Após 13 anos de total inércia do
poder judiciário, a historia de Paulinho foi escrita em 422 paginas em um livro
que promete revelar o núcleo de uma verdadeira máfia e todos os seus tentáculos.
Um livro sem final feliz.
O livro pretende quebrar o silencio
imposto por uma grande organização que vem a anos protegendo estes crimes e
seus criminosos. O assassinato sistemático de pacientes em leitos de UTIs vem
acontecendo cada vez mais com frequência, com a ajuda de autoridades. Médicos
renomados e políticos.
A mafia surgiu na década de 90, após
a ressaca do caso Kalume em Taubaté, onde 4 pacientes foram assassinados para
fins de trafico de órgãos. A partir daquele caso, que levou mais de 25 anos
para ser julgado e os condenados ainda aguardam uma decisão final, um novo
grupo foi criado em Poços de Caldas com a mesma finalidade: Fornecer órgãos
para grandes centros transplantadores da região sudeste.
O caso Paulinho é o mais bem
documentado da historia dos transplantes do Brasil. Durante 13 anos, o autor do
livro - pai do garoto assassinado - armazenou cuidadosamente informações que
aos serem compiladas desvendaram um grande quebra-cabeças, com o envolvimento
de pessoas graúdas. Para que a impunidade tomasse conta do caso, a família foi
obrigada a deixar o país e se refugiar na Europa, onde recebeu o status de
asilado humanitário concedido pelo governo Italiano.
Além de enfrentar a quadrilha, o pai
teve de enfrentar também diversos processos criminais, muitos deles movidos
pelas autoridades que investigavam o caso, e que hoje são testemunhas de defesa
dos assassinos. A absolvição em todos os processos, não foi o bastante para que
o deixassem em paz. Novas ameaças chegaram, entre elas, a tentativa de submetê-lo
a um teste de sanidade mental para desqualificar suas denuncias.
Uma CPI foi realizada em 2004 no
congresso nacional em Brasília tendo como base para a sua instalação o caso
Paulinho. O relatório final que indiciava 9 médicos, foi enviado ao Procurador
Geral da Republica onde simplesmente foi arquivado sem qualquer explicação a
sociedade.
Enquanto as pressões aumentavam
contra o pai de Paulinho, a máfia executou o administrador da Santa Casa que
ameaçou denunciar todo o esquema. A quadrilha controlava a policia local e o
ministério público, o que facilitou o arquivamento do caso como sendo um suicídio.
As armas do crime, que estavam em poder do ministério público, simplesmente
desapareceram.
O esquema era tão ousado que o grupo
chegou a negociar com a policia para que não fossem realizadas necropsias em
doadores de órgãos na cidade, tudo registrado em documento, contrariando leis
federais.
Não seja a próxima vítima.
Leia o livro. PDF – Aqui
Versão Impressa – aqui
Fonte: ppavesi
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