Por Alice Salles“Graça é a beleza da forma
sob influência da liberdade.” ~ Friedrich Schiller
Mary Wollstonecraft observou
que sem a responsabilidade da autogovernança, o indivíduo não pode ser
responsável pelos seus próprios atos. Wollstonecraft defendia que a partir do
momento em que você garante direitos especiais para determinados grupos, o
caráter do grupo e de seus membros acaba sendo pervertido.
Seu trabalho em relação à
inclusão das mulheres no processo político seguia uma tradição individualista
que defendia a simples noção de que leis devem ser cegas às diferenças e não
escritas para garantir tratamentos diferenciados em relação a determinados
indivíduos.
O reconhecimento da igualdade e
da qualidade fraterna entre indivíduos é uma proposição evidente e como axioma,
não precisa ser demonstrado ou questionado. É um consenso entre indivíduos de
origens variadas.
Com o crescimento da presença
do governo e de seu controle sobre vários aspectos da vida do cidadão,
influência política se tornou a forma mais eficaz de se garantir que leis
observassem características especiais de certos grupos e protegessem esse grupos
de interações tidas como prejudiciais quando cometidas exclusivamente contra
seus membros. Quando o controle governamental sobre a vida da população cresce,
minorias se sentem encurraladas. O desequilíbrio artificial causado pela
rigidez e propagação de leis que desconsideram nuances e características
pessoais cria atrito entre os mais variados grupos.
Quando exigimos que o estado
assuma autoridade para corrigir certos desequilíbrios para que a política de
tratamento especial seja mantida, agimos contra uma verdade indiscutível: que
enquanto pessoas, indivíduos são iguais e que diferenças não podem servir como
desculpa para que determinados grupos sejam tratados preferencialmente.
Um discurso que pede por
igualdade perante a lei, mas que defende o tratamento especial garantido pela
coerção estatal é desonesto.
O que garante que o
desequilíbrio artificial promovido por diversas leis continue a criar problemas
é nossa insistência em acreditar que determinadas causas serão apenas válidas
quando forem reconhecidas pelo governo.
Igualdade como conceito que
mantém que todos os indivíduos possuem as mesmas qualidades em pelo menos um
aspecto, o humano, é um conceito assumido como verdadeiro por todos nós. Leis
não garantem tratamento justo, mas promovem atrito e restringem relações
voluntárias e pacíficas entre pessoas que pertencem a grupos diversos.
O que você almeja como alguém
preocupado com os problemas que minorias enfrentam não é lutar por um objetivo
que faça com que humanos diversos sejam submetidos a leis que levam apenas
alguns grupos em consideração. O que você deseja alcançar é a liberdade e
dissolução do poder do estado centralizador.
O que você realmente busca é a
liberdade, não a igualdade.
Alice Salles é escritora e blogueira, vive em
Los Angeles, CA nos Estados Unidos onde escreve sobre política externa,
liberdade econômica e liberdade individual para o site de noticias United
Liberty e
Colunista da EPL
Comunicação.
Fonte: EPL - Estudantes pela liberdade
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