Como a Igreja Católica Construiu a
Civilização Ocidental - Thomas E. Woods Jr. – (Compre
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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
Cavaleiros Templários: Os Monges da Guerra
Quem eram os Cavaleiros Templários?
A ordem dos
Cavaleiros Templários foi fundada por Hugh de Payens, um nobre francês da
região de Champagne, junto com oito de seus companheiros, em Jerusalém por
volta de 1119.
Trabalhos de arte
de um cavaleiro templário que usa mala postal, capacete e uma túnica branca com um
emblema de cruz vermelha e empunhando uma espada e escudo Foto: GETTY
Por Nick
Squires
Eles
originalmente consistiam em um grupo de cavaleiros que protegia os peregrinos
cristãos viajando para a Terra Santa contra o ataque de bandidos e piratas
sarracenos, depois que os cruzados capturaram Jerusalém em 1099.
O nome
completo da ordem era o "Pobre Companheiro - Soldados de Cristo e do
Templo de Salomão".
Eles
receberam quartos ao lado do templo e adotaram seu uniforme distintivo -
túnicas brancas com uma cruz vermelha sangrenta de oito pontas.
Em 1129,
eles fizeram votos monásticos de pobreza, castidade e obediência e
comprometeram-se a morrer por sua fé.
Eles foram
gradualmente transformados em uma ordem cavalheiresca de monges guerreiras que
lutaram com distinção nas Cruzadas.
Os
herdeiros dos Cavaleiros Templários exigem desculpas do Vaticano 17 de junho de
2011
Três ordens
cavalheiresis mais famosas 17 jun 2011
Graças às
generosas doações que receberam dos reis, dos senhores feudais e da Igreja,
acumularam território e propriedade em toda a Europa.
Eles
receberam privilégios especiais pelo Vaticano - em 1139, o Inocente II os
dispensou da jurisdição eclesial e eclesiástica.
Eles podem
até ter venerado secretamente e guardado o Sudário de Turim por 100 anos após o
fim das Cruzadas, disseram pesquisadores do Vaticano há dois anos.
A Dra.
Barbara Frale, historiadora dos Arquivos Secretos do Vaticano, disse que o
Sudário - disse que era o pano em que Cristo foi enterrado após sua
crucificação - desapareceu durante o saque de Constantinopla em 1204 durante a
Quarta Cruzada e não voltou a aparecer até o meio do século XIV.
Ela
encontrou um documento em que um jovem francês que se tornou um Templário em
1287 disse que, como parte de sua iniciação, mostraram-lhe "um longo pano
de linho sobre o qual estava impressionado a figura de um homem" e que lhe
pediram que venerasse a imagem beijando seus pés
três vezes.
Depois de
terem sido dissolvidos no século 14, os Cavaleiros Templários foram revividos
como um movimento em Paris em 1804, adotando o título O Grande Priorado do Ordo
Supremus Militaris Templi Hierosolymitani, comumente chamado Knights Templar
International.
Com o
objetivo de realizar obras de caridade além de fazer pesquisas históricas e
proteger sites cristãos na Terra Santa, através de meios diplomáticos e não
militares.
Este Priorado
é reconhecido como uma organização não governamental com status consultivo
especial pelas Nações Unidas.
Os
Templários agora têm representantes em todo o mundo, incluindo cerca de 500
membros na Itália e uma filial na Inglaterra e no País de Gales, com sede em
Hertfordshire.
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
Ocultismo, engano e perdição
Aleister Crowley
|
“Mas nada há encoberto, que não haja de ser
descoberto; nem oculto, que não haja de ser conhecido” (São Lucas 12,2).
Ocultismo (da palavra em latim occultus:
“clandestino, escondido, secreto”) é “o conhecimento do oculto”. No uso
comum da língua inglesa, oculto refere-se ao “conhecimento
do paranormal”, em oposição ao “conhecimento
do mensurável”, geralmente referido como ciência. O termo é por
vezes entendido como conhecimento do que “destina-se apenas a certas pessoas”
ou que “deve ser mantido escondido”, mas para a maioria dos praticantes
ocultistas é simplesmente o estudo de uma realidade espiritual mais profunda
que se estende além da razão pura e das ciências físicas. Os termos esotéricos e
arcanos têm significados muito semelhantes, e os três termos são
intercambiáveis.
A profundidade do ocultismo está conectada com a magia, feitiçaria,
esoterismo e misticismo. Dentro desse contexto, as Sociedades Secretas se
alimentam com tais práticas.
Ocultismo é a principal ferramenta do reino das trevas para enganar com
falso conhecimento, espiritualismo eclético, ganância pelo dinheiro, loucura de
poder, luxúria desenfreada e perseguição contra a Igreja de Jesus Cristo. Tudo
isso com a finalidade de fazer as almas se perder.
Os Maus Espíritos Segundo a Sagrada Escritura
A Sagrada Escritura ensina que além do mundo material visível existe um
enorme e diversificado mundo espiritual. Este mundo é tão diferente do nosso e
é mais rico que este que nós não estamos em condições de entendê-lo, nem sequer
imaginá-lo de modo satisfatório. Apesar disso, o mundo espiritual se divide em
duas diferentes esferas de existência que chegam a ser opostas. Uma tem o nome
de Céu, que é o reino da Luz, onde Deus revela a Sua glória aos espíritos
bem-aventurados. Ali habitam os anjos e as almas dos justos. Outra esfera é o
Inferno, o reino das trevas e do suplício onde sofrem os demônios e as almas
dos pecadores. Os demônios, assim como os Anjos não vieram à existência por si
mesmos. São imateriais e imortais. Muito antes da criação do nosso mundo
material Deus criou o mundo espiritual e povoou-o de Anjos, – que eram seres
racionais e bons. A eles Ele concedeu as faculdades da racionalidade, livre
arbítrio e diversas aptidões, semelhantes às nossas, porém mais perfeitas.
Numa certa época, provavelmente ainda antes da criação do nosso mundo
material, aconteceu uma tragédia no universo angélico. Uma parte dos anjos
encabeçada por Lúcifer – um dos mais próximos a Deus saiu da obediência ao
Criador e partiu para um motim. O Apóstolo São João descreve assim este
acontecimento:
“Houve no céu uma grande batalha: Miguel e os seus Anjos pelejavam
contra o dragão, e o dragão com seus anjos pelejava contra ele; porém estes não
prevaleceram, nem o seu lugar se encontrou mais no céu. Foi precipitado aquele
grande dragão, aquela antiga serpente, que se chama demônio e satanás, que
seduz todo o mundo foi precipitado na terra e foram precipitados com ele os
seus anjos” (Ap 12, 7-9).
Nosso Senhor Jesus Cristo só de passagem menciona este acontecimento
com as palavras que Ele viu “satanás cair do céu como um raio” (Lc 10,18).
Os Apóstolos São Pedro e São Judas mencionam este fato em poucas
palavras, apenas dizendo que alguns anjos não preservaram sua dignidade e abandonaram
a moradia a eles destinada. Por isso foram presos na escuridão eterna
aguardando o juízo final de Deus (2 Pd 2, 4; Judas 6).
Observação: A primeira impressão que o leitor deste texto pode ter é de
que o confronto no mundo angélico ocorreu quando a Terra já existia.
Considerando, porém que o livro da Revelação reúne vários acontecimentos numa
só visão, ligando-os não pela sequência cronológica, mas em torno de uma ideia,
pode-se pensar que o quadro apocalíptico mostra não o fato de que a Terra já tinha
existido no tempo do afastamento do diabo de Deus, mas que a guerra que ele
trava conosco na realidade começou no Céu. Aquela guerra ele perdeu como também
perderá a atual, – quando o Senhor Jesus virá e o julgará.
Da comparação de várias passagens da Sagrada Escritura segue que a
causa do desprendimento de Lúcifer foi o seu orgulho (Eclesiástico 10, 1; 1 Tm
3,16). O profeta Isaías, numa descrição colorida, o apresenta sob a imagem de
soberbo déspota pagão:
“Como caíste do céu, ó astro brilhante, que, ao nascer do dia
brilhavas? Como caíste por terra, tu, que ferias as nações? Que dizias no teu
coração: subirei ao céu, estabelecerei o meu trono acima dos astros de Deus,
sentar-me-ei sobre o monte da aliança (situado) aos lados do aquilão.
Sobrepujarei a altura das nuvens, serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo
foste precipitado no inferno, até ao mais profundo dos abismos” (Is 14,12-15).
Este quadro é completado pelo Profeta Ezequiel com a imagem do
orgulhoso rei de Tiro:
“Tu (considerado) o selo da semelhança (de Deus) cheio de sabedoria e
perfeito na beleza, tu vivias nas delícias do paraíso de Deus: o teu vestido
estava ornado de toda a casta de pedras preciosas: o sárdio, o topázio, o jaspe
a crisolita, a cornelina, o berilo, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o
ouro, tudo empregado em realçar a tua formosura; e os teus instrumentos músicos
foram preparados no dia em que foste criado. Tu eras um querubim que estendia
as asas e cobria (o trono de Deus) eu coloquei-te sobre o monte santo de Deus:
tu caminhavas no meio das pedras (brilhantes) como o fogo. Tu eras perfeito nos
teus caminhos desde o dia da tua criação, até que a iniquidade se achou em ti.
Com a multiplicação do teu comércio encheram-se as tuas entranhas de iniquidade
e caíste no pecado; eu lancei-te fora do monte de Deus e te exterminei, ó
querubim, que cobrias (o trono) no meio das pedras como o fogo. O teu coração
se elevou no teu esplendor; perdeste a tua sabedoria por causa do teu brilho
por isso te lancei por terra e te expus diante da face dos reis para que eles
te contemplassem” (Ez 28, 12-18).
