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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Tony Chao Flores, o Super-Herói do Subversivo


Se alguém acha que Che é herói, então Tony Chao Flores é mais que um super herói. Não se acovardou em nenhum momento. Liberdade é assim; se não for possível em vida, que seja na morte. Anon, SSXXI

Tony Chao Flores e a Máquina de Matar Cubana

por  Humberto Fontova

Tony Chao Flores

Tony era um rapaz fotogênico, capa de revista, na verdade. Em janeiro de 1959, seu rosto sorridente apareceu na capa da revista cubana Bohemia (uma mistura de Time, Newsweek e People). Na foto, o cabelo comprido e loiro de olhos verdes galegos. Sua marca registrada, o sorriso afetado, surgia logo abaixo. As señoritas todas desmaiavam por Tony. Na verdade Tony era um rebelde em sua época. Ele lutara contra Batista também, mas o fez com um grupo rebeldes diferentes daquele que Fidel comandava. Contudo, mesmo tendo confiado na boa-fé de tais rebeldes, acabou se dando muito mal. Convenhamos, todos nós somos um pouco idealistas e um pouco ingênuos aos 18 anos. Após a marcha rumo a Havana, as ações de Fidel começaram a se manifestar de forma diferente daquela que os inocentes idealistas esperavam: prisões em massa, roubos em massa e pelotões de fuzilamento. Os comunistas tomaram posse de todos os jornais, revistas, rádios e redes de televisão. Baniram as eleições, as greves, a propriedade privada e a liberdade de expressão. A cada manhã, de uma ponta à outra da ilha, os pelotões de fuzilamento de Fidel e Che empilhavam os corpos de todos aqueles que resistissem, até que 15 mil heróis foram enterrados. 

Tony Chao não era de choramingar. Em pouco tempo, tornara-se um rebelde contra Fidel., um rebelde formidável, empunhando a mesma carabina M-1 que havia empunhado contra Batista. Infelizmente, os comunistas estavam infiltrados no grupo de Tony e capturaram alguns de seus compadres. 

Empregando técnicas de interrogatório carinhosamente fornecidas por seus amigos do Leste alemão e pelos mentores da KGB, as forças de segurança finalmente localizaram seu esconderijo. Tony pressentia que os capangas de Fidel e Che estavam se aproximando. Sabia que viriam em grande número, fortemente munidos com armas soviéticas. “Aqueles filhos da puta nunca me pegarão vivo”, Tony jurou a seus irmãos de luta pela liberdade.

Ao amanhecer, Tony viu os comunistas se aproximando de seu esconderijo e correu para o andar de cima. Pegou a carabina, uma pistola e um pouco de munição e ficou a posto na barricada. O tiroteio começou e logo se transformou numa furiosa batalha. Com o cano da arma chiando, Tony despedaçou muitos inimigos, fazendo tripas voarem. Trucidou dos cretinos de Che durante o ensurdecedor tiroteio. mas ele próprio havia levado 17 tiros de metralhadoras tchecas, principalmente nas pernas. 

Os comunistas são sempre teatrais em julgamentos, portanto queriam Tony vivo. Queriam expô-lo como um troféu, para humilhá-lo diante da nação como um exemplo do que acontece aos inimigos de Fidel. E o levaram vivo. Tony sangrava muito e se contorcia de dor, mas não calava a boca. Praguejava com a mesma virulência com que sua arma atirava pouco antes. “Covardes!”, rosnava para os captores comunistas. “Imbecis!”, zombava. “Idiotas traidores! Escravos! Eunucos! Viados! Vendidos!” 

Levaram Tony a um hospital, e os médicos cuidaram de seus ferimentos - não completamente, na verdade, apenas o suficiente para mantê-lo vivo até o dia do julgamento. Assim, ele foi colocado no calabouço de La Cabaña e alimentado apenas com o necessário para sobreviver. Depois de um mês, perpetraram a farsa de um julgamento, e o veredicto - naturalmente - era a pena de morte por fuzilamento. 

No caminho para a estaca, naquele velho forte espanhol transformado em prisão e campo de extermínio, Tony foi forçado a descer escadas de paralelepípedo quando mal consegui ficar em pé. Novamente Tony gritou maldições terríveis e afiadas. “Puxa-saco dos russos!”, Tony berrou quando foi arrastado para fora. “Maricones!” 

Até que um guarda perdeu a paciência. “Cabrón!” Ele arrancou as muletas de Tony enquanto outro notável comunista chutou o combatente da liberdade por trás. Tony rolou escada abaixo até cair de costas sobre as pedras lá embaixo, contorcendo-se e fazendo caretas de dor. Uma das pernas de Tony havia sido amputada no hospital; a outra estava gangrenando e coberta de pus. Os guardas castristas gargalhavam enquanto se preparavam para tapar a boca de Tony com um pedaço de fita. Tony ficou observando-os se aproximar e cerrou o punho da mão que ainda estava boa. Assim, quando o comunista se aproximou, pá, um direto no meio dos olhos. O castrista cambaleou para trás. O outro castrista correu em direção a Tony, que conseguiu pegar a muleta e a usou para esmagar o rosto do comunista nojento. “Cabrón!” 

“Nunca entendi como ele sobreviveu àquela surra”, disse a testemunha Hiram Gonzales, que assistiu tudo de sua janela do corredor da morte. O aleijado Tony quase foi morto com chutes, socos coronhadas, mas enquanto esfregavam seus próprios arranhões e machucados. Eles conseguiram passar a fita em sua boca., mas Tony os empurrou antes que pudessem amarrar suas mãos. O comandante acenou, ordenando que se afastassem. 

