Seja bem vindo, amigo!

Seja bem-vindo, amigo! Seja você também mais um subversivo! Não se entregue e nem se integre às mentiras do governo e nem da mídia! Seja livre, siga o seu instinto de liberdade! Laissez faire! Amém!

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sábado, 30 de julho de 2016

Crimes inventados

Por Priscila Chammas
A única vítima do crime sem vítima é você que não cometeu crime algum.

Segunda-feira, 11h.  João dirige numa rodovia com os faróis apagados. Chega a hora do almoço, e ele para numa churrascaria de beira de estrada. João segura os talheres com cabo de madeira e se esbalda nas carnes mal passadas. Tem batata-frita também. João adora batata-frita com bastante sal. Ele pega o saleiro em cima da mesa, e capricha. Bem alimentado, segue viagem até a cidade, onde para no banco para pagar uma conta. A fila está grande, e enquanto aguarda sua vez, ele pega o celular e liga para a namorada Maria.

Combinam um restaurante japonês mais tarde.  À noite, João pede um Uber e vai buscar Maria para o programa combinado. Clientes antigos do japa, João e Maria não têm dificuldades para comer de palitinho. Nem o arroz escapa da habilidade de seus hashis de madeira. Passa das 22h, quando saem de lá e vão para a casa de João, esticar o programa. Antes, passam numa loja de conveniência e compram umas cervejas. E assim acaba o dia de João, um criminoso.

Pode não parecer, mas praticamente tudo o que João fez no seu dia era contra a lei, ou ao menos algum parlamentar tentou tornar contra a lei: incluindo a carne nas egunda-feira, o saleiro na mesa, o hashi de madeira e a cerveja na loja de conveniência (se fosse no mercado, poderia). Mas se achar os crimes de João é uma tarefa difícil para pessoas comuns, mais difícil ainda é encontrar as vítimas dos crimes de João. Não existem vítimas. No máximo, ele mesmo, que pode ficar hipertenso pelo excesso de sal na batata-frita. Mas isso, obviamente, é um problema que João precisa resolver sem a ajuda do poder público. No mais, crimes sem vítimas não são crimes, ou pelo menos não deveriam ser.

É através desses pequenos crimes inventados que o governo vai regulando e tomando conta da vida das pessoas, em aspectos que não lhe dizem respeito, mas alegando sempre as melhores intenções. Um exemplo disso foi a lei que proibiu o uso de telefone celular em agências bancárias de Salvador, em 2010. Seis anos se passaram, e o único efeito prático foi atrapalhar a vida de quem tem coisas para resolver enquanto espera ser atendido no banco. Pode parecer incrível, mas assaltantes não costumam ser exímios cumpridores de leis. Não há nenhum indício de que a criminalidade tenha caído por conta da proibição, e se você digitar “saidinha bancária Salvador” no Google, vai se deparar com inúmeras notícias publicadas depois que a lei já estava vigente.

Segundo uma reportagem do site Spotniks, há 71 mil leis em vigor hoje no país, apenas em âmbitos estaduais e federal. É impossível estar ciente de todas as leis existentes no país, e, neste exato momento, você pode estar cometendo uma infração sem saber. Afinal, além das 71 mil, há ainda as leis municipais. E na Câmara Municipal de Salvador, cada cabeça é um mundo (da Lua).

Certa feita um parlamentar se orgulhava de ter proposto 300 leis num espaço de nove meses. “Se são bons ou ruins, eu não sei. Só sei que tenho 300 projetos apresentados”, gabou-se, numa entrevista. Um outro vereador orgulha-se de ter proposto a obrigatoriedade de etiquetas em braile em peças de vestuário vendidas na cidade. E um terceiro teve a genial idéia de obrigar concessionárias de veículos a dar mudas de plantas de brinde a todos os clientes que comprassem um carro.

As motivações são as mais nobres possíveis: inclusão, meio ambiente, saúde, segurança... Mas tanto controle estatal na vida das pessoas e das empresas trazem muito mais transtornos do que bons resultados para a sociedade. O governo não é babá de adulto. Crimes sem vítimas são crimes inventados.