Assim, um dos mais elevados anjos, portador da Luz Divina desprendeu-se
por orgulho da Fonte e tornou-se o negrume e o propagador das trevas, da
rebeldia e das divisões. Querendo igualar-se a seu Criador, apropriar-se
da Sua glória e poder, ele tão somente mostrou a sua nulidade e ingratidão. Já
que ele é incapaz de oferecer algo de verdadeiro valor aos outros, fez da
mentira a sua principal arma para desencaminhar. Assim, a mentira tornou-se a
sua essência (Jo 8,44). Tudo o que ele diz, faz e promete – é mentira
deslavada, se bem que às vezes é disfarçada habilmente para parecer verossímil.
Pelo fato de ele sempre mentir, a Sagrada Escritura denominou-o “satanás”-
palavra que em hebraico quer dizer “caluniador”, “adversário”. Na língua grega
o equivalente é: “LXX: diabolos”; “Vulgata: diabolus”, diabo, “acusador”,
“tentador”, (Mt 4, 1-11). Outros nomes atribuídos a ele são: serpente, dragão,
belzebu, belial, príncipe das trevas, príncipe dos demônios, inimigo, príncipe
deste mundo, inimigo do gênero humano, o pérfido, e outros semelhantes,
indicando a crueldade e a perniciosidade da sua ação. Os anjos que o seguiram a
Escritura chama de demônios, de impuros, imundos e de maus espíritos (Mt 12,
43-45; Mc 16, 17).
As Tentações do Ocultismo
“Ora, o Espírito diz claramente que nos últimos
tempos alguns apostarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a
doutrinas de demônios” (1 Tm 4, 1).
A exemplo da criança que estende suas mãos para a mãe, o ser humano por
instinto dirige-se a Deus, sobretudo nos momentos difíceis da sua vida. Em Deus
ele vê o seu Pai Celeste, o Qual deseja para ele o bem e pode fazer até o
impossível. O Senhor Jesus Cristo prometeu: “Pedi, e vos será dado; buscai e achareis;
batei e abrir-se-vos-a” (Mt 7,7). Uns pedem a cura para um mal físico, ajuda no
trabalho, fortalecimento da família, o bem para os filhos. Já outros, a firmeza
na fé, o dom da súplica compenetrada, forças para viver de maneira que leve à
graça do Espírito Santo, – isto é, – cada um conforme seu nível espiritual.
Deus aceita as súplicas de todos que com fé ardente e sincera recorrem a Ele.
Além de a prece trazer para nós a ajuda do bom Deus, ela é notável por
contribuir para o crescimento interno do ser humano. Isto acontece porque a
prece, longe de ser um monólogo, – é uma conversação, na qual o Senhor responde
à alma e a ilumina pela graça do Espírito Santo. Clareando o mundo interior do
homem, Deus o ensina a buscar não somente o que é material e temporal, mas,
sobretudo o eterno, o que realmente é valioso. O homem que conversa através da
oração com Deus, tem consciência de que Deus é o Altíssimo, Todo-Poderoso, Ser
Supremo e pleno de amor, mas, também justo – ao Qual devemos temor. Não podemos
pensar em manipulá-Lo como uma força cega. Ele é o Pai Que deve ser obedecido.
Assim, a experiência pessoal da prece que vem em função das diversas
necessidades, contribui para o aperfeiçoamento moral da pessoa e a leva para o
bem sublime que é o Reino Celeste.
O oposto desta religiosidade sadia baseada na Fé e na obediência a Deus
é a malsã da “espiritualidade tenebrosa do ocultismo”. Aqui, também encontra-se
o elemento do sobrenatural e a busca por ajuda, porém, esta não é procurada
junto ao Criador, mas, em espíritos desconhecidos e duvidosos ou então,
apelando para forças imateriais misteriosas. Ao passo que a invocação de Deus
desperta a consciência do homem e lhe dá um impulso para penar seus pecados e
corrigir-se, – a prática do ocultismo, pelo contrário não impõe nenhuma
obrigação de cunho moral: pegue e delicie-se! Nesta liberdade imaginária, que
exclui a moralidade, reside aparentemente a principal atração do ocultismo.
Mas, como veremos adiante, os espíritos do além não são de modo algum
altruístas, e aquele que se valer de seus préstimos pagará muito caro por eles.
No começo, porém tudo parece bom, fácil e simples.
O ocultismo é tão velho como a própria humanidade. Comer o fruto
proibido foi à primeira tentativa do homem de adquirir conhecimentos e aptidões
por meio oculto (Gênesis cap. 3). Feiticeiros, xamãs, invocadores dos mortos,
etc… – existiram sempre. O marcante em nossa época, é a crescente popularização
do ocultismo e o grande interesse por ele, como mostram várias pesquisas atuais
idôneas. Um cientista da Universidade de Chicago que atua na área comparativa
de religiões e do ocultismo, Mircea Eliade, faz esta observação no seu livro:
“Occultism, Witchcraft and Cultural Fashions”: “Como historiador da Religião
não posso deixar de ficar perplexo frente à enorme popularidade da feitiçaria
no âmbito da cultura e subcultura ocidental contemporâneas. Nisto, o interesse
para a feitiçaria somente faz parte de um fenômeno mais amplo: o forte
interesse para as diversas ciências ocultas e esotéricas” (The University
Press, Chicago, Ilns. 1976).
Sob a influência dos ensinamentos do “Novo Século”-“Nova Era”, que
estão atualmente em moda, milhares de americanos declaram-se “channelers”
(médiuns) e “psychics” (videntes). Milhões recorrem a eles em busca de conselhos
e serviços, como também são atraídos por suas publicações. Alguns destes
“channelers” são muito conhecidos nos meios artísticos e na televisão. Na
Europa, no Canadá, no Brasil e na Rússia, como também em outros países, nota-se
o grande interesse pelas coisas do outro mundo. A influência das ideias ocultas
começou a ser sentida até nas ciências sérias, como: psicologia, medicina,
filosofia e arqueologia entre outras. Começaram a proliferar seitas
pseudocrístão que sob manto da terminologia cristã e da linguagem falsamente
apresentada como sendo científica, propagam ideias antigas de ocultismo. Nas
livrarias podemos encontrar uma seção especial dedicada à doutrina do “Novo
Século.” Abundam títulos como: “As bruxas na Idade Média,” “Magia Egípcia Antiga,”
“História das Sociedades Secretas,” “Serpentina e o Arco Íris,” “As palavras
secretas dos xamãs” e “Zumbi do Haiti,” “A enciclopédia dos conhecimentos
proibidos da Antiguidade,” “Da Cabala aos mundos astrais: energias da mente e
os segredos dos relacionamentos íntimos,” “O livro da sagrada magia: a
necessária fonte negra dos conhecimentos ocultos,” “Manual atualizado das
bruxas: tudo o que você precisa saber para poder encantar,” “Alcance o desejado
com a ajuda da energia oculta” e “Levitação, o que é e como praticá-la.”
O Dr. Walter R. Martin, um renomado pesquisador dos cultos na América,
afirma que sessenta por cento dos americanos, de uma ou de outra maneira, usam
técnicas ocultas ou se interessam pelo oculto. Existe mais de três mil editoras
de livros e revistas dedicadas ao ocultismo, o que implica em um giro da ordem
de um bilhão de dólares por ano. Até as revistas tradicionais, que a princípio
não se interessam por este assunto, publicam artigos sobre as práticas ocultas,
sinais astrológicos, cura pelos cristais, etc. Na Rússia, a queda para o
ocultismo assume proporções epidêmicas também. Estes tristes fatos indicam a
degeneração da sociedade contemporânea e predizem a proximidade da Segunda
Vinda de Cristo.
O nome ocultismo vem da palavra em latim occultus, que quer dizer: algo
encoberto e inacessível à maioria. A esfera do ocultismo inclui diversos
fenômenos e ações inexplicáveis causados por forças imateriais misteriosas. As
atividades no campo do ocultismo visam as seguintes finalidades: 1) Adquirir
conhecimentos inalcançáveis por meios comuns; 2) estabelecer o relacionamento
com os espíritos ou forças sobrenaturais; 3) aprender a manejar estes espíritos
ou forças. Eis a relação aproximada das ciências ocultas e atividades a elas
ligadas: cartomancia como profissão, astrologia, quiromancia, numerologia,
teosofia (a sociedade de Blavátskaya), cabala, antroposofia, espiritismo,
viagens astrais, algumas modalidades de misticismo, meditação transcendental,
mediunidade (channeling), yoga, medicina alternativa (tratamentos por
extrassensos), tratamento através dos campos de bioenergia, prática dos xamãs,
feitiçaria e toda a espécie de magia, “branca” e “negra.”.
Nos nossos tempos vem se tornando muito popular o ensinamento do “Novo
Século,” que absorveu numerosas ciências ocultas antigas. Algumas seitas-culto
atuais pretendem atribuir o seu surgimento à revelação por parte dos espíritos
ou exibem elementos de ocultismo e usam as suas práticas. Dentre estas se
destacam: “A ordem Rosacruz,” doutrina dos Rerich (“A ética viva “ou “Agni
-Yoga”), sociedade dos “Irmãos Brancos,” sociedade de Blavátskaya, movimento
“New Age,” “Aum Sinrike,” o Krishnaismo, “Lucius Trust” (Alice Bailey),
“Ekankar” (Paul Twitchel), “The Children of God” (David Berg), “Unification Church”
(Soon Moon), Antroposofia (Rudolf Steiner), “Astara” (Earline Chaney), a
“igreja” dos mórmons (Josef Smith com seu “angel Moroni”), “Cristian Science”
(Mary Baker Eddy), a Ordo Templi Orients, de Aleister Crowley e outros.
