Um vídeo apenas para ilustrar, com o genial Charlie Chaplin
O vidraceiro Charlie Chaplin
A falácia da janela quebrada
Por Robert P.
Murphy
Economistas pró
livre mercado tem triunfalmente citado a falácia da janela quebrada sempre que
alguém opina que um ato destrutivo, seja ele um desastre natural ou uma
catástrofe provocada pelo homem seria, paradoxalmente, "bom para a
economia." A referência feita é a uma lição clássica dada pelo economista
Frédéric Bastiat, em 1850.
Especialmente
depois que Paul Krugman foi à CNN e discutiu as virtudes de fingir uma
invasão alienígena, os libertários estavam tendo um dia ativo com a acusação de
"janela quebrada". A assim chamada esquerda progressista
tem contra-argumentado, alegando que os críticos de Krugman não
compreendem realmente o que Bastiat estava dizendo.
No presente
artigo, iremos rever a lição original de Bastiat e aplicá-la aos debates
modernos sobre os possíveis benefícios de eventos destrutivos.
A Fábula de Bastiat
Vamos citar
extensivamente do exemplo de abertura de Bastiat, em sua obra clássica, O
que se vê e o que não se vê:
“Será que alguém
presenciou o ataque de raiva que acometeu o bom burguês Jacques Bonhomme[1],
quando seu terrível filho quebrou uma vidraça? Quem assistiu a esse
espetáculo seguramente constatou que todos os presentes, e eram para mais de
trinta, foram unânimes em hipotecar solidariedade ao infeliz proprietário da
vidraça quebrada: "Há males que vêm para o bem. São acidentes desse
tipo que ajudam a indústria a progredir. É preciso que todos possam
ganhar a vida. O que seria dos vidraceiros, se os vidros nunca se quebrassem?"
Ora, há nessas
fórmulas de condolência toda uma teoria que é importante
captar-se flagrante delito, pois é exatamente igual àquela teoria
que, infelizmente, rege a maior parte de nossas instituições econômicas.
Supondo-se que
seja necessário gastar seis francos para reparar os danos feitos, pode-se
dizer, com toda justeza, e estou de acordo com isso, que o incidente faz chegar
seis francos à indústria de vidros, ocasionando o seu desenvolvimento na
proporção de seis francos. O vidraceiro virá, fará o seu serviço, ganhará
seis francos, esfregará as mãos de contente e abençoará no fundo de seu coração
o garotão levado que quebrou a vidraça. É o que se vê.
Mas se, por
dedução, chegamos à conclusão, como pode acontecer, de que é bom que se quebrem
vidraças, de que isto faz o dinheiro circular, de que daí resulta um efeito
propulsor do desenvolvimento da indústria em geral, então eu serei obrigado a
exclamar: Alto lá! Essa teoria para naquilo que se vê, mas não
leva em consideração aquilo que não se vê.
Não se
vê que, se o nosso burguês gastou seis francos numa determinada coisa, não
vai poder gastá-los noutra! Não se vê que, se ele não tivesse
nenhuma vidraça para substituir, ele teria trocado, por exemplo, seus sapatos
velhos ou posto um livro a mais em sua biblioteca. Enfim, ele teria
aplicado seus seis francos em alguma outra coisa que, agora, não poderá mais
comprar.
Façamos, pois, as
contas da indústria em geral.
Tendo sido
quebrada a vidraça, a fabricação de vidros foi estimulada em seis francos;
é o que se vê.
Se a vidraça não
tivesse sido quebrada, a fabricação de sapatos (ou de qualquer outra coisa)
teria sido estimulada na proporção de seis francos; é o que não se vê.
E se levássemos em
consideração o que não se vê por ser um fato negativo, como
também o que se vê, por ser um fato positivo, compreenderíamos que
não há nenhum interesse para a indústria em geral, ou para o conjunto
do trabalho nacional, o fato de vidraças serem quebradas ou não.”
Há dois elementos
importantes na análise de Bastiat:
1 - uma suposição
sobre o que hoje chamamos de "crowding out", ou, o que é a mesma
coisa, a negação de que há "recursos ociosos",
2 - e a
distinção entre riqueza e emprego.