*Priscila Chammas A autora é jornalista

Fonte: PSFBI - Políticos Socialistas Fazendo os Brasileiros de Idiotas

A função da lei - Frase de Frédéric Bastiat

"Não é verdade que a função da lei seja reger nossas consciências, nossas ideias, nossas vontades, nossa educação, nossos sentimentos, nosso trabalho, nosso comércio, nossos talentos ou nossos prazeres. A função da lei é proteger o livre exercício destes direitos e impedir que qualquer pessoa possa impedir qualquer cidadão de usufruir desses direitos." Frédéric Bastiat


Frase libertária (32) extraída do livro “A Lei” de Frédéric Bastiat *Baiona, 30 de junho de 1801 + Roma, 24 de dezembro de 1850)

sexta-feira, 29 de julho de 2016

O estado pastor e o povo rebanho - Frase de Frédéric Bastiat

“Em uma palavra, enquanto os homens imaginarem que sua relação com o estado é a mesma que existe entre o pastor e seu rebanho, tudo permanecerá como está.” Frédéric Bastiat


Frase libertária (31) extraída do livro “A Lei” de Frédéric Bastiat *Baiona, 30 de junho de 1801 + Roma, 24 de dezembro de 1850)- (compartilhe)

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Por que os Keynesianos estão gritando por consenso? – O Barco Macroeconômico está à deriva e afundando...

Será que os novos Keynesianos estão admitindo paulatinamente os seus erros teóricos e dando um salto para o livre mercado? Isso é bom, quanto mais consenso, nesse sentido, entre os economistas e menos ideologia e intromissão do estado na economia melhor será para os consumidores, e mais liberdade de escolha para os cidadãos. Todavia não devemos confundir bom senso econômico, causa e efeito, com democracia econômica em que vários economistas mesmos estando teoricamente errados (erros conceituais) venceriam o debate simplesmente por serem a maioria. Anon, SSXXI

**************************************O que é consenso entre os economistas e devíamos adotar sem medo?

John Maynard Keynes - Estou com o estado e não abro!

Por Greg Mankiw (Keynesiano)

O debate público leva alguns observadores a pensar que economistas estão inconciliavelmente divididos sobre tópicos de políticas públicas. Isso é verdade no que concerne à teoria dos ciclos de negócios e, mais especificamente, às virtudes ou aos defeitos da economia Keynesiana. Contudo, isso não é verdade sob uma perspectiva mais ampla.

Em meu livro didático preferido sobre a teoria dos ciclos reais de negócios apenas nos últimos capítulos fala-se o porquê tal teoria é controversa. Acredito que é melhor apresentar economia a estudantes com pontos em que há maior consenso teórico. No capítulo dois do livro, eu incluí uma tabela de assertivas com as quais a maior parte dos economistas concorda, com base em várias pesquisas profissionais. Aqui está a lista, juntamente com o percentual de economistas que concordam com elas:

1.     Controlar o valor máximo de alugueis reduz a quantidade e a qualidade de moradias disponíveis. (93%)
2.     Tarifas e cotas de importação geralmente reduzem o bem-estar econômico geral. (93%)
3.     Taxas de câmbio flutuantes e flexíveis proporcionam um arranjo monetário internacional eficaz. (90%)
4.     Política fiscal (como cortes de impostos ou aumento de gastos públicos) tem um impacto incentivador significativo em uma economia em que haja pleno desemprego. (90%)
5.     Os Estados Unidos não deveriam restringir empregadores de terceirizar trabalho para outros países. (90%)
6.     Os Estados Unidos deveriam eliminar subsídios agrícolas. (85%)
7.     Governos local e estadual deveriam eliminar subsídios para times esportivos. (85%)
8.     O orçamento federal deveria ser planejado considerando o ciclo econômico em vez de proposto ano a ano. (85%)
9.     A diferença entre os fundos e os gastos de previdência se tornará insustentável nos próximos cinquenta anos se as regras atuais se mantiverem inalteradas. (85%)
10.                       Pagamentos diretos em dinheiro aumentam mais o bem-estar dos destinatários do que a entrega de bens de mesmo valor monetário. (84%)
11.                       Um grande déficit orçamentário federal tem um efeito adverso na economia. (83%)
12.                       Um salário mínimo aumenta o desemprego entre trabalhadores jovens e menos qualificados. (79%)
13.                       O governo deveria reestruturar o sistema de seguridade social com base em um “imposto de renda negativo”. (79%)
14.                       Impostos sobre dejetos químicos e cotas negociáveis de emissão de poluentes são uma forma melhor de controle de poluição do que a imposição de um limite máximo de poluição. (78%)