O que impele as pessoas ilustradas, em pleno século vinte e vinte um a
recorrer a tais práticas duvidosas, como a invocação de espíritos, destituídas
de qualquer fundamento científico? A resposta é: somente a ciência e as
doutrinas materialistas não podem satisfazer as sublimes aspirações do homem.
Algo dentro de nós procura por coisas elevadas, espirituais, anseia pela
resposta para as questões principiais: para que nós vivemos; existem outros
mundos e modos mais perfeitos da existência; o que nos espera além do túmulo;
se há mesmo as forças imateriais capazes de ajudar o homem a vencer as leis
físicas e obter a felicidade estável? Mas então, as pessoas, ignorando o
ensinamento cristão ortodoxo, ou não lhe atribuindo importância, recorrem às
doutrinas esotéricas. Estas pretendem possuir as respostas para as questões da
existência e abrir caminho às forças sobrenaturais. Porém, estas respostas são
falsas e as receitas – nefastas. O mais terrível é que elas suprimem no homem o
temor a Deus e o senso de responsabilidade pelos seus atos. Os espíritos caídos
procuram convencer o ocultista novato de que o julgamento Divino não existe,
nem o Juízo Final e nem os suplícios eternos, – mas, pelo contrário, de que
tudo no além é fácil e agradável. Portanto, enriqueça-se com os conhecimentos e
absorva a força que lhe é dada. De fato, às vezes como resultado de exercícios
ocultos, o homem desenvolve aptidões fora do comum – a telepatia, a
clarividência, a capacidade de tratar de doenças pelo campo da bioenergia, de
movimentar os objetos à distância (telecinese), etc. Como veremos estas
aptidões não se desenvolveram sozinhas, mas pela colaboração de espíritos
imundos, e são, portanto muito perigosas e nocivas. Por isso, para não assustar
o ingênuo novato, os demônios escondem a sua presença habilmente e deixam que
pensem que se trata de: a) inofensivos espíritos errantes, ou b) uma energia
impessoal contida no Cosmo ou que se abriga dentro do próprio homem. Veremos,
até que ponto isto corresponde à visão dos próprios ocultistas.
a) A natureza dos espíritos ocultos:
O relacionamento com os espíritos ocorre ou por meio do espiritismo ou
através da mediunidade. A prática da invocação dos espíritos tem uma longa
história que remonta a tempos muito antigos. É também mencionada na Bíblia como
uma ocupação pecaminosa e proibida por Deus: “Não vos dirijais aos magos, nem
interrogueis os adivinhos, para que vos não contamineis por meio deles” (Lv 19,
31). “A pessoa que se dirigir a magos e adivinhos e fornicar com eles, eu porei
o Meu rosto contra ela, e a exterminarei do meio do seu povo” (Lv 20, 6; 20,
27). Durante as sessões, o espírito aparece ou em forma de um fantasma ou se
manifesta através de sua influência sobre vários objetos, como por exemplo,
deslocando um pires, batendo na mesa, fazendo oscilar um pêndulo (Quija board),
etc. O médium em transe põe seu corpo à disposição do espírito, que se alojando
nele, apodera-se de seus órgãos e executa várias ações e faz revelações por
meio deles. O “Novo Século” dá preferência à popularização justamente deste tipo
de relacionamento com os espíritos (ou “forças”) e o chama de “channeling,” –
equivalente inglês de “conduzir.” Na medida em que o médium (channeler) entra
em transe, os músculos faciais e os lábios começam a apresentar contrações
involuntárias, semelhantes ao tique. Quando a possessão se completa, –
altera-se o ritmo da respiração, a expressão do rosto muda, tornando-se até às
vezes irreconhecível. A voz também muda, – assim, a voz feminina pode chegar a
soar como um baixo masculino. Ao sair do transe, o homem não recorda o que se
passou com ele ou o que falou durante o transe mediúnico. No início, o espírito
não se atreve a entrar nele sem o seu consentimento, e é necessário que o
médium o invoque. Mas, depois de algumas sessões consecutivas a ação do espírito
pode assumir um caráter espontâneo, ficando o médium em poder deste.
Sem dúvida, entre os espíritas e médiuns existem muitos charlatães.
Mas, por outro lado, há um número respeitável de profissionais que têm de fato
um relacionamento com seres do outro mundo e recebem destes informações e
habilidades inalcançáveis pelos homens de outra maneira. As maiorias
esmagadoras dos “channelers” e espíritas comuns não suspeitam de como são
pérfidos e perigosos aqueles seres nos quais confiam. Eles não são de longes
almas errantes inofensivas, nem forças impessoais da natureza. Ao contrário, de
acordo com o testemunho de muitos médiuns e xamãs profissionais, os espíritos
com os quais eles lidavam, agiam com intenção de enganá-los. Eles fingiam-se de
bondosos com o intuito de apoderar-se deles e causar lhes mal. Saptrem,
discípulo do ocultista e guru (mestre) hindu, Sri Aurobindo, escreveu “É de
conhecimento de todos ocultistas, que os espíritos podem assumir qualquer
aspecto que quiserem” (Saptrem, “Sri Aurobindo or the Adventure of
Conscicusness,” NY. Harper and Row, 1974).
Robert Monroe descreveu um caso, ligado a uma de suas “viagens
astrais,” quando foi vítima de ataque persistente e insolente de maus
espíritos. Num momento decisivo da luta, dois espíritos de repente assumiram a
aparência das suas duas filhas amadas. Tão repentina e verossímil foi à mudança
que Robert perdeu a força para resistir e quase foi derrotado. (“Jorneys out of the Body,” Garden City, NY, Anchor Books, 1973).
O muito conhecido médium, Emanuel Swedenborg, que dedica-se ao
relacionamento com os espíritos, e considerado por muitos como um especialista
sério no assunto, testemunha que os espíritos com os quais lidam os médiuns e
espíritas são mentirosos tão ardilosos, que não é possível se estabelecer sua
verdadeira identidade e conhecer suas intenções. Estes espíritos são exímios
atores, que se disfarçam passando por almas de falecidos. Swedenborg dirige as
seguintes palavras de advertência aos ocultistas novatos: “Quando estes
espíritos dizem alguma coisa, não se pode em absoluto acreditar, porque eles
inventam tudo e mentem sempre…” Isto eles fazem com tamanho “aplomb” e
insolência, que ficamos totalmente desconsertados. Se, por acaso o homem der
crédito, mesmo que parcial, ao que os espíritos afirmam, estes passam com um
descaramento maior ainda para novas invenções, deixando-o completamente
emaranhado. Portanto, é mister precaver-se contra os espíritos e não confiar
nem um pouco neles (“The True Christian Religion,” NY. E. P. Dutton, 1936).
A mesma afirmação ouvimos de Uri Geller, conhecido por sua capacidade
de torcer colheres e facas por meio da telepatia. Tanto ele, como seu mentor,
Andrija Puharich, M.D., ao lidar com espíritos, experimentavam frequentemente
um desassossego, pois percebiam algo estranho e suspeito em seu comportamento.
Ambos ocultistas verificaram várias vezes que os espíritos portavam-se de modo
ambíguo, parecendo querer passar um trote neles (Andrija Puharich, Uri, NY,
Bantam, 1975). A mesma inquietação sentem outros espíritas e médiuns
profissionais.
Posto que os espíritos dos ocultistas mentem e mentem terrivelmente. A
especialidade do diabo com o seu ocultismo é a mentira e o engano profissional.
Fica evidente que eles não são nem Anjos bons, nem servidores de Deus. Tampouco
eles podem ser as almas dos mortos, porque conforme diz a Sagrada Escritura,
não é permitido às almas vagar por sua própria vontade pelo mundo. É justamente
o contrário: após a morte do homem, Deus determina à sua alma a permanência em
um determinado lugar; no Paraíso ou no “inferno”, aonde a alma deve ficar até o
Juízo Final. “E, assim como está decretado que os homens morram uma só vez, (e
que) depois disso (se siga) o Juízo” (Hb 9, 27). Se os espíritos com os quais
os ocultistas lidam não são Anjos, nem as almas dos falecidos, – é mais
provável que sejam espíritos subordinados àquele de quem o Salvador falou,
“mentiroso e pai da mentira” (Jo 8, 44). Consequentemente, os espíritas e
“channelers,” ao confiar nos espíritos do outro mundo, colocam tanto a si
mesmos, como aos outros em grande perigo.
É difícil entendermos porque pessoas que jamais confiariam em algum
desconhecido, fazem-no com relação aos seres do outro mundo, dos quais não tem
nenhum conhecimento e que frequentemente são flagrados mentindo. Talvez seja o
sofrimento, problemas psicológicos, ambição pelos bens materiais, controle
diabólico ou boçalidade.
b) A energia espiritual é impessoal?
Examinemos agora uma segunda opinião muito popular em nossos dias, a
que as práticas ocultas põem em ação a energia derramada no Cosmo ou abrigada
no íntimo do próprio ser humano. Esta opinião é muito atraente para o céptico
contemporâneo, que não aceita nem a Deus Pessoal, nem o mundo espiritual. O
pensamento de que só com o seu desejo, pode por em ação a poderosa energia
imaterial e forçá-la a trabalhar para ele, lisonjeia este soberbo. Baseando-se
na premissa da existência de forças imateriais e impessoais, surgiram várias
teorias ocultas, que revestidas de terminologia quase científica, são oferecidas
ao leitor na qualidade de receitas úteis para todas as ocasiões da vida.