Abaixo vamos lidar
com cada um deles, um de cada vez.
Bastiat Assume "Pleno
Emprego", i.e., Inexistência de "Recursos Ociosos"
Para chegar a sua
conclusão de que o menino vândalo não conferiu nenhum benefício
econômico para a comunidade, Bastiat primeiro estabelece que não há nenhum
estímulo líquido ao emprego ou à renda. É verdade, a renda
do vidraceiro é maior do que teria sido. Isto é o que é o que se vê.
No entanto, Bastiat argumenta que este benefício inegável para o vidraceiro é
perfeitamente compensado por uma redução na renda de outra pessoa na comunidade,
que agora está ganhando menos por causa do vândalo.
Especificamente,
Bastiat assume que o lojista teria gasto seus seis francos de alguma
forma, e que o menino apenas o forçou a gastar o dinheiro na reparação da
janela quebrada. É errado ver o emprego do vidraceiro como um ganho líquido
para a economia, porque o lojista (na ausência da janela quebrada) poderia ter
gasto esses seis francos reparando seus sapatos, por exemplo. Nesse caso, o
ganho do vidraceiro é exatamente compensado pela perda do sapateiro.
Assim, se
assumirmos que os trabalhadores na comunidade estariam em "plenamente
empregados" tendo o menino quebrado ou não a janela, então é
claro que o menino não está "criando empregos" nem "aumentando a
renda total". Tudo que ele fez foi dar mais trabalho/renda ao vidraceiro,
às custas de trabalho/renda de algumas outras pessoas na comunidade.
Riqueza versus Renda/Emprego
Nesse ponto,
pode-se pensar que todo o episódio é uma bobagem. Claro, o vandalismo do menino
não ajuda, mas como ele prejudica? Bastiat está implicitamente
argumentando que é melhor incentivar os negócios do sapateiro, ao invés do
vidraceiro? Como ele consegue escapar ileso fazendo esse juízo de
valor?
A resposta envolve
a distinção entre riqueza versus o rendimento ou emprego. Só porque a
"renda total", ou "emprego total", ou o "PIB
total" não foi alterado pela ação do menino - ocorreu apenas que a
composição foi rearranjada - não obstante o rapaz vândalo objetivamente tornou
a comunidade mais pobre.
Especificamente,
ao destruir a janela, o menino obrigou as pessoas na comunidade a dedicarem o
seu escasso tempo de trabalho (e outros materiais), ao fim de meramente
restaurar a quantidade de riqueza tangível de volta ao seu estado original. No
entanto, se o menino não tivesse quebrado a janela, então o trabalho
e outros materiais teriam sido usados (novamente, assumindo o pleno emprego
em ambos os cenários), com o fim de fazer riqueza tangível da
comunidade crescer.
Em resumo, Bastiat
está argumentando que o menino não estimulou o emprego total ou renda, ele
apenas os deslocou de um setor para outro. Mas, no desenrolar dos fatos, a
comunidade terá menos riqueza após o vandalismo do menino do que teria na outra
situação. Especificamente, os ganhos e perdas no resto da comunidade se
distribuirão - o vidraceiros terão mais riqueza, enquanto o sapateiro tem menos
- mas o lojista estará definitivamente mais pobre. Ao invés de ter uma janela e
um novo par de sapatos, agora ele terá apenas uma janela.
Ironicamente,
levou-se vários parágrafos de análise econômica para retornar ao que o senso
comum nos disse o tempo todo: Quando um menino vândalo quebra a janela do
lojista (e o lojista é quem tem de pagar para substituí-la), o lojista estará
mais pobre na exata quantia necessária para cobrir os custos da substituição
dela. Ação do menino é destrutiva; ela tornou a comunidade mais pobre; ele não
deveria ser parabenizado, de nenhuma forma. Dãã!
