a
"mestria da consciência humana", então os campos de trabalho forçado
seriam desnecessários.
Como
é que uma ideologia obtém o domínio sobre os padrões de pensamento inculcadas
na culturas há já centenas de anos? Segundo Gramsci, o domínio da consciência
de grandes quantidades de pessoas seria obtido se os Comunistas ou os seus
simpatizantes obtivessem o controle das instituições culturais - as igrejas, a
educação, os jornais, as revistas, os média eletrônicos, a literatura séria, a
música, as artes visuais, e assim por diante. Ao obterem a "hegemonia
cultural", para usar os termos de Gramsci, o Comunismo iria controlar as
fontes mais profundas do pensamento e da imaginação do ser humano.
Nem é
preciso controlar toda a informação se for possível obter o controle das mentes
que assimilam essa informação. Perante tais condições, a oposição séria
desaparece uma vez que os homens já não capazes de entender os argumentos dos
opositores do Marxismo. De facto, os homens irão "amar a sua
servidão" e nem se aperceberão que isso é servidão.
A
primeira fase para se obter a "hegemonia cultural" duma nação é a
debilitação dos elementos da cultura tradicional:
1. As igrejas são, portanto, transformadas
em clubes politicamente motivados, que colocam ênfase na "justiça
social" e no igualitarismo, e onde as doutrinas milenares e os
ensinamentos morais são "modernizados" ou reduzidos até ao ponto da
irrelevância;
2. A educação genuína é substituída por
currículos escolares "emburrecidos" e "politicamente
corretos", e os padrões [acadêmicos] são reduzidos de um modo dramático;
3. Os órgãos de informação são moldados de
modo a serem instrumentos de manipulação em massa, e instrumentos de assédio e
descrédito das instituições tradicionais e dos seus porta-vozes;
4. A moralidade, a decência, e as virtudes
do passado são ridicularizadas incessantemente;
5. Os membros tradicionais e conservadores
do clero são caracterizados como falsos e os homens e mulheres virtuosos são
classificados de hipócritas, convencidos e ignorantes.
A
cultura não é mais um suporte de apoio à herança nacional, e um veículo para a
transmissão dessa herança para as gerações futuras, mas sim um meio de
"destruir as ideias ... apresentando aos jovens não os exemplos heróicos
mas apresentando de modo deliberado e agressivo os degenerados," como
escreveu o teólogo Harold O.J. Brown. Podemos ver isto na vida Americana
contemporânea, onde os grandes símbolos no nosso passado nacional, incluindo os
grandes presidentes, soldados, exploradores e pensadores, são caracterizados
como sendo homens notavelmente "racistas" e "sexistas," e
como tal, basicamente malignos. O seu lugar foi ocupado por charlatães
pró-Marxista, pseudointelectuais, estrelas do rock, celebridades esquerdistas
cinematográficas, e por aí adiante.
Noutro
nível, a cultura tradicional Cristã é qualificada de "repressiva",
"Eurocêntrica", "racista", e, desde logo, indigna da nossa
contínua devoção. Para o seu lugar, o primitivismo puro mascarado de
"multiculturalismo" é colocado como o novo modelo.
O
casamento e a família, os tijolos de construção da nossa sociedade, são
perpetuamente atacados e subvertidos. O casamento é caracterizado como uma
conspiração dos homens como forma de perpetuar um sistema maligno de domínio
sobre as mulheres e as crianças. A família é descrita como uma instituição
perigosa centrada na violência e na exploração. Segundo os Gramscianos, a
família patriarcal é precursora do fascismo, do Nazismo, e até de todas as
formas de perseguição racial.
Em
relação ao ataque à família Americana, e em relação a muitos outros aspectos da
técnica Gramsciana, exploremos agora em poucas palavras a história da Escola de
Frankfurt. Esta organização composta por intelectuais esquerdistas, também
conhecidos como "Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt",
foi fundada na década 1920 em Frankfurt (Alemanha). Foi por lá que ela
prosperou durante a decadência do período de Weimar, aumentando e alimentando-se
da decadência, e estendendo a sua influência através do país.
Com a
subida ao poder de Hitler como Chanceler em 1933, os partidários esquerdistas
da Escola de Frankfurt fugiram da Alemanha para os Estados Unidos, onde eles se
fixaram na Columbia University. Tal como é característico de tais
homens, eles retribuíram a dívida aos Estados Unidos, por os ter protegido da
brutalidade Nazi, virando a sua atenção para o que eles consideravam as
injustiças e as deficiências sociais inerentes do nosso sistema e da nossa
sociedade. Imediatamente eles começaram a construir um plano para levar a cabo
uma reforma revolucionária nos Estados Unidos.
Max
Horkheimer, um dos
notáveis da Escola de Frankfurt, determinou que a aliança profunda dos
Americanos à família tradicional era um indício da nossa inclinação nacional
para o mesmo sistema fascista de onde eles tinham fugido. Explicando a conexão
entre o fascismo e a família Americana, ele declarou:
Quando
a criança respeita na força do seu pai uma relação moral e aprende deste modo a
amar o que a sua racionalidade reconhece como sendo um facto, ele experimenta o
seu primeiro treino do relacionamento autoritário burguês.