Se nós pudéssemos convencer o público a apoiar essas propostas, tenho certeza de que os líderes mundiais seguiriam rapidamente, e as políticas públicas seriam muito melhoradas. Por isso que a educação econômica é tão importante.

PS: Note que a frase sobre política fiscal (#4) não distingue entre impostos e gastos como a melhor ferramenta para estabilização macro. Talvez essa pergunta devesse ser adicionada em pesquisas futuras. Eu duvido, no entanto,  que a resposta fosse suficientemente consensual para que figurasse nesta lista.

Fonte: Mercado Popular

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Os socialistas temem todas as liberdades - Frase de Frédéric Bastiat

“Bem se vê que os social-democratas não podem permitir aos homens nenhuma liberdade, pois acreditam que a natureza humana, a menos que os senhores socialistas intervenham para pôr ordem em tudo, tende sempre para alguma espécie de degradação e desordem moral.” Frédéric Bastiat

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Frase libertária (30) extraída do livro “A Lei” de Frédéric Bastiat *Baiona, 30 de junho de 1801 + Roma, 24 de dezembro de 1850)- (compartilhe)

terça-feira, 26 de julho de 2016

Um libertário de Peso: O Alemão Hans-Hermann Hoppe quer ver a Alemanha fora da União Européia

Efeito domino?! Agora é a hora e a vez da Alemanha dizer não às intransigências dos burocratas totalitários do grande feudo Europeu tratado eufemisticamente como União europeia. Em uma entrevista com Hans-Hermann Hoppe para o semanário polonês Najwyzszy Czas! O libertário Hans-Hermann Hoppe quer ver a Alemanha fora da União Européia. Anon, SSXXI


Qual é a avaliação que o senhor faz da Europa Ocidental atual e, particularmente, da União Europeia?

Atualmente, todos os grandes partidos políticos da Europa Ocidental, independentemente dos seus diferentes nomes e programas partidários, estão essencialmente comprometidos com a mesma ideia: o socialismo democrático.

Eles utilizam as eleições democráticas para legitimar o ato de se tributar pessoas trabalhadoras e produtivas em benefício das improdutivas.  Eles tributam aquelas pessoas que ganham seus salários (especialmente os mais "ricos" dentre estes) e acumulam riqueza por meio da produção de bens e serviços — os quais foram adquiridos voluntariamente por consumidores —, e depois redistribuem o produto deste esbulho entre eles próprios, isto é, entre o estado democrático que eles controlam e os seus diversos aliados políticos, apoiadores e potenciais eleitores.

Eles não chamam essa política pelo seu nome apropriado: punir os produtivos e a premiar os improdutivos. Isso não soaria particularmente atrativo.  Em vez disso, eles recorrem ao sempre popular sentimento de inveja e alegam estar tributando alguns poucos "ricos" para poder sustentar os vários "pobres".

No entanto, a verdade é que, com essa política, os partidos políticos fazem com que pessoas produtivas se tornem cada vez mais empobrecidas ao mesmo tempo em que as pessoas improdutivas se tornam cada vez mais ricas.

E a União Europeia?

Quando olhamos para a União Europeia, a coisa fica ainda pior. A União Europeia é o primeiro passo para a criação de um superestado europeu, o que, em última instância, levaria à criação de um único governo mundial, controlado pelos EUA e por seu Banco Central, o Federal Reserve System.

