Pinochet: ditador
assassino ou salvador da pátria?
Por Rodrigo C. dos Santos
O golpe militar no Chile: suas causas
e consequências
Este texto visa resgatar a verdade
sobre o que pode ser considerado uma das maiores inversões de fatos já feitas.
Todos conhecem a propaganda socialista, e como foram sempre experts em ocultar
fatos, inverter causalidades e criar falsas evidências. Como o tempo é amigo da
verdade, novas provas de que a esquerda no mundo todo sempre distorceu a
veracidade das coisas surgem a cada ano. Peço para os leitores ignorarem
questões ideológicas, pois certos dogmas criam rigidez cognitiva, a qual
impossibilita uma análise imparcial dos fatos. Vamos nos ater apenas aos fatos.
O assunto é o general Pinochet e o
golpe militar do Chile, do qual poucas pessoas possuem razoável conhecimento,
mas automaticamente repetem certas "verdades" implantadas pela
propaganda esquerdista. Enquanto Augusto Pinochet permanece detido, Salvador Allende
foi transformado em herói nacional, e verdadeiros ditadores como Fidel Castro
são tratados como presidentes e chefes de Estado respeitados. Eu não pretendo
ignorar atrocidades do período Pinochet, nem entrar num debate ideológico, mas
apenas levantar a grande cortina que encobre inúmeros detalhes importantes
desta conturbada fase chilena.
Em primeiro lugar, das 2.279 mortes
constatadas durante os 17 anos do regime Pinochet, aproximadamente metade
ocorreu logo após o golpe de 11 de setembro de 1973. Creio que ficará claro
durante o texto que isso era praticamente inevitável para se restaurar a ordem
no Chile, e que a grande concentração de mortes nos primeiros dias de golpe se
deve ao fato de estarmos tratando de facto de uma guerra civil, não um regime
opressor que assassinava deliberadamente.
Um pouco de história do Chile nos
mostra que este é um país com fortes raízes de patriotismo, instituições
capazes de manter a ordem, e um povo respeitador da Constituição, datada de
1925. Os militares sempre se mantiveram fora da política. O governo sempre teve
um papel central, principalmente para proteger o controle sobre os recursos
naturais do norte.
O Partido Comunista Chileno é o mais
antigo da América do Sul, e sempre foi altamente obediente ao Kremlin. O partido
fundado por Salvador Allende era também declaradamente marxista. Em 1967, o seu
Partido Socialista deu a seguinte declaração: "O Partido Socialista como
uma organização Marxista-Leninista propõe a tomada do poder como objetivo
estratégico a ser conquistado por esta geração, para estabelecer um estado
revolucionário que irá libertar o Chile da dependência econômica e cultural e
iniciar o processo do socialismo. Violência revolucionária será inevitável e
legítima. Constitui o único caminho para se chegar ao poder político e
econômico. A revolução socialista poderá ser consolidada apenas destruindo-se
as estruturas burocráticas e militares do estado burguês."
O MIR, movimento revolucionário de
esquerda similar as FARC e MST, era um corpo militar que defendia a tomada do
poder pelos comunistas e socialistas. O sobrinho de Allende, Andres Pascal
Allende, era um dos líderes de tal movimento. Outro pilar de sustentação das
bases revolucionárias estava na Igreja Católica e sua teologia liberacionista,
que acreditava na militância política como único meio de transmitir a mensagem
divina. Com este conjunto de forças dando apoio, e mais promessas de respeito à
Constituição que se mostraram mentirosas depois, em 1970 era eleito Salvador
Allende para presidente. Em 1971, em uma entrevista, o novo presidente já
deixava claro suas intenções, ao dizer que "nós precisamos expropriar os
meios de produção que ainda estão em mãos privadas". Disse também que
"nosso objetivo é o socialismo marxista total e científico".
Allende venceu as eleições com 36,5%
dos votos, o que estava longe de ser considerado um maciço apoio popular. O
primeiro aspecto de seu programa de governo foi um assalto às propriedades
privadas agrícolas, na medida conhecida como tomas. As expropriações eram carregadas
de violência, por bandos armados, normalmente membros do MIR. Várias vítimas
foram assassinadas, e alguns morreram de ataques do coração ou se suicidaram.
Entre novembro de 1970 e abril de 1972, 1.767 fazendas foram tomadas por bandos
armados.