O sucesso destas doutrinas ocultas é enorme, porque para aqueles que
anseiam pelo conhecimento, mas que são ignorantes nas coisas espirituais, elas
significam o descobrimento de novos mundos: tudo, até então misterioso e
impossível, torna-se, de repente, explicável e atingível. Não há o que recear,
não existe alguém temível, – tudo são simples e factível para quem aprender a
dirigir as forças imateriais.
Observação: Para a saúde espiritual, um perigo especial é apresentado
pela corrente dentro do ocultismo que faz propaganda da técnica para liberar a
energia intrínseca do homem. (A. Klizóvskiy, – “Fundamentos da cosmovisão da
nova época”). De acordo com este ensinamento, cada pessoa, desde que domine os
métodos especiais, será capaz de desenvolver a faculdade de percepção global
tanto do mundo interior como do exterior, conservar e restabelecer a sua saúde
e a dos outros, aprender a se ligar a qualquer fonte de informação, abrir o terceiro
olho, empreender viagens astrais, descobrir seus chacras. A descoberta dos
chacras, através de métodos especiais, com a finalidade de liberar a energia
psíquica, promete possibilidades irrestritas. O homem pode tornar-se semelhante
aos deuses – ter o dom da clarividência, da telepatia, da telequinese, etc. Ao
mesmo tempo, os próprios especialistas na área (A. Klizóvskiy), previnem que a
libertação de sua bioforça pode levar a muitas consequências sérias. O
aprofundamento mais detalhado neste assunto foge dos limites do tema aqui
abordado. Apontamos, apenas que as pessoas que se dedicam à descoberta de seus
chacras deformam sua psique, muitas vezes sem possibilidade de recuperá-la.
É curioso, que os espíritos que agem nos bastidores dos atuais, quase
científicos experimentos, não se ofendem ao saber que os “channelers” ignoram
seus esforços e silenciam sobre seus méritos. Pelo contrário, os espíritos
preferem esconder-se por trás das tais forças impessoais e imateriais, porque
assim, alcançam com maior facilidade a sua principal meta: escravizar os seres
humanos. Nisto eles são consequentes, já que seu próprio príncipe, o diabo, – é
um demagogo habilidoso e multifacetado. Ao homem com aspirações intelectuais
ele fala: “A você darei conhecimentos sobrenaturais,” a outro com inclinação
para o misticismo: “Revelar-te-ei os mistérios da existência,” ao que almeja o
poder, ele promete este; e o incrédulo ele convence: “Eu não existo, – sou uma
ficção”! Dizia o poeta lírico francês Charles Baudelaire: “A maior falcatrua do
diabo é convencer-nos de que ele não existe”.
Assim, conseguindo atrair o homem através daquilo que este mais
aprecia, o diabo o afasta cada vez mais de Deus, até precipitá-lo no abismo
infernal. Graças à sua habilidade de adaptar-se ao raciocínio humano, o diabo
conseguiu seduzir muitas pessoas em nossos dias, com invencionices antigas,
camufladas por uma linguagem quase científica. Assim, surgiu atualmente um ramo
da ciência – a parapsicologia, que estuda e tenta interpretar cientificamente as
práticas antigas dos xamãs e médiuns.
Mas, ainda resta a questão principal: será que existe energia
imaterial, neutra sob o ponto de vista moral? E se a resposta for afirmativa,
qual é a sua natureza?
Para responder a estas perguntas, é preciso se considerar o fato de que
toda energia, – seja ela física ou espiritual, está necessariamente ligada a
uma fonte que gera. Assim, toda energia física ou um campo elétrico, magnético,
gravitacional, etc. não existem “por si mesmos”, mas provém de determinadas
partículas subatômicas (fótons, grávitons, etc.). Como estas partículas
materiais são impessoais, assim são os campos gerados por elas, portanto
moralmente neutros. Da mesma forma a energia espiritual (forças espirituais)
não existe “por si mesma”, mas provém de um ou de outro ser espiritual. Sabemos
que os seres espirituais (anjos, seres humanos, demônios) possuem
individualidade, consequentemente a energia que provém deles, é marcada pelo
seu estado moral: bom ou mau. Os extrasensos experientes sabem muito bem isto e
procuram precaver-se do contágio moral.
É fato conhecido, que no mundo que habitamos, além do branco e do
preto, existe o cinza, além da luz e da escuridão há a penumbra. Porém, no
vácuo do Cosmo pode haver somente luz ou o negrume. Do mesmo modo no universo
dos espíritos não existe um estado moralmente indefinido. Comparados aos seres
humanos, os espíritos são seres simples; eles podem ser totalmente bons (anjos)
ou totalmente maus (demônios). De modo semelhante no mundo espiritual são possíveis
somente dois estados: o Paraíso ou o inferno. Entre eles não pode haver nada de
intermediário. Compreendendo isto, temos que concordar que a força, (energia)
que provém de Deus e dos anjos é sempre boa e atrai para o Bem, mas a força
(energia) proveniente dos demônios sempre é má e empurra para o mal. A
experiência da Igreja durante muitos séculos confirma isso. A força emanada de
Deus, ou (usando a expressão de São Gregório Palama), – “energia Divina não
criada,” é uma força que ilumina e vivifica a alma. “Senhor, bom é nós estarmos
aqui” – exclamaram os discípulos quando no Tabor a luz Divina os iluminou (Mt
17,1-13).
Porém os seres humanos são mais complicados do que os simples espíritos
(anjos e demônios). Assim, eles podem se achar num estado não definido no
sentido moral e serem capazes de oscilar entre o Bem e o mal. Justamente,
devido à esta bipolaridade moral e à instabilidade do homem, o Bem e o mal
neutralizam-se tendo por consequência o enfraquecimento da sua energia
espiritual e sua pouca efetividade se comparada com a energia de espíritos
simples. Isto pode ser comparado com a neutralização da carga positiva do
núcleo do átomo pelos elétrons – partículas de carga negativa. No mundo
espiritual não existem forças moralmente neutras porque elas têm origem em
seres determinados moralmente, Anjos ou demônios. Assim, cada vez que o homem
entra em contato com a energia proveniente desses seres, ele vai sentir atração
para o Bem ou para o mal.
Observação: evidentemente, a fonte inicial de toda a espécie de energia
é Deus. Mas os anjos caídos converteram esta energia em mal, como, aliás, tudo
o que Deus lhes deu.
Os ocultistas cometem um erro quanto à neutralidade e inocuidade da
energia imaterial. Já que nem Deus, nem os Seus Anjos não permitem manipulação,
– os demônios oferecem-se prontamente a serviço dos ocultistas. Eles fornecem a
estes a energia necessária. Evidentemente, eles não fazem isso sem ter seus
interesses. Eles fornecem a energia a título de empréstimo e cobram juros
altos. Os feiticeiros, as bruxas, os satanistas e muitos ocultistas
profissionais estão a par disto, mas guardam em segredo. Para não afirmar
gratuitamente, vamos a alguns pareceres de especialistas.
O professor Dr. Michael Harner leciona nas universidades de Columbia e
Yale. Além disso, ele ensina antropologia na New School for Social Research em
Nova Iorque, e é autor do livro: “The Way of the Shaman.” Suas pesquisas na
esfera do oculto levaram-no à convicção de que a fonte básica da força dos
xamãs reside nos espíritos. “Sem o espírito que guia, não é possível ser xamã,
porque este necessita de uma fonte potente de energia” (New York, Bantam,
1986).
Gurus hindus e budistas também reconhecem que a sua força provém do
mundo dos espíritos. Assim, Idries Shah faz esta observação: “Os gurus não
possuem uma força espiritual poderosa. Eles recebem-na dos espíritos. O guru
tem somente a faculdade da concentração” (Oriental Magic, NY. EP. Dutton,
1973). Em seu livro, “The adventures into the Psychic” o pesquisador durante
muitos anos de fenômenos parapsicológicos, Jess Shearn, traz este comentário:
“Quase todos os grandes médiuns sentiram que foram instrumentos de uma força do
além que fluía através deles. Eles não atribuíam a si nenhuma força”. (NY.
Signet, 1982).
Por mais que os ocultistas gostem de se vangloriar de vez em quando das
suas aptidões extraordinárias, eles são obrigados a admitir que na realidade
são os espíritos do mundo do além que agem através deles. Assim, apoiando-se no
testemunho do pesquisador e parapsicólogo Lawrence LeShah, que estudou as
atividades de vários curandeiros-extrasensos, orientais e ocidentais, Charles
Pannati escreve que: “se existe algo em comum entre os curandeiros que foram
objeto de suas pesquisas, é o fato de que eles não curavam por sua própria
força. Pelo contrário, – cada um entendia que efetivamente o “espírito” agia
por trás dele. Eles consideravam-se como instrumentos passivos do espírito.
Para poder curar, todos os curandeiros teriam que cair no transe”.
(“Suprasenses,” – Garden City, NY. Anchor-Doubleday, 1976).