Desde os seus primórdios, e não obstante todas as pomposas declarações em contrário, a União Europeia nunca teve nada a ver com livre comércio e livre concorrência. Para se ter livre comércio, você não precisa de dezenas de milhares de páginas estipulando regras e regulamentações.

O propósito central da União Europeia, apoiada pelos EUA desde os primórdios, sempre foi o enfraquecimento da Alemanha como a potencia econômica da Europa. Para viabilizar isso, a Alemanha foi arrastada para uma aparentemente infindável espiral de complexo de culpa (acusada de ser a responsável pela Segunda Guerra Mundial, de ter obtido ganhos com ela, de ter criado o nazismo, de ter criado Auschwitz etc.), sendo então pressionada a transferir cada vez mais a sua já limitada soberania (em comparação com os EUA) para a União Europeia em Bruxelas.

É especialmente válido notar que a Alemanha abriu mão de sua soberania monetária e abandonou sua moeda tradicionalmente "forte", o marco alemão, em favor de um euro "fraco" emitido por um Banco Central Europeu (BCE) composto em sua esmagadora maioria pelos banqueiros centrais oriundos de países que possuem moedas tradicionalmente "fracas".

A União Europeia, portanto, se caracteriza pelos três dos seguintes elementos:

Primeiro: uma harmonização da estrutura de impostos e regulamentações para todos os países-membros, de modo a reduzir a concorrência econômica e especialmente a concorrência tributária entre os diferentes países, tornando todos igualmente não-competitivos.

Segundo: além dessa perversidade econômica e moral dentro de cada país — com os produtivos sendo punidos e tendo de subsidiar os improdutivos —, acrescentou-se outra camada de redistribuição de renda e riqueza, agora em nível internacional: os países com melhor desempenho, como a Alemanha e aqueles do norte da Europa, são punidos economicamente, tendo de repassar dinheiro de impostos aos países de pior desempenho econômico.  Consequentemente, estes países de pior desempenho (a maioria do sul do continente) são recompensados economicamente com o dinheiro de impostos oriundo dos países de melhor desempenho.  A consequência inevitável desse arranjo redistributivista é que o desempenho econômico de todos os países se torna igualmente ruim, e de maneira contínua.

Terceiro, de importância cada vez maior, especialmente durante a última década: de forma a superar a crescente resistência, em diversos países, contra a transferência de sua soberania para Bruxelas, algo que só vem aumentando, a União Europeia embarcou em uma cruzada com o objetivo de erodir e, em última instância, destruir todas as identidades nacionais e toda a coesão cultural e social existente nos diversos países.

A ideia de nação e de identidades nacionais e regionais vem sendo ridicularizada, ao passo que o multiculturalismo é aclamado como uma "benção" inquestionável.  Igualmente, ao se promover a garantia de privilégios legais e de "proteção especial" a todos, exceto aos homens brancos, heterossexuais e, especialmente, aos homens casados e com famílias (que são pintados como "opressores" históricos e portadores de dívidas a serem quitadas para com suas "vítimas" históricas, que são todas as outras pessoas) — políticas essas que são eufemisticamente chamadas de "anti-discriminação" ou "afirmativas" —, a ordem social natural vem sendo sistematicamente solapada.

A normalidade é punida e as anomalias e os desvios, recompensados.

Podemos então dizer que os políticos que estão no parlamento da União Europeia são ainda piores do que aqueles que operam apenas em nível nacional?

Sim e não.

Por um lado, todos os políticos democraticamente eleitos, sem exceção, são demagogos moralmente desinibidos. O título de um de meus livros em alemão é A competição dos escroques, o que capta a essência do que a democracia e os partidos políticos democráticos realmente são.  Por este aspecto, há muito pouca ou nenhuma diferença entre as elites políticas de Berlim, Paris, Roma etc. e aquelas que estão comandando o show em Bruxelas.  Com efeito, as elites da União Europeia são tipicamente compostas de políticos profissionais, com a mesma mentalidade dos seus pares domésticos, que estão em busca de salários extremamente extravagantes, de benefícios e de pensões nababescas garantidas pela UE.

