A tabela a seguir
mostra quanto cada estado pagou de impostos federais em 2015 e quanto cada
estado recebeu do governo federal a título de transferência de recursos
(dinheiro destinado ao governo do estado e aos municípios desse estado) também
em 2015.Os impostos federais calculados são: imposto sobre exportação, imposto
sobre importação, IPI, IRPF, IRPJ, IRRF (retido na fonte), IOF, ITR, CPMF,
COFINS, PIS/PASEP, CSLL, CIDE-combustíveis, contribuições para o FUNDAF e
outras receitas administradas.
O resultado final para
cada estado aparece na coluna da direita. Os resultados em azul indicam
que o estado é recebedor líquido de impostos federais. Os resultados em
vermelhos indicam que o estado é um pagador de líquido de impostos federais.
Cada um tire suas próprias
conclusões.
(Os estados foram
elencados por região. Começa com a região Norte, depois Nordeste, Centro-Oeste,
Sudeste e, finalmente, Sul).
Quanto paga ao
governo federal
|
Quanto recebe do
governo federal
|
Resultado final
|
|
Acre
|
1.139.596.984,57
|
3.862.072.833,56
|
2.722.475.848,99
|
Amazonas
|
13.007.759.400,87
|
6.979.811.012,28
|
– 6.027.948.388,59
|
Amapá
|
893.046.996,43
|
3.463.993.114,77
|
2.570.946.118,34
|
Pará
|
9.704.359.176,59
|
16.595.437.090,73
|
6.891.077.914,14
|
Rondônia
|
2.760.427.987,19
|
3.959.413.110,32
|
1.198.985.123,13
|
Roraima
|
911.242.378,50
|
2.894.796.662,14
|
1.983.554.283,64
|
Tocantins
|
1.771.455.627,40
|
5.779.330.251,53
|
4.007.874.624,13
|
Alagoas
|
3.631.550.736,34
|
8.871.971.656,02
|
5.240.420.919,68
|
Bahia
|
24.158.879.657,96
|
29.168.441.974,40
|
5.009.562.316,44
|
Ceará
|
17.488.544.992,86
|
18.461.991.985,38
|
973.446.992,52
|
Maranhão
|
6.930.917.913,66
|
17.468.654.211,92
|
10.537.736.298,26
|
Paraíba
|
5.706.399.101,00
|
10.005.009.003,21
|
4.298.609.902,21
|
Pernambuco
|
22.221.644.176,85
|
17.657.709.625,46
|
– 4.563.934.551,39
|
Piauí
|
3.360.225.056,15
|
9.044.652.795,17
|
5.684.427.739,02
|
Rio Grande do
Norte
|
5.179.540.428,14
|
8.413.401.904,95
|
3.233.861.476,81
|
Sergipe
|
3.826.602.539,86
|
6.341.142.304,04
|
2.514.539.764,18
|
Goiás
|
14.484.043.640,55
|
9.394.724.025,65
|
– 5.089.319.614,90
|
Mato Grosso
|
8.340.858.436,80
|
5.930.960.600,57
|
– 2.409.897.836,23
|
Mato Grosso do
Sul
|
6.754.384.183,00
|
4.818.245.068,89
|
– 1.936.139.114,11
|
Espírito Santo
|
19.231.943.009,57
|
7.266.976.482,53
|
– 11.964.966.527,04
|
Minas Gerais
|
69.640.164.949,31
|
28.529.131.953,50
|
– 41.111.032.995,81
|
Rio de Janeiro
|
209.365.855.865,92
|
24.032.143.817,56
|
– 185.333.712.048,36
|
São Paulo
|
492.803.803.566,50
|
39.351.094.231,04
|
– 453.452.709.335,46
|
Paraná
|
60.604.844.827,73
|
15.060.913.337,93
|
– 45.543.931.489,80
|
Rio Grande do Sul
|
60.932.105.275,34
|
14.853.494.875,00
|
– 46.078.610.382,34
|
Santa Catarina
|
46.219.590.989,48
|
8.635.169.117,82
|
– 37.584.421.871,66
|
O Distrito Federal ficou de fora da
lista. Eis os dados de 2010:
Quanto paga ao governo federal: 50.454.719.368,50
Quanto recebe do governo federal: 7.356.318.744,45
O que dá um déficit de — 43.098.400.624,05
O resultado parece estranho? Mas não
é. Trata-se de uma enorme distorção. O DF, como é sabido, possui a
maior concentração de funcionários públicos federais — incluindo-se aí os
nobres membros do congresso e dos ministérios — por quilômetro quadrado.
Quando o dinheiro do salário deles (que vem de todo o Brasil) cai em suas
contas bancárias, o imposto de renda retido na fonte é contabilizado como
arrecadação federal. O mesmo é válido para o imposto de renda pago por
todas as estatais, inclusive BB e CEF, que possuem sede em Brasília.
Ou seja, o dinheiro que é espoliado de todo
o resto do Brasil vai para o DF, cai na conta dos funcionários públicos e
políticos e, em decorrência do IR que estes pagam, uma parte desse mesmo
dinheiro é contabilizada como carga tributária que o DF paga ao governo
federal. Bonito.
Ainda assim, os repasses federais para o
governo do DF são vultosos (maiores que os de Santa Catarina, por exemplo), o
que mostra o quão privilegiada é a região.
Fonte: Instituto Rothbard Brasil
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