Texto extraído do
livro: A GRANDE DEPRESSÃO AMERICANA
Por Murray N.
Rothbard
Se o
governo deseja que uma depressão termine o quanto antes, e que a economia
retorne à prosperidade normal, o que deveria fazer? A primeira injunção, e a
mais clara é: não interferir no processo de ajuste do mercado.
Quanto
mais o governo intervém para atrasar o ajuste do mercado, mais longa e mais
dolorosa será a depressão, e mais difícil será o caminho para a recuperação
completa.
Os
entraves do governo agravam e perpetuam a depressão.
Se, na
verdade, listarmos logicamente as diversas maneiras como o governo poderia
travar o ajuste do mercado, veremos na lista exatamente o arsenal
“antidepressivo” favorito da política governamental. Assim, eis aqui as
maneiras de atrapalhar o processo de ajuste:
1 -
Impedir ou retardar a liquidação.
Emprestar
dinheiro para empresas instáveis, instar a que os bancos emprestem ainda mais
dinheiro etc.
2 -
Inflacionar ainda mais.
Mais
inflação impede a queda necessária dos preços, retardando assim o ajuste e
prologando a depressão. Uma nova expansão do crédito cria mais
mal--investimentos, os quais, por sua vez, terão de ser liquidados por alguma
depressão posterior. Uma política governamental de “dinheiro fácil” impede que
o mercado retorne às taxas de juros necessariamente mais altas.
3 - Manter
elevados os salários.
A
manutenção artificial dos salários numa
depressão garante o desemprego em massa permanente. Além disso, numa deflação,
quando os preços estão caindo, manter os mesmos salários em moeda significa que
os salários reais foram empurrados para cima. Diante da queda na demanda das
empresas, isso agrava seriamente o problema do desemprego.
4 -
Manter os preços altos.
Manter
os preços acima de seus níveis
de livre
mercado vai criar excessos invendáveis, e impedir
um
retorno à prosperidade.
5 - Estimular
o consumo e desincentivar a poupança.
Vimos
que mais poupança e menos consumo acelerariam a recuperação; mais consumo e
menos poupança agravam ainda mais a carência de capital poupado. O governo pode
incentivar o consumo com “vales-refeição” e fundos assistenciais. Pode
desincentivar a poupança e o investimento com impostos mais elevados, especialmente
para os ricos e sobre empresas e propriedades. Aliás, qualquer aumento dos
impostos e dos gastos do governo vai desincentivar a poupança e o investimento
e estimular o consumo, porque todo o gasto do governo é consumo. Alguns fundos
privados teriam sido poupados e investidos; todos os fundos do governo são
consumidos. Qualquer aumento no
tamanho
do governo em relação à economia desloca a proporção
social
entre consumo e investimento para o lado do consumo, e prolonga a depressão.
6 - Subsidiar
o desemprego.
Qualquer
subsídio ao desemprego (por meio de “seguro” desemprego, assistencialismo etc.)
prolongará indefinidamente o desemprego, e retardará o deslocamento dos
trabalhadores para as áreas em que há empregos disponíveis.
São
essas, então, as medidas que vão atrasar o processo de recuperação e agravar a
depressão. Contudo, elas são as preferências consagradas da política
governamental, e, como veremos, foram as políticas adotadas na depressão de
1929–1933 por um governo que muitos historiadores consideram ter sido
“laissez-faire”.
A GRANDE DEPRESSAO
AMERICANA (PDF, aqui)
Fonte:
Mises Brasil
É!
brasileiro! O nosso governo com seus “economistas” conseguem se superar e se
utilizam de todas as medidas insustentáveis para prejudicarem o bom funcionamento do livre
mercado. Eles contam com a ignorância geral, para que assim possam aplicar os
seus métodos infalíveis de espoliação. Anon, SSXXI
Seis
medidas estapafúrdias anti- laissez-faire que os governos geralmente usam para
prolongar ainda mais a Depressão. (Título meu)
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