Por outro lado, é claro, as elites da UE são piores que os seus pares nacionais no sentido de que as suas decisões e regulamentações prejudicam um número significativamente maior de pessoas.

Então qual é a sua previsão para o futuro da UE?

A União Europeia e o Banco Central Europeu são uma monstruosidade econômica e moral; uma violação do direito natural e das leis da economia.
Você não pode punir de forma contínua a produtividade e o sucesso e premiar a inércia e o fracasso sem causar um desastre.

A UE irá passar por diversas crises econômicas, sucessivamente, e, por fim, irá quebrar e se fragmentar. O Brexit, que acabou de ocorrer, é apenas o primeiro passo desse inevitável processo de desconcentração e descentralização política.

Há algo que um cidadão comum possa fazer nesta situação?

Em primeiro lugar, em vez de engolir a ladainha pomposa dos políticos sobre "liberdade", "prosperidade", "justiça social" etc., ele tem de aprender a enxergar a UE como ela realmente é: uma gangue composta por parasitas que aumentam o seu poder e sua riqueza à custa de pessoas produtivas.

Em segundo lugar, as pessoas devem aprender a desenvolver uma visão clara quanto à alternativa ao lamaçal atual: a solução não é um super-estado europeu, nem mesmo uma federação de estados nacionais, mas sim uma Europa formada por centenas de Liechtensteins e cantões suíços, unidos entre si por meio do livre comércio e em concorrência direta uns com os outros pare ver quem oferece as condições mais atrativas para que pessoas produtivas ali permaneçam ou se mudem para lá.

O senhor poderia traçar um paralelo entre os EUA e a situação atual da Europa?

A diferença entre a situação da Europa Ocidental e a dos EUA é muito menor do que geralmente se considera de cada lado do oceano Atlântico.

Em primeiro lugar, os acontecimentos na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial foram observados de perto, conduzidos e manipulados, por meio de ameaças veladas ou mediante subornos diretos, pelas elites políticas de Washington, a capital dos EUA.  Com efeito, a Europa tornou-se em sua essência um vassalo, um satélite, um protetorado dos EUA.

Isso pode ser comprovado, por um lado, pelo fato de que, até hoje, tropas americanas estão posicionadas por toda a Europa, até a fronteira russa. Por outro, pode-se observar a contínua romaria das elites políticas européias em direção a Washington — realizada de forma mais regular e mais zelosa do que qualquer peregrinação muçulmana até Meca —, com o objetivo de receber as bênçãos de seus mestres.

Isso ocorre de maneira mais explícita com a elite política alemã, cujo complexo de culpa neste meio tempo ascendeu a uma condição que beira a doença mental. Os políticos alemães se destacam por sua covardia, subserviência e servidão.

Já em relação aos assuntos domésticos dos EUA, tanto os europeus quanto os americanos veem tudo de maneira errada.  Os europeus ainda, e com grande frequência, enxergam os EUA como a "terra da liberdade", do individualismo áspero e do capitalismo sem barreiras ou entraves. Enquanto isso, os americanos — ao menos aqueles conhecem, ou ao menos alegam conhecer, alguma coisa do mundo fora dos EUA — frequentemente imaginam a Europa como um local de socialismo desenfreado e coletivista, completamente alheio ao seu próprio "american way". Com efeito, não existe uma grande diferença entre o assim chamado "capitalismo democrático" dos EUA e o "socialismo democrático" europeu.

É verdade que os EUA sempre tiveram mais defensores vocais do capitalismo de livre mercado.  E é verdade que o país ainda é capaz de atrair muitos dos melhores e mais brilhantes cérebros do mundo.  E, com efeito, a carga tributária americana em relação ao PIB ainda é menor que a da maioria dos países europeus — mas nem tanto assim. Na realidade, a carga tributária americana é mais alta que a da Suíça, país que não é membro da UE, por exemplo.  E, no que diz respeito à dívida do governo americano como porcentagem do PIB, esta é mais alta do que a da maioria dos países europeus, colocando os EUA na mesma categoria econômica de países como a Grécia, por exemplo.