Os Keynesianos Flertam
com a Exaltação de Desastres
Especialmente à
luz da recente fraude conduzida às custas de Paul Krugman, devemos agir
com cuidado aqui. Para ser justo, deixe-me ser claro: Paul Krugman nunca
realmente pediu por uma invasão alienígena, nem disse que queria uma nova
guerra mundial. No entanto, ele tem de fato escrito coisas que,
compreensivelmente, deram essa impressão a seus críticos. É por isso que tantos
libertários estavam fazendo referências à falácia da janela quebrada como
doidos. Aqui estão as duas frases mais contundentes de Krugman (além
da análise da invasão alienígena discutida anteriormente):
“A vida e os
negócios continuam; portanto, acho que temos que falar sobre os impactos
econômicos do pesadelo de Fukushima.
Alguns desses
impactos envolvem uma paralisação das cadeias de abastecimento [...]
Mas o que estou
observando muito são preocupações sobre os impactos financeiros. Com certeza, o
Japão terá de despender centenas de bilhões (de dólares, não ienes) para
limitar os danos e recuperar o país, mesmo com a queda de receita graças ao
impacto econômico direto. Assim, ele se tornará menos um país exportador de
capital, talvez um importador de capital, durante um determinado período.
E isso, é a continuação da história, levará a uma alta nas taxas de
juro.
E o que ocorre? Em
tempos normais, aumentos nas taxas de juro seriam corretos. Mas não
estamos em tempos normais. Continuamos numa armadilha de liquidez, com juros de
curto prazo subindo acima de zero [...]
Portanto os
empréstimos tomados pelo governo não precisam ser às custas do investimento
privado, levando a uma alta nas taxas de juro; em vez disso, eles apenas
mobilizam parte daquela poupança desejada, mas não realizada.
E sim, isso
significa que a catástrofe nuclear pode acabar se tornando expansionista, se
não para o Japão, mas pelo menos para o mundo como um todo. Se isso parece
loucura, bem, economia numa armadilha de liquidez é isso – lembre-se, a
2a. Guerra Mundial pôs fim à Grande Depressão.” (Paul Krugman, 15
março de 2011, grifo do autor)
E esta:
Parece quase de
mau gosto falar sobre dólares e centavos, após um ato de assassinato em massa.
No entanto, devemos perguntar sobre os abalos econômicos de horror terça-feira.
Estes abalos não
precisam ser grandes. Por mais medonho que dizer isto possa parecer, o
ataque terrorista - como o dia original da infâmia, que pôs fim à Grande
Depressão - poderia até trazer algum benefício econômico ....
Sobre o impacto
econômico direto: a base produtiva do país não foi seriamente danificada. Nossa
economia é tão grande que as cenas de destruição, por mais impressionantes que
sejam, são apenas uma picada de agulha .... Ninguém tem estimativa do dano em
dólares, mas eu ficaria surpreso se a perda for mais do que 0,1 porcento da
riqueza dos EUA - comparável aos efeitos materiais de um grande terremoto ou
furacão.
O coringa aqui é a
confiança .... Durante algumas semanas, americanos horrorizados podem estar sem
humor para comprar nada mais do que bens necessários. Mas, passado o choque, é
difícil acreditar que os gastos dos consumidores serão muito afetados.
Irão os investidores
fugir de ações e títulos corporativos para ativos mais seguros? Tal reação não
faria muito sentido - afinal, os terroristas não vão explodir a S.&P. 500
... No momento em que os mercados se reabrirem, o pior pânico provavelmente já
terá passado.
Assim,
o impacto econômico direto dos ataques provavelmente não será assim tão
ruim. E haverá, potencialmente, dois efeitos favoráveis.
Primeiro, a força
motriz por trás do arrefecimento econômico tem sido uma queda do investimento
empresarial. Agora, de repente, precisamos de alguns novos edifícios de
escritórios. Como eu já indiquei, a destruição não é grande em comparação
com a economia, mas a reconstrução vai gerar ao menos algum aumento nos gastos
empresariais.
Em segundo lugar,
o ataque abre a porta a algumas medidas sensatas de combate à
recessão. Para as últimas semanas tem havido um intenso debate entre os
liberais sobre se eles devem defender a resposta keynesiana clássica ao
arrefecimento econômico, uma explosão temporária de gastos públicos. ...