Comentando
de forma crítica a teoria de Horkheimer, Arthur Herman escreve no seu livro
"The Idea of Decline in Western History" ["A Ideia do Declínio
na História Ocidental"]:
A
família moderna típica envolve, portanto, "uma resolução sadomasoquista
do complexo de Édipo," produzindo uma deficiência psicológica, a
"personalidade autoritária." O ódio do indivíduo pelo pai é suspenso
e permanece por resolver, tornado-se, no seu lugar, numa atracção pela figura
autoritária forte que ele obedece de modo inquestionável.
A
família tradicional patriarcal é, portanto (segundo Horkheimer), terreno fértil
para o fascismo, e as figuras autoritárias carismáticas - homens tais como
Hitler e Mussolini - são os beneficiários da "personalidade
autoritária" instigada pela família tradicional e pela cultural. [ed: Será
que se pode dizer que homens tais como Lenine, Estaline, Pol Pot, Mao Tse Tung
e Fidel Castro são "beneficiários da personalidade autoritária"?]
Theodor
W. Adorno, outro notável da Escola de Frankfurt, ressalvou a teoria de
Horkheimer com a sua própria teoria, publicada em forma de livro com o título
de "A Personalidade Autoritária", que ele co-autorou com Else
Frenkel-Brunswik, Daniel J. Levinson, e R. Nevitt Sanford. Após análise
minuciosa, tornou-se aparente aos críticos que a pesquisa sobre a qual o livro
"A Personalidade Autoritária" se baseou era pseudo-sociológica,
falha na sua metodologia e enviesada nas suas conclusões. Mas os críticos
foram ignorados.
Adorno
e a sua equipa de pesquisas anunciaram que a América estava pronta para ser
tomada pelos seu próprios fascistas domésticos. Não só a população Americana
era irremediavelmente racista e anti-Semita, como tinha uma visão demasiado
complacente com figuras autoritárias tais como os pais, os polícias, o clero,
os líderes militares, e assim por diante. Os Americanos estavam também
demasiado obcecados com coisas "fascistas" tais como a eficiência, o
asseio, e o sucesso, uma vez que estas qualidades revelavam, internamente, uma
"visão pessimista e desdenhosa da humanidade", uma visão que, segundo
Adorno, levava ao fascismo.
Através
de tal disparate absoluto tal como encontrado nos escritos de Horkheimer,
Adorno, e nos escritos de outros luminares da Escola de Frankfurt, as
estruturas da família tradicional e da virtude tradicional foram seriamente
colocadas em causa e a confiança nelas atenuada. Os oficiais governamentais
eleitos, bem como os burocratas, contribuíram para este problema através de
políticas fiscais que penalizaram a família tradicional ao mesmo tempo que
subsidiaram modos de vida anti-tradicionais. Para além disso, estes oficiais
estão cada vez mais inclinados a elevar abominações como as uniões homossexuais
e as uniões heterossexuais ilícitas para o mesmo nível do casamento. Em muitas
localidades através do país, e em muitas companhias privadas, benefícios previamente
reservados aos casais são, já, conferidos aos "parceiros" sexuais
não-casados. Até a palavra "família" está a ser lentamente suplantada
pelo eufemismo vago "casa" [inglês: "household"].
Um
terra sem lei
Há já
muito tempo que os Americanos se vangloriam do fato da sua nação ser governada
pela lei e não pelos homens. A lei Americana deriva diretamente da lei comum
inglesa e dos princípios Bíblicos e Cristãos que são a raiz da lei comum
Inglesa. Seria, portanto, de esperar que a lei se constituísse numa das
barreiras principais contra a subversão da nossa sociedade. Em vez disso, a
mudança revolucionária na área legal passou a estar na ordem do dia, mudança
tão espantosa que nunca poderia ser imaginada há 50 anos atrás. Ninguém
sonharia na ilegalizarão da oração e de qualquer expressão religiosa [Cristã]
em locais públicos, a legalização do aborto como um "direito"
constitucional e a legalização da pornografia, só para mencionar apenas três.
Princípios
claramente expressos e adotados pelos Pais Fundadores, e avançados pela nossa
Constituição, estão a ser agora frequentemente reinterpretados e distorcidos.
Aqueles princípios que não podem ser reinterpretados e distorcidos, tais como a
Décima Emenda, são simplesmente ignorados. Pior ainda, a agenda ideológica por
trás da radicalização da lei Americana está a ser alegremente aceite por
milhões de Americanos, que foram eles também radicalizados sem se
aperceberem disso.
Crucial
para o sucesso Gramsciano é o desaparecimento de todo o estilo de vida e toda a
civilização passada da memória coletiva. A América antiga, de vidas não
reguladas, cidades limpas, estradas sem crime, entretenimento moralmente
edificante, e um estilo de vida voltado para a família, já não se encontra viva
nas mentes de muitos Americanos. Mal isso desapareça por completo, não haverá
mais qualquer oposição à nova civilização Marxista, o que demonstra de forma
única que através do método Gramsciano é de facto possível "Marxizar o
homem interior," tal como Malachi Martin escreveu no livro "The
Keys of This Blood". Então, e só então, escreve o Padre Martin,
"se pode acenar com sucesso a utopia do "Paraíso dos Operários"
à sua frente, para ser aceite de uma maneira pacífica e de forma humanamente
aceitável, sem revolução ou violência ou derramamento de sangue."