Na coletânea “Healers and the Healing Process” podem ser encontrados os
estudos mais completos sobre os tratamentos de saúde por extrasensos. Nestas
pesquisas que duraram dez anos e contaram com a colaboração de muitos
especialistas no assunto, podemos ler: “Qualquer pesquisa sobre os tratamentos
de saúde anômalos, leva à noção de espíritos inteligentes (denominados
“dirigentes,” ou “controladores,” ou “protetores”), que influenciam a mente do
curandeiro e lhe fornecem informações das quais eles antes não tinha uma noção
nítida”, (Wheaton, Il., Theosophical Quest, 1977). Este estudo também levou à
conclusão de que as curas por meio de procedimentos anômalos têm uma propagação
maior nos países onde o espiritismo e as crenças nos espíritos são mais
populares. Dados mais detalhados podem ser encontrados
nos livrinhos: “The Facts on The Occult” e “The Facts on Spirits Guides,”
publicados por John Ankerberg e John Weldon (Harvest House Publishers, Eugene,
Oregon, 1991). Assim, fica estabelecido o fato que, independentemente da terminologia
usada, os ocultistas relacionam-se com espíritos reais, que lhes fornecem dados
e os suprem de energia imaterial.
c) Os frutos das práticas ocultas:
Nós já apresentamos dados que indicam que estes espíritos, não são nem
anjos nem as almas dos falecidos, mas, muito provavelmente – demônios. Para
certificar-se disso com segurança, vamos ver a que consequências levam o
relacionamento com eles. Este é um método infalível para a avaliação dos
fenômenos espirituais, que foi indicado pelo próprio Salvador ao dizer: “Pelos
seus frutos os conhecereis… Não pode uma árvore boa dar maus frutos, nem uma
árvore má dar bons frutos” (Mt 7,16). É justamente aí, que numerosos
fatos da vida de pessoas que se dedicaram à prática do ocultismo, nos convencem
de que: a) os espíritos empurram as pessoas que lidam com eles aos mais
diversos pecados e crimes; b) que eles solapam a saúde e destroem suas vidas.
De fato, as pessoas que se dedicam ao ocultismo, depois de algum tempo começam
a apresentar esquisitices psíquicas, entram em depressão, tornam-se alcoólatras
ou abusam do consumo de narcóticos.
M. Lamar Keene passou treze anos no meio de médiuns profissionais. Na
sua confissão ao público ele escreveu: “Todos os médiuns que eu conheci
pessoalmente ou através de outros, terminaram as suas vidas tragicamente. As
irmãs Fox, que encabeçam esta lista, terminaram como alcoólatras inveteradas.
William Slade, que se tornou famoso adivinhando pensamentos, enlouqueceu e
morreu em um hospital para doentes mentais em Michigan. A médium Margery morreu
fortemente viciada em álcool… Por todos os lados, aparece o mesmo quadro, – sua
existência miserável os médiuns encerram com a morte ainda mais miserável.
Fiquei realmente deprimido com toda esta história de mediunidade: o embuste, a
depravação ordinária, a bebedeira ininterrupta, a narcomania…” (The Phychic
Mafia).
Além disto, os espíritos infligem vários sofrimentos a quem estão
auxiliando, revelando sua natureza má, sádica. Mas eles fazem isto habilmente
para não assustar a sua vítima antes do tempo. Eles planejam a sua ação e
aumentam gradativamente a dose dos sofrimentos. A pessoa que se dedica ao
ocultismo começa a padecer de nervosismo aumentado, mal estar físico, acontecem
a ela acidentes inexplicáveis e ocorrem vários aborrecimentos. Às vezes ela
entra em pânico, chega a pensar em suicídio. Quando ela começa a perceber, que
provavelmente todas estas desgraças são trazidas pelos espíritos e tenta
libertar-se, – os espíritos triplicam sua crueldade a afogam-na num verdadeiro
mar de desgraças ainda maiores, para assustá-la e forçá-la a voltar para eles.
Desta maneira, ora soltando, ora puxando as rédeas, os espíritos aos poucos
escravizam o ocultista e no final levam-no a perecer.
Estas observações são confirmadas pelo Dr. Nandor Fodor, autor da
respeitada “Encyclopedia of Psychic Science”: “As tentativas de suprimir suas
habilidades mediúnicas levam a diversas doenças, mas quando a pessoa volta para
as práticas ocultas os sintomas desaparecem” (Secaucus, NJ. Citadel, 1974).
Millard descreve que ele “não passava de um fantoche insignificante das forças
do mundo do além” (Edgar Choice: “Mystery Man of Miracles,” Greenwich, CT.
Faucett, 1967). Raphael Gasson, ex-médium, escreveu baseando-se em sua própria
experiência: “Muitos sofreram seriamente, quando depois de começar a pesquisar
o mediunismo tentaram livrar-se dele. Passaram a sentir uma grande angústia.
Famílias desfizeram-se, tentativas de suicídio e doenças psíquicas tomaram
conta daqueles que chegaram a conhecer esta prática e mais tarde quiseram
livrar-se da sua força. Aquele que conseguiu se salvar deve agradecer a Deus
pela Sua Graça” (“The Challenging Counterfeit,” NJ. Logos, 1966).
O espírita e guru Sri Chinmoy, conselheiro junto à Organização das
Nações Unidas, fez esta observação: “Muitos, muitos feiticeiros mesmo, e
pessoas que tiveram relacionamento com os espíritos, ou foram estrangulados ou
assassinados de outra maneira. Sei disto porque deparei pessoalmente com alguns
casos semelhantes” (“Astrology, the Supernatural and the Beyond,” Jamaica, NY.
Angi Press, 1973). O professor Dr. Kurt Koch, que dedicou quarenta e cinco anos
aos estudos dos fenômenos anormais, testemunha que “em meio às pessoas que se
dedicam ao ocultismo, existe uma enorme porcentagem de suicídios, acidentes
trágicos e de loucura.” Tanto ele quanto muitos outros especialistas na área da
parapsicologia, afirmam que a ocupação com o ocultismo durante muitos anos,
destrói inevitavelmente a saúde física do homem, como se um vampiro que nele habita
sugasse as forças do ocultista.
As pessoas caem nas redes do ocultismo porque no início não enxergam o
perigo, pelo contrário, – tudo aparenta ser notável e agradável. Malachin
Martin no livro “Hostage to the Devil” descreve o destino de um tal “Karl,” um
físico diplomado e psicólogo com um vivo interesse para a religião e
parapsicologia. Karl deixava os conhecidos impressionados pelas suas
habilidades psíquicas fora do comum. Seguindo a sua “vocação” ele estudava
seriamente os ensinamentos sobre a encarnação e as viagens astrais. Na medida
em que ele se apoderava do conhecimento destas ciências ocultas, novos
horizontes descortinaram-se à sua frente. Karl era inteligente e cauteloso. Ele
estava convicto de que suas pesquisas iriam trazer benefícios para a ciência e
a humanidade. Tornando-se catedrático em uma universidade dos EUA, ele levou
adiante seus experimentos na área da parapsicologia e fenômenos místicos. Aos
poucos, porém, ele começou a perceber algumas mudanças negativas em seu
comportamento e estado de espírito. Ele sente desconfiança e até mesmo medo em
relação aos espíritos com os quais lida. Enfim, fica convencido de que precisa
mudar radicalmente o método de suas pesquisas e abrir mão de suas teses
iniciais. A esta altura, fica paralisado e é internado em estado “vegetativo.”
Somente onze meses depois, terminado o tratamento intensivo, que foi
acompanhado pelas orações de parentes e amigos, Karl recebeu alta. Ao sair do
hospital, ele renegou todos os seus êxitos na parapsicologia e revelou o mistério
da sua doença: “Eu solenemente e de livre vontade me entreguei ao mau
espírito.” Apesar dele ter se apresentado como bom, e ter prometido me ajudar,
me aperfeiçoar, eu desde o início senti por intuição que ele era mau”.
Apesar de dezenas de milhares de pessoas terem sofrido em consequência
de práticas ocultas e existirem tantos dados sobre os perigos do ocultismo,
muitos continuam a acreditar em mitos que descrevem o ocultismo ou como
charlatanismo inócuo, ou passatempo inocente, ou até – buscas espirituais
construtivas. Mas, ele não é nem o primeiro, nem o segundo e nem o terceiro.
Também, é errônea a opinião de que ao lado de uma face “perigosa” do ocultismo,
existe uma outra, “segura.” Há os que acreditam que com certa precaução se pode
tirar proveito do ocultismo. Lamentavelmente, todos os dados mostram que em
qualquer modalidade da atividade oculta há algo negativo e destrutivo, que “se
prende” no homem – que ele não consegue se livrar sem a ajuda proveniente das
Alturas, do Eterno Deus, O Todo-Poderoso. Este “algo,” que tem sua origem no
além-mundo, começa a reger o seu destino e o empurra cada vez mais para o lodo
do charco do ocultismo. O que ocorre pode ser comparado pelo adoecimento pela
SIDA (AIDS).
O vírus, entrando no organismo engana as células sadias apresentando-se
como inócuo. A célula não ativa o seu mecanismo de defesa e o vírus faz a vez
do cavalo de Tróia. Somente ao alojar-se no interior da célula, o vírus revela
sua força destrutiva. É verdade, que após ser infectado, o homem vive durante
alguns anos uma vida relativamente normal e, pode ser que nem desconfie que os
seus dias estejam contados. Somente na última fase da doença a presença do
vírus destruidor torna-se patente. Mas, a esta altura, já é tarde.
Existe mais um fato de suma importância, que raramente é mencionado nas
pesquisas científicas sobre o ocultismo, que revela a verdadeira natureza dos
espíritos ocultos – sua luta contra Deus. Assim, aquele que recebeu uma ajuda
ou carga de bioenergia por intermédio deles, sente uma inexplicável repulsa a
Deus e a tudo o que é sagrado. Um crente percebe a mudança brusca no seu estado
de espírito. Na hora em que ele recebe alguma ajuda de um extrasenso ou
ocultista, ele perde toda a vontade de rezar, de participar de retiros espirituais,
de ler a Sagrada Escritura, de ir à igreja, etc. Esta repulsa é diretamente
proporcional à força recebida por meio do ocultismo. A procura repetida pelo
oculto, então o leva a tornar-se hostil para com Deus.