Então, Tony rastejou até a estaca de execução, já lascada e muito manchada de sangue, a 50 metros dali. Ele se arrastou com as mãos, enquanto sua perna deixava um rastro de sangue na grama. Quando estava próximo da estaca, parou e começou a bater no próprio peito. Os carrascos estavam perplexos. O garoto eleijado estava tentando dizer alguma coisa. 

O olhar vivo e as caretas de Tony falavam por si. Mas ninguém conseguia entender o murmúrio do garoto. Tony fechou os olhos bem apertados por causa da agonia do esforço. Os carrascos hesitavam de forma nervosa, levantando e baixando os rifles. Eles olhavam para o comandante que encolheu os ombros. Finalmente, Tony arrancou a fita da boca.

O guerreiro da liberdade de 20 anos de idade gritou para seu executores: ” Atirem em mim aqui!” Sua voz estava estremecida, e a cabeça balançava por causa do esforço de gritar. “Bem no peito!”, Tony gritava. “COmo um homeme!”. TOny abriu, então, a camisa, batentdo no peito e fazendo caretas diante de seus executores boquiabertos e confusos. “Bem aqui!”, gritava.

Em seu último dia de vida, Tony recebeu uma carta da mãe. “Meu filho querido”, ela dizia, “quantas vezes pedi para que não se envolvesse com essas coisas? Mas eu sabia que meus pedidos seriam em vão. Você sempre exigiu sua liberdade, Tony, mesmo quando ainda era apenas um garoto. Portanto, eu sabia que nunca apoiaria o comunismo. Bem, Fidel e Che finalmente pegaram você. Filho, eu o amo do fundo do meu coração. Minha vida está despedaçada e nunca mais será a mesma, mas tudo o que resta agora, Tony, é morrer como um homem.”² 

“Fuego!”, gritou o comandante de Fidel, e as balas perfuraram o corpo aleijado de Tony assim que ele alcançou a estaca, se levantou e olhou resoluto para seus assassinos. Aquele Tony sem pernas era um alvo difícil, visto que muitas balas não o atingiram. Era hora, por tanto, do golpe de misericórdia. 

Normalmente, basta uma 45 milímetros para perfurar o crânio. Testemunhas disseram que, para Tony, foram necessárias três. Parece que as mãos do carrasco estavam tremendo demais. 

Compare agora a morte de Tony com a morte do suíno e covarde Che Guevara. “Não atirem!”, foi o que choramingou o maldito para seus capturadores. “Sou o Che” Eu valho mais para vocês vivo do que morto!”

Agora, faça uma pergunta a si mesmo: de quem é o rosto que aparece em camisetas usadas por jovens que se acham rebeldes, amantes da liberdade e corajosos? Pois é, lamentem a demência e a estupidez maligna da cultura popular de nossos tempos. 

Fidel e Che estavam com seus 30 e poucos anos quando assassinaram Tony. Muitos ( talvez a maioria) dos que eles mataram eram adolescentes ou adultos de 20 e poucos anos. Carlos Machado e seu irmão gêmeo Ramón tinham 15 anos de idade quando cuspiram no rosto de seus carrascos comunistas. Eles morreram cantando o Hino Nacional de Cuba e praguejando contra a Internationale de Guevara. O Pai deles morreu com eles na saraivada de tiros. 

Hiram Gonzales foi finalmente libertado da masmorra de castro com 20 anos após a execução de Tony. O livro de Enrique Encinosa, Unvanquished: Cuba’s Resistence to Fidel Castro, fala sobre a vontade e a agitação dos patriotas cubanos assassinados pelos castristas. Quando as pessoas de esquerda vão parar de bajular o Líder da Máquina de Morte Cubana? Quando haverá um show chamado Rock for Cuba Libre? Quando a foto de Tony Chao Flores, em vez da foto de de CHe ou de Fidel, será um ícone? Quando será feito um filme em Hollywood sobre a história de Tony, ou sobre a de seus compatriotas igualmente heróis?

Ao contrário, em janeiro de 2004, o filme de Walter Salles sobre Che Guevara, Diários de Motocicleta, recebeu aplausos e foi ovacionado no Sundance Film Festival³. Disseram que foi o filme mais bem recebido do evento. Eu me pergunto quanto daqueles que aplaudiram o filme sobre Che Guevara se opõem à pena de morte, diferentemente do próprio Che, que a implantou contra pessoas como Tony Chao FLores? Há algum psiquiatra por aí que possa explicar que distúrbio é esse? 

Humberto Fontova ( Fidel o tirano mais amado do mundo; capitulo “Máquina de Matar Cubana, páginas, 127, 128, 129, 130, 131, 132 e 133) . 


Notas: 

1 DO documento Los Vi Partir, Enrique Encinosa, 2002.
2 Ibid.
3 “Sundance Goes to Havana”, 26 de janeiro de 2004,
desponível em www.cbsnews.com


Benicio del Toro y Che Guevara: Terrorismo y Asesinatos
É assim que Hollywood e muitas outras Companhias Cinematográficas criam seus mitos e heróis. Estas empresas, muitas vezes, não fazem um levantamento histórico baseado em fontes e fatos reais. Elas criam um mundo fantasioso, transformando verdadeiros assassinos em heróis. E assim, muitos diretores, quando encontram com entrevistadores(as) que conhecem a verdade e não fazem parte da grande mídia manipuladora, se mentem em inescapáveis saias justas e com toda razão. Saia dessa, Benicio!

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