Deve
ser evidente para todos, exceto para as almas mais simples, que, após uma ou
duas gerações, tal condicionamento social incessante inevitavelmente alterará a
consciência e a substância interna da sociedade, e produzirá crises estruturais
significativas dentro da sociedade, crises que se manifestam de formas variadas
em virtualmente todas as comunidades através do país.
O
Bom Combate
Pode
parecer para alguns que a situação da nossa nação é insolúvel e que nenhuma
força ou agente pode possivelmente pôr fim às estratégias insidiosas que operam
para nos destruir. Apesar da história severa dos últimos 60 ou 70 anos, existe,
no entanto, muito que pode ainda ser feito e muitas razões para se ter
esperança. Famílias e homens e mulheres individuais ainda têm, em larga escala,
a liberdade para evitar e escapar ao condicionamento ‘alterador de mentes’
Gramsciano. Eles têm o poder de se protegerem destas influências e
especialmente, de proteger os mais jovens. Existem alternativas às escolas
públicas, à televisão, aos filmes sem valor, à música "rock"
estridente, e essas alternativas têm que ser adotadas. A propaganda e a
estricnina cultural têm que ser excluídas das nossas vidas.
Aqueles
que têm crianças a seu cargo têm uma responsabilidade particularmente pesada. Apesar
de todos os esforços da esquerda radical e dos seus simpatizantes nas escolas e
nos média para transformar os jovens Americanos em selvagens, eles não podem
ter a liberdade para serem bem sucedidos visto que mentes desorganizadas -
vórtices mentais do anarquismo e niilismo - não têm poder algum para resistir. Os
selvagens rapidamente se tornam em escravos.
As
crianças e os adultos devem tomar conhecimento de conceitos basilares tais como
a honestidade, a virtude, a decência, o dever e o amor a Deus e ao país através
da vida de autênticos heróis nacionais - homens como George Washington, Nathan
Hale, John Paul Jones, e Robert E. Lee. Semelhantemente, eles serão mais
capazes de reter os valores civilizados e manter mentes sãs se forem
encorajados a aprender a amar a sua herança cultural através de literatura
grandiosa, poesia, música e arte. Os pais devem exigir aos seus filhos que
mantenham o comportamento moral, o modo e os padrões dos seus antepassados. Na
escola, deve-se requer aos mais jovens que adiram a padrões acadêmicos
elevados. Mais importante ainda, a religião tradicional [Cristianismo] tem que
fazer parte da vida diária.
Nós,
como cidadãos, temos que exercer poderes persuasivos sobre os nossos
representantes eleitos. Ao fazermos isto, a nossa mentalidade deve ser, em
absoluto, uma de intransigência por parte dos políticos. De igual modo, ao
escolhermos os nossos representantes eleitos nos mais variados níveis, devemos
olhar para homens e mulheres que se recusam a abdicar dos seus princípios.
Também
importante, os homens e as mulheres honrados que nós formos eleger e que se não
abdicam dos seus valores, têm que estar cientes da estratégia Gramsciana de
subversão cultural; eles têm que ser capazes de reconhecer as tácticas e as
estratégias que estão a ser usadas para minar as instituições sobre as quais
assentam as nossas liberdades. Construir esse entendimento irá, por sua vez,
requerer a formação dum eleitorado com princípios e educado, que irá transmitir
este conhecimento aos nossos representantes - e responsabilizá-los mal eles
tenham obtido um cargo eletivo.
Não
devemos nunca permitir que sejamos levados a marchar de modo precipitado, como
um rebanho, rumo à formação de opiniões e julgamentos estimulados e
orquestrados pelo sensacionalismo da imprensa e dos outros mestres dos média.
Em vez disso, devemos resistir calmamente as suas técnicas de manipulação
mental.
Levando
em conta que não estamos sozinhos, devemos voltar a nossa atenção para as
igrejas tradicionais, as escolas e as organizações políticas e educacionais, e
disponibilizarmos a nossa voz e o nosso apoio à criação de bastiões de
resistência à ofensiva Gramsciana.
Finalmente,
nunca devemos abandonar a nossa fé no futuro e a nossa esperança numa América e
num mundo melhor. Deus, com o Seu Poder Infinito e com o seu amor sem limite
por nós, nunca nos irá abandonar mas irá responder às nossas orações e
recompensar os nossos esforços, desde que não percamos a nossa fé.
O
Marxismo e qualquer outra bandeira que o Estado total desfila nos dias atuais,
não são inevitáveis e não são a onda do futuro. Desde que nós pensemos e
vivamos com o espírito indomável dos nossos antepassados não poderá
falhar.
Fonte:
http://bit.ly/1cCOVt7
Fonte:
Marxismo Cultural
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