Dr. Kurt E. Koch conta o seguinte caso. Numa aldeia da Tailândia morava
um camponês nativo, que era um membro ativo em sua comunidade cristã. Certa
vez, ele machucou o seu braço, e neste formou-se uma ferida purulenta. Ajudada
pelo clima tropical, a inflamação começou a progredir rapidamente, e parte do
braço cobriu-se de uma mancha vermelho escura, quase preta. Já que o médico
mais próximo era distante, o camponês tentou curar-se com remédios caseiros. Só
quando a infecção quase chegou ao ombro, ele foi ao médico. Este constatou uma
gangrena e lhe disse que precisaria amputar logo o braço para evitar a morte. O
tailandês ficou desesperado: “Mas, o que eu vou fazer com um braço só? Quem vai
plantar e colher o arroz para mim?”. O desespero tomou conta dele e, aí se
lembrou de um velho hindu que tratava as pessoas com uma força misteriosa.
Apesar de saber que os cristãos não deveriam recorrer a feiticeiros, nesta
situação desesperadora ele mesmo assim foi até o hindu procurar por ajuda.
Ocorreu, porém, que o hindu não era de longe um charlatão e suas forças mágicas
operavam coisas impossíveis. A supuração parou, o braço foi salvo. Porém, logo
após receber a ajuda do feiticeiro, o tailandês parou de frequentar sua igreja
e retornou ao paganismo de seus ancestrais. Pela salvação do seu braço ele
pagou com a sua alma. (“Occult Bondage and Deliverance,” Kregel Publications,
Grand Rapids, Michigan, 1970).
Mais adiante, o Dr. K. Koch conta que o feiticeiro mais forte que ele
encontrou, era o xamã esquimó Alualuk. Suas forças ocultas eram tão grandes que
ele até ressuscitou alguns mortos pagãos. Um deles ainda viveu depois por dez
anos. Mas, este xamã foi esclarecido por algum pregador, começou a crer em
Cristo e deixou-se batizar. Depois disto, ele perdeu toda sua força mágica.
Quando Koch perguntou-lhe com que força ele fazia seus milagres, o ex-xamã
respondeu categoricamente: “Demoníaca, evidentemente”! Ele observou ainda que a
sua força não se estendia aos cristãos firmes em sua fé.
No nosso tempo o perigo do ocultismo aumentou porque ele é oferecido
como prática religiosa e até cristã. Era uma tradição de todas as modalidades
de ocultismo não esconder sua belicosidade em relação ao cristianismo. Hoje,
podemos ouvir dos extasensos e outros ocultistas conselhos como estes: “vá
batizar-se,” “vá à igreja,” “comungue,” “tome água benta,” etc. Alguns
extrasensos em suas seções até invocam o nome de Deus, leem preces, fazem o
sinal da Cruz, criando a impressão de que através deles atua a força de Deus.
Tudo isto é um terrível embuste! Qualquer tipo de ocultismo pela sua própria
natureza é anticristão, qualquer que seja a roupagem que ele vista. Deve ser
rejeitado radicalmente e condenado toda prática ocultista.
Todos os sinais básicos do ocultismo estão presentes nas seções
“cristianizadas” de extrasensos – tentativas de manipulação das forças
sobrenaturais para fins lucrativos. A religião cristã exige submissão ao
Criador, a fé, a penitência, a vontade de emendar-se moralmente, a aspiração ao
celestial, o desejo desinteressado de servir ao Bem. Do outro lado, a finalidade
é: absorver “energia lúcida,” alcançar sucesso nas coisas da vida, conhecer
segredos, etc. Tudo isso sem nenhuma obrigação perante Deus. Um homem que
pratica o ocultismo, quando vai à igreja procura lá não a Deus, mas uma fonte
de alimentação. Assim, no seu atrevimento, ele prostra as mãos aos objetos
sagrados para “aumentar a sua carga,” que será usada em suas ações sujas, com o
que ultraja a magnificência do Criador.
Mas, o que os extrasensos dizem deles mesmos? Recorremos à entrevista
de Yuri Tarássov que tem como título: “Sou feiticeiro da quarta geração.”
Quando a correspondente perguntou: Você fez feitiço a um doente de
osteocondrose usando campo de bioenergia, terapia manual e psicoterapia? Tudo
isso é amplamente divulgado. Alguns representantes da medicina não tradicional
nós conhecemos, por exemplo: Djuna, Kaszpiróvskiy… Será que você encerra
em si as três pessoas? Tarássov respondeu: “A sua pergunta já contém a
resposta”. Por que eu não me chamo de extrasenso? Porque um deles sabe fazer aproximadamente
um décimo daquilo que está em poder de qualquer feiticeiro médio. O mesmo se
pode dizer sobre hipnotizadores, curandeiros, psicoterapeutas… É uma resposta
com a máxima franqueza. De fato – é uma ponta do iceberg, cuja base desce ao
inferno.
Devido à própria natureza do ocultismo ser hostil a Deus, a Sagrada
Escritura proíbe rigorosamente dedicar-se a ele. Eis algumas passagens: “Não se
ache entre vós quem seja encantador, nem que consulte nigromantes, ou
adivinhos, ou indague dos mortos a verdade. Porque o Senhor abomina todas estas
coisas” (Dt 18,10-13).
“Se se levantar no meio de ti um profeta ou alguém que diga que teve um
sonho, e predisser algum sinal ou prodígio, e suceder o que ele anunciou, e te
disser: Vamos, e sigamos os deuses estranhos, que não conheces e sirvamo-los,
não ouvirás a palavra de tal profeta ou sonhador, porque o Senhor, vosso Deus,
vós põe à prova, para se tornar manifesto se O amais ou não de todo coração e
de toda a vossa alma… E aquele profeta, ou inventor de sonhos será posto à
morte, porque vos falou para vós afastar do Senhor vosso Deus…” (Dt 13,1-5).
Assim, enquanto a vida religiosa cristã sadia clareia e enobrece
moralmente o homem, a atividade malsã, pseudo-religiosa do ocultismo o deforma
moralmente e leva à perdição. Todos os tipos de ocultismo levam ao
relacionamento com os espíritos caídos. Nisto, apesar destas práticas no início
trazerem sucesso nos negócios e criarem a impressão de que estão abrindo para o
homem possibilidades ilimitadas, – no final das contas, ele terá que pagar
muito caro pelos préstimos deles recebidos. “Pois, que o que aproveitará a um
homem ganhar todo o mundo, se vier perdera sua alma? Ou que dará um homem em
troca da sua alma?” (Mt 16,26).
Brasil
Segundo o eminente pesquisador Padre Dr. Oscar Quevedo, SJ, existem, só
no Brasil, mais de 56 mil seitas e religiões. O site Registro Nacional de
Igrejas Evangélicas contabiliza 34.575 igrejas protestantes no Brasil
(Evangélicos: Grandes Líderes da Atualidade, dezembro de 2011, p. 11)
O Brasil é o único país em que os ensinamentos libertinos do ocultista
inglês Aleister Crowley viraram refrão de rock’n roll. Eles são encontrados nas
obras de Raul Seixas a partir de 1973. Ao lado de seu parceiro na época, o
escritor Paulo Coelho, ele havia tomado para si o papel de divulgador da
filosofia de Crowley. Crowleey foi por muito tempo o guru de Raul Seixas e
Paulo Coelho. De 1898, quando se iniciou nos mistérios do espiritualismo, até
sua morte, em 1947, aos 72, Crowley foi um dos principais provocadores de
transformações no cenário das filosofias ocultas. A principal transformação
promovida por Crowley no ocultismo foi colocar o ser humano, e não mais Deus,
um panteão de deuses ou o Universo no foco dos estudos. Crowley ficou conhecido
como homem mais pervertido da Terra, The Great Beast (A Grande Besta). O fim de
Crowley foi a falência e corroído pelo uso de heroína. (História Viva, n. 44,
pp. 10 e 14).
As pessoas pela rede do sobrenatural satânico como: o ocultismo,
esoterismo, xamanismo, misticismo, magia, feitiçaria, quimbanda, vodu,
espiritualismo, sociedades secretas e a teologia da prosperidade, buscam
sucesso, fama e riqueza. O fundamento é a buscar pelo poder do conhecimento
oculto e pela solução dos problemas particulares. Quanta gente se engana, enlouquece
e perde tudo por essa jornada tenebrosa. Os sofredores incautos e os
egocêntricos tornam-se presas fáceis para a rede satânica e ferramentas
econômicas para construção do império financeiro das seitas, das sociedades
secretas e do ocultismo. Ficar livre de tudo isso é tão somente ser todo de
Nosso Senhor Jesus Cristo. Convertido pela fé e pela graça de Deus e vivendo em
santidade para glória da Santíssima Trindade e da Igreja.
Só mesmo o poder do Santo Evangelho de Jesus
Cristo, não deixa o Brasil ser um país tomado pelo ocultismo, pelas drogas,
pela prostituição e por uma guerra civil. Daí a nossa responsabilidade pela missão
evangelística, o nosso verdadeiro testemunho de cristão e as nossas obras
sociais.
