Este é o primeiro
mapa-múndi das águas subterrâneas.[Imagem: Karyn Ho]
Mapa-múndi das águas subterrâneas
Pela primeira vez desde que um cálculo do volume
mundial das águas subterrâneas foi tentado na década de 1970, um grupo
internacional de hidrólogos produziu a primeira estimativa das reservas totais
de águas subterrâneas da Terra.
Com a crescente demanda global por água -
especialmente tendo em vista as mudanças climáticas - este estudo fornece
informações importantes para os gestores de recursos hídricos e desenvolvedores
de políticas, bem como para pesquisas de campo, na hidrologia, ciência atmosférica,
geoquímica e oceanografia.
A equipe, liderada por Tom Gleeson, da Universidade
de Vitória, no Canadá, usou vários conjuntos de dados (incluindo dados de perto
de um milhão de bacias hidrográficas) e mais de 40.000 modelos de águas
subterrâneas para compor o mapa-múndi das águas subterrâneas.
Os cálculos estimam um volume total de cerca de 23 milhões de
quilômetros cúbicos de água subterrânea - muito próximo da estimativa feita há
40 anos.
Para comparação, se fosse possível retirar essa água e depositá-la sobre
a parte seca da Terra, ela poderia produzir um dilúvio que cobriria todos os
continentes com uma profundidade de 180 metros - ou poderia elevar os níveis do
mar em 52 metros se fosse espalhada sobre o globo inteiro.
Idade das águas
Do total das águas subterrâneas da Terra, apenas cerca de 0,35 milhão de
quilômetros cúbicos é mais jovem do que 50 anos de idade.
Essa fração de "água jovem" recarrega-se através das chuvas e
dos cursos d'água em uma escala temporal de algumas décadas, representando
assim a parte potencialmente renovável das águas subterrâneas. Segundo Gleeson,
as águas mais profundas são salgadas demais, isoladas e estagnadas, e deveriam
ser vistas como recursos não-renováveis.
O volume da água subterrânea moderna supera todos os outros componentes
do ciclo hidrológico ativo e é um recurso renovável. Contudo, como está mais
perto das águas de superfície e se move mais rapidamente do que as águas
subterrâneas antigas, ela é também mais vulnerável às alterações climáticas e à
contaminação por atividades humanas.
Bibliografia:The
global volume and distribution of modern
groundwater
Tom Gleeson,
Kevin M. Befus, Scott Jasechko, Elco Luijendijk, M. Bayani Cardenas
Nature
Geoscience
Vol.:
Published online
DOI:
10.1038/ngeo2590
Fonte: Site Inovação Tecnológica
A água doce é um recurso
escasso?
Se fosse possível retirar essa água e depositá-la sobre a parte seca da
Terra, ela poderia produzir um dilúvio que cobriria todos os continentes com
uma profundidade de 180 metros.
Certa feita, visitando a catedral católica de uma cidade do oeste do
Paraná, chamou-me a atenção o esmero com o qual duas senhoras tentavam arrumar
uma montagem com papéis coloridos no fundo do templo.
Quando cheguei perto, fiquei pasmo. O tema era a Campanha da
Fraternidade falando que a água doce é um recurso cada vez mais raro, escasso e
caro.
Não preciso dizer o quanto chove no Paraná. Nem toda a água doce do rio
do mesmo nome. Nem tampouco toda a água do Iguaçu que cai na foz desse rio, tão
visitado por pessoas do mundo inteiro pela sua grandiosidade.
Leia mais aqui.
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