Também é verdade que, nos EUA, você ainda pode dizer quase tudo o que quiser sem ter de temer um processo criminal, ao passo que tomar tal liberdade na maior parte da Europa pode muito perfeitamente lhe mandar para a cadeia.

No entanto, a doença do "politicamente correto", da "não-discriminação" e da "ação afirmativa", que está atualmente se alastrando no mundo ocidental como uma epidemia, começou realmente nos EUA, com a chamada "legislação dos direitos civis" da década de 1960.  E foi lá mesmo nos EUA que ela tomou maior vulto, chegou ao paroxismo e alcançou seus maiores excessos e graus de absurdez.

Portanto, embora dizer uma coisa politicamente "incorreta" não necessariamente fará com que você vá para a cadeia nos EUA, você muito provavelmente também terá a sua carreira destruída, assim como em qualquer país europeu.

Quanto à política externa americana, ao mesmo tempo em que as elites políticas dos EUA começaram a convidar o terceiro mundo para ir para os EUA, bem antes de essas mesmas e desastrosas políticas "multiculturais" terem sido adotadas também na Europa, essas mesmas elites americanas conduziram uma política agressiva de "invadir o mundo" e atacaram, apenas nas décadas mais recentes, Afeganistão, Paquistão, Iraque, Líbia, Síria, Sudão, Somália e o Iêmen, causando a morte de centenas de milhares de civis inocentes e gerando uma onda de terrorismo islâmico, em grande parte custeada pela Arábia Saudita, com quem as elites políticas alimentam uma relação de extrema cordialidade.

Por fim, como o senhor avalia o sucesso econômico dos antigos países comunistas, como a China, que combinam ditaduras de um partido único com mercados parcialmente livres?

O sucesso econômico de um país depende de três fatores inter-relacionados: a segurança da propriedade privada e dos direitos de propriedade, a liberdade de contrato e de comércio, e a liberdade de associação e desassociação — e, é claro, da diligência, inteligência e engenhosidade de seu povo.

Qualquer país do mundo, uma vez que depende do confisco de dinheiro dos seus cidadãos para o seu próprio financiamento, incorre na violação desses três requisitos. Porém, essa violação pode ser maior ou menor e mais ou menos abrangente. Isso explica o relativo sucesso de alguns países e o fracasso de outros.

A organização interna de um estado, seja ela uma ditadura de um partido único ou uma democracia pluripartidária, é essencialmente irrelevante neste aspecto.  Com efeito, como o exemplo recente da Venezuela nos demonstra vividamente, a democracia e as eleições democráticas podem muito bem levar à quase completa abolição dos direitos de propriedade privada, da livre iniciativa e da liberdade de comércio, resultando em um estrondoso colapso econômico.

Da mesma forma, uma comparação entre o desempenho econômico da China e da Índia é muito instrutiva.  Ao passo que a Índia moderna, já há 70 anos, é governada democraticamente, a China moderna foi, durante esse mesmo período, governada pela ditadura de um único partido: metade do tempo, na era de Mao Tsé-Tung, por um partido comunista ortodoxo; na segunda metade, por um regime reformista-comunista "liberal".

O resultado? Ambos os países ainda estão desesperadamente pobres de acordo com os padrões ocidentais, indicando que ambos os governos mostraram pouco ou nenhum respeito à propriedade privada e seus direitos. Porém, embora a situação econômica fosse igualmente desesperadora em ambos os países até o início dos anos 1980, desde então, com o surgimento do "comunismo reformista" na China, o PIB per capita chinês ultrapassou e se manteve significativamente acima do PIB per capita da Índia, indicando, comparativamente, uma maior liberdade econômica na China ou uma população chinesa que é, na média, mais brilhante e mais diligente.