Como se Proteger dos Maus Espíritos
Para o homem é difícil imaginar os quão ferozes e astuciosos são os
espíritos caídos, como são persistentes e ardilosos em sua arte da sedução dos
humanos e na propagação de toda a espécie de mal. Porém, com tudo isto, eles
não se atrevem a causar mal a alguém deliberadamente, enquanto este se acha sob
a proteção do Altíssimo. Somente quando o homem em consequência de sua vida
afasta-se de Deus e afunda na escuridão da descrença e das paixões, sujeita-se
à influência dos espíritos caídos, que o escravizam. Os incrédulos e os
pecadores representam aquele material, aquele exército do qual o diabo se
aproveita para a propagação das tentações, do próprio mal na sociedade humana e
para a implantação do seu reino de trevas. Este reino, a exemplo do mar
furioso, nos cerca de todos os lados e ameaça a nossa salvação.
Como antítese o Senhor Jesus Cristo criou na terra o Seu Reino da Luz,
– a Igreja, na qual o fiel tem a sua ilha de serenidade, um refúgio confiável e
a proteção contra os maus espíritos. Realmente, já o próprio ingresso na Igreja
é acompanhado por preces especiais de exorcismo que o sacerdote reza pelo
catecúmeno (pessoa que se prepara para o batismo):
“Ó Eterno Deus e Todo-Poderoso, meu amor e Senhor! Aceita este Teu
servo no Teu Reino Celeste, livrando-o da escravidão ao inimigo. Liga a sua
vida ao Anjo luzente que o livrará de todas as artimanhas do inimigo, do
encontro com o malvado, do demônio do meio dia, assim como dos devaneios.
Expulsa dele todo espírito malvado e imundo que se esconde e abriga no seu
coração – o espírito da ilusão, da malvadeza, da idolatria, de toda paixão, do
espírito da mentira e de qualquer impureza – que age por influência do diabo.
Torna Teu servo uma ovelha do Teu santo rebanho, um membro virtuoso da Tua
Igreja, um receptáculo consagrado, um filho da Luz e herdeiro do Teu Reino…”.
Fé e Vida Virtuosa
Mas o diabo após ter perdido o acesso a um novo membro da Igreja,
começa a procurar novos meios para influenciá-lo. Naturalmente, o cristão
recebe de Deus todos os meios necessários para repelir as tentações, mas se ele
amolecer e começar a levar uma vida com tendência para o lado carnal e pecar, o
diabo chega novamente a ele, e trata de escravizá-lo ainda com uma crueldade
maior. Sobre isto, o Senhor Jesus Cristo disse: “Quando o espírito imundo sai
de um homem, anda por lugares desertos, buscando repouso, e não o encontra diz:
Voltarei para minha casa, donde sai. E, quando vem, a encontra desocupada,
varrida e adornada. Então vai, toma consigo outros sete espíritos piores do que
ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior
que o primeiro” (Mt 12, 43-45). Avisando sobre este perigo, a Sagrada Escritura
exorta-nos a sermos vigilantes: “Aquele, pois, que crê estar de pé, veja não
caia” (1 Cor 10, 12). O Apóstolo São Paulo ensina que o cristão deve
considerar-se um guerreiro de Cristo encontrando-se no centro do campo de
batalha. “De resto, irmãos, fortalecei-vos no, Senhor e no poder de sua
virtude. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas
do demônio, porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim
contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo
tenebroso, contra os espíritos malignos espalhados pelos ares. Portanto, tomai
a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e ficar de pé depois
de ter vencido tudo” (Ef 6, 10-13).
O Senhor Jesus Cristo nos armou com muitos meios que atraem a nós a
graça de Deus e rebatem os maus espíritos. Em primeiro lugar temos a prece e a
invocação do poder do nome de Cristo. Nós fomos ensinados a pedir
diariamente ao Pai Celeste: “Não nos deixe cair em tentação, mas livrai-nos do
malvado” (diabo). Muitas preces, como as da manhã, e as da noite, incluem
pedidos de proteção contra as artimanhas do diabo. Do poder de seu nome o
Senhor disse: “Expulsarão os demônios em Meu nome” (Mc 16, 17). A Sagrada
Escritura e as histórias da vida dos santos trazem inúmeros exemplos da
eficácia do nome de Cristo no afastamento dos demônios.
A experiência de muitos séculos da Igreja confirma que os demônios não
podem resistir à imagem da Santa Cruz e ao sinal da Cruz, – para eles é o mesmo
que o fogo para os insetos. O beato Nikíta Skifát falou sobre isto: “Os
demônios frequentemente perturbam o sossego da alma e afastam o sono, mas, a
alma corajosa somente com um vivificante sinal da Cruz e com a invocação do
nome de Jesus Cristo pela ajuda de Deus destrói seus fantasmas e os põe em
fuga” (“Filocalia,” v. 2, p. 118). São João Crisóstomo explica de modo semelhante:
“Não se deve persignar-se só com os dedos, mas com toda a disposição do coração
e a plena fé. Se desenhares a Cruz na sua face assim, – nenhum espírito imundo
se atreverá a aproximar-se de ti, pois encarará aquele gladio que o feriu e
infligiu o ferimento mortal. Se nós estremecemos ao olhar o local da execução
dos criminosos, imagine como ficam apavorados os demônios, vendo a arma com que
Cristo destruiu toda sua força e decapitou a serpente. Quando a Cruz está
conosco, os demônios já não são nem assustadores, nem perigosos” (“Palestras
sobre o Evangelho,” parte 2; 5, pp. 432-433). Tornou-se praxe desde os tempos
antigos os cristãos levarem uma cruz no peito. Cruz no peito, Cristo no
coração, o amor de Deus na mente e o nosso corpo templo do Divino Espirito
Santo.
É importante benzer a sua moradia. Pode ser que a casa em que viemos
morar tornou-se impura pela vida dos antigos inquilinos, se ela foi marcada por
pecados, palavrões, músicas loucas, filmes ruins, ou ainda, se as pessoas eram
dadas ao ocultismo. Frequentemente, os maus espíritos se alojam nas habitações
onde ocorreram assassinatos ou suicídios. Para purificar a moradia deve-se
aspergi-la com água benta, ou – ainda melhor, – convidar um sacerdote para
benzê-la. Consagrar o lar como nossa morada, da Sagrada Família, morada dos
anjos e da Santíssima Trindade. Tudo para glória Deus.
De resto, é preciso ter em mente, que o pecado serve de atração para os
demônios. Se, depois de pecar, não nos arrependemos de todo coração, deixamos
um caminho de acesso a eles. O estado pecaminoso assemelha-se a um túnel
através do qual eles penetram em nosso subconsciente e nos influenciam. Para
livrar-se da sua influência é preciso purificar-se pela penitência sincera e
confissão dos pecados, e depois, com toda a veneração comungar os Santos
Mistérios de Cristo (Eucaristia). Com isto, o Senhor, entrando em nós, como o
fogo que consome tudo, exterminará toda e qualquer impureza e cortará o caminho
de acesso a nós para os espíritos das trevas. Seria bom acostumar-se a comungar
regularmente para carregar dentro de si a chama da Graça Divina. Os cristãos
nos primeiros séculos faziam-no todo domingo.
Todos estes meios que o Senhor Jesus Cristo nos deu para a salvação e
para a atração da Sua Graça devem ser vistos não como fórmulas mágicas, e sim,
como condutores da benevolência de Deus, mostrada a nós para o fortalecimento
da fé e da vida virtuosa. O cristão deve viver cheio do poder do Espírito Santo
(Ef 5, 18).
Vitória Absoluta
A Sagrada Escritura prevê que antes do fim do mundo a atividade dos
espíritos caídos aumentará consideravelmente (cf. 1 Tm 4,1-3; 2 Tm 3, 1-9; 4,
1-5; 2 Pd 2,1-3). Nestes tempos, muitos vão perder a sua fé, dedicar-se
ao ocultismo e servir abertamente aos demônios. Com pena das pessoas que estarão
perecendo, o Senhor tentará admoestar os pecadores através de diversos
flagelos, mas a maioria irá se comportar como se fosse cega e surda, – os que
“não fizeram penitência dos seus homicídios, nem dos seus malefícios, nem da
sua fornicação, nem dos seus furtos” (Ap 9, 21).
Virá o tempo, quando satanás que até então era detido pela força do
Cristo Ressuscitado, ganhará por um curto período, uma certa liberdade para
tentar os homens que afastaram-se de Deus. O Livro da Revelação no seu vigésimo
capitulo estima todo o período a partir da Ressurreição de Cristo até a o fim
do mundo pelo número simbólico de mil anos. O Apóstolo São João viu na sua
aparição profética: “Vi descer do céu um anjo que tinha na sua mão a chave do
abismo e uma grande corrente. Prendeu o dragão, a serpente antiga, que é o
demônio e satanás, e amarrou-o por mil anos; meteu o no abismo, fechou-o e pôs
selo sobre ele, para que não seduza mais as nações até o que completarem os mil
anos. Depois disto, deve ser solto por um pouco de tempo… e sairá e seduzirá as
nações…” (Ap 20,1-8).
Segundo a opinião dos Santos Padres, a prisão refere-se ao momento da
Ressurreição de Cristo, quando satanás perdeu seu antigo poder sobre os
pecadores, resgatado pelo Sangue de Cristo e, deste modo, tornou-se limitado,
“acorrentado” na sua atividade no mundo. “Mil anos” inclui todo o período desde
a Ressurreição de Cristo até os tempos do fim do mundo, quando satanás,
aproveitando o afastamento dos homens da sua fé, ganhará novamente o poder
sobre eles. Mas, só durante um tempo curto. Nestes dias, conforme a visão do
livro da Revelação, seus espíritos, qual gafanhotos infernais vão encher a
atmosfera, a qual os homens respiram – o que quer dizer – eles se infiltrarão
em todas as esferas da vida da sociedade humana. “Subiu uma fumaça do poço,
como fumaça de uma grande fornalha, e escureceu-se o sol e o ar com a fumaça do
poço. Da fumaça do poço saíram gafanhotos para a terra, e foi lhes dado poder,
como o poder que têm os escorpiões da terra… tinham sobre si como rei o anjo do
abismo, chamado em hebraico Abadon e em grego Apollion (Exterminador)… Ai da
terra e do mar, porque o demônio desceu a vós com grande ira, sabendo que lhe
resta pouco tempo” (Ap 9, 2-11, 12, 12).