Agora parece que vamos realmente ter uma rápida explosão de gastos públicos,
por mais trágicas que sejam as razões." (Paul Krugman, 14 de
setembro de 2001, grifos do autor)
A relevância da
fábula de Bastiat para análise de Krugman (típico keynesiano) deveria ser
evidente. Existe apenas uma última lacuna para preencher no caso contra a
"embalagem de prata" de janelas quebradas, tsunamis e atentados
terroristas.
Qual é o Objetivo do
Emprego?
Como eu disse
anteriormente, os keynesianos tem recentemente lançado contra-ataques à
acusação de que eles estão cometendo a falácia da janela quebrada. Uma
das suas respostas é afirmar que os críticos conservadores/libertários
estão ignorando a distinção entre riqueza e emprego, e que eles são
inconscientemente assumindo que há pleno emprego (ou seja, que não há
"recursos ociosos").
Espectadores
simpáticos tem entrado no debate, alegando que Bastiat poderia estar
errado. Afinal, suponha que um furacão veio e atingiu uma comunidade que
inicialmente tinham um grande número de trabalhadores da construção civil
desempregados. Quem poderia negar que o furacão pode (sob as
circunstâncias corretas) realmente levar a mais emprego e a um maior
"produto interno bruto", da forma como ele é atualmente medido?
Nesta fase do
debate, acho que há duas respostas principais. Em primeiro lugar, temos que
perguntar por que existem tantos "recursos ociosos" por aí? Se
for o caso de o governo e políticas destrutivas do banco central são os
culpados - e não uma indisposição súbita de as pessoas "gastarem
o suficiente" - então os gastos forçados (devido a um desastre natural ou
a um ataque terrorista) não vão realmente consertar o mercado de trabalho .
Misteriosamente, a economia vai de repente se tornar "pior do que
imaginávamos", de modo que mesmo à luz dos novos gastos, o desemprego
ainda estará muito alto. (Isto é o que aconteceu com o pacote de estímulo
de Obama.)
Em segundo lugar,
podemos encarar a crítica frontalmente. Suponha que é realmente o caso de que,
na ausência de um furacão (ataque terrorista, tsunami, invasão alienígena,
etc), as pessoas em uma comunidade iriam trabalhar menos horas, e que o PIB
mensurado seria menor. Isso significa que existe alguma "embalagem de
prata" no desastre que poderia, pelo menos parcialmente, compensar a
inegável perda de riqueza?
Por exemplo, faria
sentido dizer: "Claro, os alienígenas vieram e explodiram alguns
edifícios, e nos obrigaram a usar alguns dos nossos mísseis e muito combustível
para jatos para os repelir, mas pelo menos eles estimularam nossa economia
deprimida; por isso temos que por na balança a perda de riqueza por um lado, e
o ganho da atividade econômica, pelo outro lado, para ver se, de forma geral,
os aliens foram um benefício líquido"?
A posição padrão
pró livre mercado nessa questão é não, não faz sentido falar assim. O objetivo
da atividade econômica é a produção de bens de consumo e
serviços. O trabalho é um mal necessário e não um fim em si mesmo.
Como disse Henry Hazlittnum contexto semelhante,
“Não é fácil
empregar todo mundo, mesmo (ou especialmente) na mais primitiva economia. Pleno
emprego - emprego integral, demorado e que requer esforço - é uma
característica, precisamente, das nações industrialmente mais atrasadas.”
Adaptando outra
analogia de Hazlitt, suponha que Jim vê o seu vizinho sentado em uma
espreguiçadeira, tomando um martini num sábado à noite. Jim decide, então, por
fogo na casa do vizinho. Obviamente, o vizinho pula da cadeira, e gasta
(digamos) a próxima hora apagando o fogo e minimizando o dano o melhor que
pode. Será que alguém no seu perfeito juízo diz deste cenário: "Claro, Jim
causou alguma destruição física de riqueza, e isso é uma coisa ruim, no
entanto, não vamos perder de vista o lado positivo: o vizinho usou mais do seu
próprio trabalho do que teria usado em algum outro caso"?
