Todo o governo, na sua essência, é uma
conspiração contra o homem superior; o seu objetivo permanente é
oprimi-lo e incapacitá-lo. Se for aristocrático na sua organização, então
procurará proteger o homem que é superior apenas por decreto do homem que
lhe é, de fato, superior; se é democrático, então procurará
proteger de ambos o homem que lhes é inferior em todos os sentidos.
Uma de suas principais funções é
arregimentar os homens pela força, para torná-los tão iguais e tão dependentes
uns dos outros quanto possível, e procurar e combater a originalidade entre
eles. Tudo o que vê numa idéia original é a mudança potencial e,
portanto, uma invasão das suas prerrogativas.
O homem mais perigoso, para qualquer
governo, é o homem que é capaz de pensar por si mesmo, sem ter em conta as
superstições e tabus predominantes. Inevitavelmente, chegará à conclusão
de que o governo sob o qual vive é desonesto, insano e intolerável, e
portanto, se é um romântico, tentará mudá-lo. E mesmo que não seja um
romântico, pessoalmente, poderá espalhar o descontentamento entre aqueles
que o são.
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