Na pressa de levar à perdição o maior número possível de seres humanos,
o diabo delegará todo seu poder ao Anticristo (regente do mundo e inimigo do
cristianismo). “A vinda dele é por obra de satanás, com todo o poder, com
sinais e prodígios mentirosos” (2 Ts 2, 9). O seu principal ajudante, o falso
profeta, por meio de vários milagres falsos vai encantar os homens “e operar
grandes prodígios, de sorte que até fez fogo do céu sobre a terra à vista dos
homens.” (Ap 13, 13). Evidentemente que não serão milagres verdadeiros, mas
diversos truques aperfeiçoados, executados com ajuda de espíritos imundos (Ap
16, 14).
Estes tempos serão marcados pelas perseguições excepcionalmente ferozes
aos fiéis. Devido à falta de fé e à depravação da humanidade, ao Anticristo
será facilitado “fazer guerra aos santos e vencê-los” (Ap 13, 7). Porém, este
sucesso será apenas superficial e aparente. A própria Igreja permanecerá
inabalável segundo a promessa do Senhor: “edificarei a minha Igreja e as portas
do inferno não prevalecerão sobre ela” (Mt 16, 18).
Mas o próprio sucesso do diabo nestes tempos será o prenúncio do seu
fim. Enfim, as antigas profecias serão cumpridas: “Naquele dia o Senhor armado
com a sua espada dura, grande e forte, visitará leviatã, essa serpente robusta,
leviatã, essa serpente tortuosa, e matará a baleia, que está no mar” (Is 27,
1). Conhecedor dos mistérios, o apóstolo São João, o Teólogo, viu numa aparição
profética como a “besta foi presa e com ela o falso profeta, que fez prodígios
na sua presença,… foram ambos lançados vivos no tanque de fogo a arder com
enxofre… depois disso… o demônio que os seduzira, será posto no tanque de fogo
e de enxofre onde também a besta e o falso profeta serão atormentados de dia e
de noite pelos séculos dos séculos” (Ap 19, 21; 20,10).
Assim, será a destruição do soberbo Lúcifer, que porá fim aos espíritos
renegados junto com ele e de todo a seu reino sombrio! Com o lançamento deles à
Geena terminarão todas as tentações, a violência, as mentiras e toda a espécie
de mal no mundo, advindo à felicidade eterna dos salvos. Este tempo de júbilo
está se aproximando, porém nós precisamos ser especialmente vigilantes para
guardar nossa devoção a Cristo e manter fervorosa a nossa fé afim de não sermos
arrastados pela correnteza das tentações que satanás dirigirá contra a
humanidade às vésperas de sua derrota definitiva. “Aquele que vencer, eu o
farei sentar comigo no Meu trono, assim que Eu também venci e me sentei com Meu
Pai no Seu trono” (Ap 3, 21).
Conclusão
Em nossa era o perigo do ocultismo e toda rede do sobrenatural enganoso
aumentou porque ele é oferecido como prática da espiritualidade religiosa e até
mesmo cristã. A cilada se encontra numa eclesiologia, aparentemente cristã com
as ditas práticas renovadas com as misturas de paganismos, cristianismo e a
pseudociência. O engano fatal é a boçalidade entre a sadia espiritualidade
cristã com o espiritualismo eclético. Dentro desse contexto estão o
pentecostalismo, o neopentecostalismo e o comércio do movimento gospel.
O que leva então ao endemoninhamento e quem dá o direito ao mau
espírito de apossar-se do ser humano e torturá-lo? Segundo a opinião do
professor Dr. Kurt Koch, pesquisador alemão, pastor, que dedicou mais de
quarenta anos a este assunto e é autor de uma série de destacados trabalhos
neste gênero de pesquisa, – na totalidade dos casos que chegaram ao seu
conhecimento, a causa do endemoninhamento residiu no interesse pelo ocultismo:
ou a pessoa numa certa época de sua vida praticou-o, ou ela recorreu aos
serviços de ocultistas, ou ainda alguém da sua família dedicou-se a esta
prática. Sob o ocultismo entendemos a invocação de espíritos, o espiritismo
como tal, a cartomancia e a procura de serviços de cartomantes, a yoga,
terapias alternativas por “extrassensos,” magia “branca” e “negra”; de um modo
geral qualquer atividade que tem por fim a obtenção de préstimos dos espíritos
degradados. (mesmo sem dar-se conta disto). Deste modo, os que se dedicam a
práticas de ocultismo expõem ao perigo não somente a si mesmos, como também os
seus filhos e netos.
No nosso tempo, marcado pelo afastamento do cristianismo e do
crescimento acentuado do interesse pelo ocultismo, cada vez mais aumenta o
número dos que se sujeitam à dominação violenta pelos maus espíritos. Os
psiquiatras sentem-se constrangidos em reconhecer a existência dos demônios e
como regra, incluem as manifestações do endemoninhamento no rol das doenças de
natureza psíquica. O homem que possui fé deve, porém, compreender que nem os
remédios, nem os recursos psicoterapêuticos podem afastar os maus espíritos.
Aqui se faz necessária a força Divina. (Kurt E. Koch, – “Demonology Past and
Present,” Kregel Publ. Grand Rapids, Michigan, 1973, pp. 31-52).
Em resumo, – o diabo e os demônios são reais e não seres imaginários,
que representam para nós grandes e constante perigo. Apesar de não dispor de
poder sobre os que creem em Cristo, eles se aproveitam da vulnerabilidade do
homem aos pecados para escravizá-los e empurrar a vários crimes. É preciso
lembrar-se sempre de que os espíritos caídos são muito ardilosos na arte da
tentação dos seres humanos e possuem experiência enorme. Eles dedicam todo o
seu tempo e esforços para nos separar do senhor e nos arruinar. O Senhor Jesus
limita as suas atividades e protege-nos das suas artimanhas. Porém, Ele deixa
sermos tentados para o nosso próprio bem, – para que não nos tornemos
preguiçosos, mas vivamos vigilantes e num crescimento espiritual constate.
O Senhor Jesus Cristo nos deu meios potentes para podermos rechaçar os
maus espíritos: Seu Santo Nome, as preces, a Cruz, a água benta e, – sobretudo
a Santíssima Eucaristia. Usemos estes meios e vivamos para o bem, até que
alcancemos o sereno ancoradouro do Reino Celeste. O verdadeiro cristão está
livre do reino das trevas, porque a sua defesa, segurança e conhecimento se
encontra na Sagrada Escritura, no Catecismo Católico, nos Padres da Igreja
(Patrologia e Patrística), nos Santos, nos Doutores da Igreja, na oração e no
serviço da nossa comunidade. A marca do cristão vitorioso: amor, comunhão e
santificação (Hb 12, 14).
Seguem Algumas Orações Contra os Maus Espíritos:
Prece para a santa Cruz
Que o Senhor Deus dispersem os Seus inimigos e que fujam da Sua
face os que o odeiam. Que desvaneçam como desvanece a fumaça e como se derrete
a cera, assim pereçam os demônios perante a face dos que amam a Deus e
benzendo-se com o sinal da Cruz dizem alegremente: jubila-te veneradíssima e
vivificante Cruz do Senhor, que enxotas os demônios pela força de Cristo, sobre
Ti crucificado, Que desceu ao inferno e calcou a força diabólica e deu-nos a
Sua honradíssima Cruz para afugentar todo inimigo. Ó gloriosa e vivificante
Cruz do Senhor, – junto com a Santa Senhora Mãe de Deus e com todos os Santos
ajuda-me em todos os tempos. Amém.
Oração de São Basílio Magno
(Que o sacerdote profere sobre alguém que padece por causa dos
demônios)
Deus dos deuses e Senhor dos senhores! Criador das hostes ígneas das
forças imateriais! Que fizeste tudo o que está no Céu e abaixo dele. A Quem
nenhum homem pôde ver e nem pode. Aquele, perante a Quem treme toda a criação.
O arcanjo que se tornou orgulhoso Tu precipitaste à terra junto com os anjos
que Te renegaram, e assim por sua malvadeza tornaram-se demônios, –
prendeste-os nas profundezas do inferno. Fazei esta conjuração em Teu temível
Nome ser terrificante para o dono do mal e os espíritos que junto com ele foram
banidos da claridade celeste. Coloca-o em fuga, ordena afastar-se daqui sem
causar dano algum aos que agora estão assinalados pela Santa Cruz. Que segundo
Teu mando estes servos Teus recebam o signo do poder de pisar sobre as
serpentes e escorpiões e toda a força inimiga. Pois toda criatura viva
magnifica e com temor canta e glorifica Teu Nome; do Pai, do Filho e do
Espírito Santo, agora e sempre e em séculos dos séculos. Amém.
Recitar o Salmo 90, Oração do Anjo da Guarda e a
Oração do Pai-Nosso.
Pe. Inácio José do Vale, pesquisador de Seitas, professor de História
da Igreja Instituto de Teologia Bento XVI, sociólogo em Ciência da Religião E-mail:
pe.inacio.jose@hotmail.com
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