O mesmo princípio
opera no nível social, quando se trata de furacões, ataques terroristas e
invasões alienígenas. A única diferença é que indivíduos específicos podem
realmente se beneficiar, mas a comunidade como um todo estará mais pobre. Por
exemplo, se uma nave alienígena explode uma fábrica (deserta) e depois sai, é
possível que certas pessoas (como trabalhadores da construção civil e seus
fornecedores) vão, liquidamente, se beneficiar. Eles irão com prazer abandonar
o seu tempo de lazer em troca do salário que receberão para reconstruir a
fábrica.
No entanto,
existem outras pessoas na comunidade que são claramente as perdedoras. Não só
eles perderam a riqueza da fábrica, mas eles também devem pagar o suficiente de
seus bens remanescentes para induzir os trabalhadores da construção civil e
outras pessoas a reconstruí-la.
Ao contabilizar os
custos e benefícios a nível social, o fato de que centenas de trabalhadores tem
que gastar horas de seu tempo, e que os proprietários de coisas escassas como
telhas, tijolos, concreto, etc, tem que gastar algumas de suas propriedades, é
um custo do ataque alienígena. Esses não são benefícios.
É difícil enxergar
isso, porque as pessoas envolvidas vêem isso como um "aumento da
demanda" por seus serviços e produtos. Os trabalhadores da construção
estão felizes em ir ao campo todos os dias às 08:00 ao invés de dormir, porque
agora eles "tem um emprego."
No entanto, quando
pressionamos um pouco a análise e perguntamos por que é bom ter um
emprego, a resposta não é que eles querem se manter em boa forma. A resposta,
claro, é que eles ganham um salário com o qual podem comprar outros bens e
serviços.
Conclusão
Nós encerramos a
argumentação. Os keynesianos supõem que uma economia de mercado pode ficar
presa em uma "armadilha de liquidez", na qual os ganhos mutuamente
vantajosos do comércio não estão ocorrendo. O possível benefício de invasões
alienígenas e ataques terroristas, nessa visão, vem de sua capacidade de alavancar
o setor privado para fora desse estado.
No entanto, para
aqueles economistas que rejeitam essa noção e, ao invés disso acham que os
mercados podem utilizar os recursos eficientemente quando são deixados
sozinhos, não há nada de positivo em eventos destrutivos. Embora possamos
imaginar situações em que esses eventos conferem benefícios a determinados
grupos, liquidamente, a sociedade sempre torna-se mais pobre, porque a
necessidade de aplicar mais força de trabalho - apenas para restaurar o status
quo em termos de riqueza tangível - é um custo do episódio, e não um
benefício. Tudo mais igual, estamos em melhor situação quando as pessoas têm de
trabalhar menos para conseguir um determinado nível de riqueza ou
fluxo de consumo.
Tradução de
Gabriel Oliva.
A falácia da janela quebrada: Extraído aqui.
A Falácia da Janela Quebrada (vídeo)
A Falácia da janela quebrada com John Stossel (legendado em português)
Frederic Bastiat (1801- 1850) Jornalista e economista francês defendeu a economia do
livre mercado e foi um grande opositor do socialismo que assolava a França
mesmo naquela época.
Em sua obra mais famosa “A LEI" (1848),
ele defende a liberdade do indivíduo contra o abuso da autoridade,
principalmente, contra o autoritarismo estatal. Abaixo um trecho dessa obra:
"Isto
deve ser dito: há no mundo excesso de grandes homens. Há legisladores demais, organizadores,
fundadores de sociedades, condutores de povos, pais de nações, etc. Gente demais
se coloca acima da humanidade para regê-la, gente demais para se ocupar
dela."
"Parece-me
que tenho a meu favor a teoria, pois qualquer que seja o assunto em discussão, quer
religioso, filosófico, político, econômico, quer se trate de prosperidade,
moralidade, igualdade, direito, justiça, progresso, trabalho, cooperação,
propriedade, comércio, capital, salários, impostos, população, finanças ou
governo, em qualquer parte do horizonte científico em que eu coloque o ponto de
partida de minhas investigações, invariavelmente chego ao seguinte: a solução
para problemas sociais humanos está na liberdade." Frédéric
Bastiat
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