Se
você quiser ter uma ideia do que realmente foi o início da Primeira República (o
pau que nasceu torto), que se iniciou em 1889 com a Proclamação da República,
ou melhor, com o golpe da república sobre a saudosa Monarquia, o regime de Dom
Pedro II que era muito querido pela maior parte da população, principalmente
pelos pobres, e pelos negros que foram recém-libertados do trabalho escravo em
1888, e não tiveram nem tempo de comemorar a sua liberdade; pois o novo regime,
para manter uma suposta estabilidade política precisava calar a voz do povo e
acabou por excluir a maioria da população, formada por pobres, negros e
estrangeiros, do processo eleitoral. Para você descobrir quem são os
verdadeiros Bestializados, é de suma importância que você leia o livro Os bestializados: o Rio de Janeiro e a
república que não foi, de José Murilo de Carvalho. Anon, SSXXI
“A
queda dos valores antigos foi também acelerada no campo da moral e dos costumes”.
José Murilo de Carvalho.
“Os
altos índices de população marginal e de imigração. O desequilíbrio entre os
sexos, a baixa nupcialidade, e a taxa de nascimentos ilegítimos são testemunhos
seguros de costumes mais soltos”. José Murilo de Carvalho.
Permanece
o fato de os que republicanos não conseguiram a adesão do setor pobre da
população, sobretudo dos negros. José Murilo de Carvalho.
“A
ojeriza de Lima Barreto, o mais popular romancista do Rio de Janeiro alimentava
pela república” José Murilo de Carvalho
O
Tribofe: revista fluminense do ano de 1891. Raul Pompeia: “desaprendeu-se a
arte honesta de fazer a vida com o natural e firme concurso do tempo”.
“Das
algibeiras some-se o cobre,
como
levado por um tufão:
carne
de vaca não come o pobre,
qualquer
dia não come pão.
Fósforos,
velas, couves, quiabos,
Vinho,
aguardente, milho, feijão,
Frutas,
conservas, cenouras, nabos...
Tudo
se vende pr’um dinheirão.”
*Arthur
Azevedo in “Tribofe” – 1892
Outros
dados sobre o livro:
“O
livro Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi, de José
Murilo de Carvalho, é um clássico da historiografia brasileira no que se refere
ao estudo da prática de cidadania entre o povo brasileiro no início da
República. Utilizando-se de inúmeras fontes, que vão desde revistas e jornais
da época a documentos oficiais, desde artigos e teses a livros conceituados, o
autor constrói seu trabalho de maneira singular.” Kellen Araújo Sousa
(Compre
este livro, valorize a obra e o autor.)
Biblioteca Subversiva: Dicas de livros
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