Em seguida, Allende iniciou um
programa de nacionalização de diversos setores da economia, como mineração e
têxtil. Seu governo utilizou pequenas brechas na lei para infernizar a vida das
empresas, e conseguir assim expulsar o capital estrangeiro do país. A liberdade
de expressão também foi fortemente atacada, como em todos os países
socialistas. Allende chegou a afirmar que "coisas são boas ou ruins
dependendo se elas nos trazem para mais perto ou longe do poder". Seu
governo atuou diretamente e indiretamente contra jornais e estações de rádio
não socialistas.
Foi criada uma instituição bizarra
conhecida como "Corte do Povo", onde juízes não treinados mas ligados
às organizações de esquerda eram indicados. Seus poderes eram amplos, e batiam
de frente com as leis já estabelecidas. Além disso, Allende criou, em 1971, sua
própria Guarda Pessoal, a GAP, fortemente armada.
Todas essas medidas
inconstitucionais, num país que respeitava sua Constituição desde 1925, fizeram
com que o governo de Allende entrasse em conflito com a Suprema Corte. Vários
casos eram questionados na justiça, mas Allende simplesmente ignorava as
decisões da Corte. Ele chegou a dar a seguinte declaração em rede nacional:
"Num período de revolução, a força política tem o direito de decidir em
última instância se as decisões do judiciário se enquadram ou não nos objetivos
e necessidades históricas de transformação da sociedade. Consequentemente, cabe
ao Executivo o direito de decidir seguir ou não os julgamentos do
judiciário".
Em janeiro de 1972, o Congresso
aprovou o impeachment do ministro de Interior por falhar na proteção dos
direitos à propriedade e liberdade de expressão, apenas para vê-lo assumir a
pasta de Ministro de Defesa. Em julho do mesmo ano, um novo ministro de
Interior sofreu impeachment, mas foi apontado por Allende para um alto cargo
administrativo. Em dezembro, o Ministro de Finanças também sofreu impeachment
por ações ilegais contra trabalhadores em greve, mas foi transformado em
ministro da Economia. O desrespeito de Allende às claras regras do jogo, à
Constituição, ao Congresso e à Suprema Corte, era simplesmente total.
A crise econômica se alastrava de
maneira assustadora no Chile de Allende. A hiperinflação atingiu mais de 500%,
faltavam produtos nas prateleiras e o desemprego crescia rapidamente. No meio
deste caos econômico, Carlos Matus, um dos ministros de Allende, disse que
"o que é uma crise para outros representa uma solução para nós". O
único setor que prosperou durante os anos de Allende foi o paralelo, o mercado
negro. Assim como na URSS, a nomenklatura chilena, composta de pessoas ligadas
ao governo e influentes, enriqueceu através da importação de produtos escassos
no Chile. O dólar, que no mercado livre da era pré-Allende valia 20 escudos,
atingiu 2.500 escudos em agosto de 1973. A produção agrícola caíra 23% e a
mineral uns 30%. No Chile de Allende, reinava o caos econômico e social, fruto
de um total desrespeito à ordem.
***
Foi nesse contexto que se deu o golpe
de 1973. Os militares na verdade apenas cumpriram com suas obrigações
constitucionais. Uma guerra civil era iminente, e inúmeras armas já estavam sob
o poder dos revolucionários, enviadas sobretudo por Cuba. Allende era bastante
próximo de Fidel Castro, e no passado, como presidente do Senado, já havia
oferecido refúgio aos membros do grupo terrorista de Che Guevara. Durante seu
governo, não só centenas de guerrilheiros cubanos migraram para o Chile, como
membros de diversos grupos revolucionários do Brasil, Uruguai, Argentina, Peru,
Nicarágua e Honduras. A residência de Allende no El Canaveral serviu como
importante centro de treinamento para tais terroristas. Castro chegou a mandar
dois de seus maiores especialistas para ajudar na organização da violência
política chilena.
Um documento descoberto na sala de um
secretário comunista do governo revelou as intenções de usar as festividades do
Dia Nacional da Independência para um golpe fatal e "impor a ditadura do
proletariado". O alto comando das forças militares seriam convidados para
um banquet oficial no palácio presidencial de La Moneda para que a guarda
pessoal de Allende pudesse matá-los. Em agosto foi descoberto também um plano
desenhado pelos mais altos membros do governo para incitar uma rebelião naval.
No dia 23 de agosto de 1973, a Câmara dos Deputados considerou que estava
rompido o Estado de Direito no Chile, e publicou uma resolução completa
comprovando sua acusação.