Como conclusão, portanto, não confie em uma democracia.  Tampouco confie em uma ditadura.  Confie, isso sim, em uma descentralização política radical.  A maior esperança para a liberdade vem justamente da emulação de países pequenos, como Mônaco, Andorra, Liechtenstein, e até mesmo Suíça, Hong Kong, Cingapura, Bermuda etc.  Quem preza a liberdade deveria torcer e fazer de tudo pelo surgimento de dezenas de milhares destas entidades pequenas e independentes.

Hans-Hermann Hoppe é um membro sênior do Ludwig von Mises Institute, fundador e presidente da Property and Freedom Society e co-editor do periódico Review of Austrian Economics. Ele recebeu seu Ph.D e fez seu pós-doutorado na Goethe University em Frankfurt, Alemanha. Ele é o autor, entre outros trabalhos, de Uma Teoria sobre Socialismo e Capitalismo e The Economics and Ethics of Private Property.

Fonte: Istituto Mises Brasil

Biblioteca Subversiva: Dicas de livros - leia "Democracia - 0 deus que falhou" deste mesmo autor.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

A doutrina dos democratas - Frase de Frédéric Bastiat

“Um dos fenômenos mais estranhos de nossa época, e que vai provavelmente espantar nossos descendentes, é a doutrina baseada nesta tripla hipótese: a inércia radical da humanidade, a onipotência da lei, a infalibilidade do legislador. Estas três ideias constituem o sagrado símbolo daqueles que se proclamam totalmente democratas.” Frédéric Bastiat


Frase libertária (29) extraída do livro “A Lei” de Frédéric Bastiat *Baiona, 30 de junho de 1801 + Roma, 24 de dezembro de 1850)- (compartilhe)

sábado, 23 de julho de 2016

O Problema com o Socialismo: The Problem with Socialism - by Thomas DiLorenzo

Socialism Destroyed

By Robert Wenzel

There has been something of a renaissance for socialist support in America.

Bernie Sanders, a self-described socialist, while seeking the Democratic nomination for president this year accumulated 13 million votes in the primaries, 43.0% of the votes cast.

The high-profile political figure Kshama Sawant is a member of the Socialist Alternative and also sits on the Seattle City Council. Her following is growing.

In his new book, The Problem With Socialism, Thomas DiLorenzo reports that a YouGov.com poll reveals that 43% of those between the ages of 18 and 25 have a "favorable" opinion of socialism and that they have a higher opinion of socialism than capitalism.

Many more in America advocate interventionist policies that are steps on the way to full blown socialism.

How could this be? Anyone who is familiar with the history of socialism knows of the millions that have died under socialist rule. They know the horrific economic conditions that have developed under socialism.

It is as though Americans, the millennial generation in particular, have no inkling of the history of socialism in practice nor the writings that have cut the theoretical foundations of socialist ideas to shreds. Continue lendo


Biblioteca Subversiva: Dicas de livros

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Uma mensagem aos reformadores socialistas - Frase de Frédéric Bastiat

“Ah, miseráveis criaturas! Vocês pensam que são
tão grandes! Vocês, que acham a humanidade tão pequena! Vocês, que querem reformar tudo! Por que não se reformam vocês mesmos? Esta tarefa seria suficiente!” Frédéric Bastiat


Frase libertária (28) extraída do livro “A Lei” de Frédéric Bastiat *Baiona, 30 de junho de 1801 + Roma, 24 de dezembro de 1850)- (compartilhe)

domingo, 17 de julho de 2016

No imaginário dos escritores socialistas - Frase de Frédéric Bastiat

“Com efeito, esses autores modernos começam por supor que as pessoas não trazem em si nenhuma motivação para agir, nenhum meio de discernimento. Pensam que as pessoas são desprovidas de espírito de iniciativa, que são matéria inerte, moléculas passivas, átomos sem espontaneidade, em suma, vegetais indiferentes à sua própria forma de existência.” Frédéric Bastiat


Frase libertária (27) extraída do livro “A Lei” de Frédéric Bastiat *Baiona, 30 de junho de 1801 + Roma, 24 de dezembro de 1850)- (compartilhe)