Essas foram, resumidamente, as causas
que forçaram uma atitude militar no Chile. Os militares, historicamente afastados
da política, se viram obrigados a resgatar a ordem e a Constituição. Durante o
cerco ao Palácio, várias ofertas foram feitas ao então presidente para que este
saísse do país em segurança, mas tais ofertas foram recusadas. Allende acabou
cometendo suicídio.
Evidente, os exageros e mortes de
inocentes despertam ódio e ressentimento, mas é fundamental colocarmos o
período Pinochet sob um julgamento imparcial, levando em conta todo esse
contexto. A "guerra civil" chilena gerou bem menos mortes que as do México
e da Nicarágua, sem falar em Cuba, cujo paredón já fuzilou mais de 17 mil
pessoas. E no caso chileno, como já foi dito, cerca de metade das perdas se
deram logo no começo do "golpe", enquanto no caso cubano estamos
diante de uma repressão duradoura, que ano após ano elimina inocentes sob
acusações ridículas, sem prova ou julgamento justo. A triste verdade é que as
perdas da era Pinochet, em sua maior parte, representaram um preço necessário
para o resgate da ordem.
Pinochet estabeleceu um programa claro
de reconstrução do Chile. Restaurou a ordem e trouxe economistas liberais da
escola de Chicago (Milton Friedman - Chicago Boys), que criaram um programa de governo que possibilitou um
estrondoso crescimento econômico. O risco de golpe terrorista ainda existia, e
isso impossibilitou um rápido retorno à democracia. Em 1974, 52 membros das
forças armadas e da polícia foram mortos ou feridos em ataques terroristas. No
campo econômico e social, os números não mentem: o PIB per capta saiu de
US$1.775 em 1973 para US$4.737 em 1996; a mortalidade infantil caiu de 66 em
1973 para 13 em 1996 (a cada mil nascimentos); o acesso à água potável subiu de
67% para 98%; e a expectativa de vida foi de 64 anos para 73 anos.
O que se seguiu é história, e hoje o
Chile desfruta da privilegiada posição de país mais avançado da América do Sul.
Como de praxe, os socialistas venderam um sonho utópico e entregaram terror e
caos, enquanto os que consertaram os problemas acabaram condenados e
crucificados pela propaganda esquerdista. Pinochet nem sequer seguiu o ritual
de um ditador. Ele nunca fundou um partido próprio: usou soldados profissionais
e economistas renomados durante seu governo, não aderiu ao nepotismo e nunca
adotou um culto à personalidade. Em 1988, realizou um referendo popular onde o
candidato da junta, ligado a Pinochet, venceu com 44% dos votos, mais que
Allende em 1973. Ainda assim, Pinochet respeitou a Constituição, que afirmava
serem necessários mais de 50% dos votos, e anunciou sua saída do governo. A
democracia, assim como a economia, havia finalmente sido salva, graças ao
"temido ditador".
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Frutos das vitórias das revoluções comunistas no mundo
Frutos das vitórias das revoluções comunistas no mundo
20 milhões de mortes na União Soviética
65 milhões de mortes na República
Popular da China
1 milhão de mortes no Vietnam
2 milhões de morte na Coreia do Norte
2 milhões de mortes no Camboja
1 milhão de mortes nos Estados
Comunistas do Leste Europeu
1,7 milhões de mortes na África
1,5 milhões de mortes no Afeganistão
150 mil mortes na América Latina
Sem falar das mortes por inanição, das
torturas e escravidão nos campos de concentração comunista. Aproximadamente 94
milhões de mortos, número minimizado por autores socialistas no Livro Negro do
Comunismo... E continuam matando através de abortos, ambientalismo e outras novas
práticas progressistas.
Número de mortes na vitória de Pinochet contra a
revolução comunista no Chile
Aproximadamente 3 mil mortes
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Comunista é assim: quando perde chora, mas quando ganha mata. Anon, SSXXI
Comunista é assim: quando perde chora, mas quando ganha mata. Anon, SSXXI
Será que os 100 milhões de pessoas
assassinadas pelos comunistas não tinham famílias e nem sentimentos? Já que os
socialistas são tão utilitaristas, será que a morte de um comunista vale mais
que as vidas de milhões de homens que apenas queriam ser livres? E os comunista? indenizaram as suas vítima?Anon, SSXXI