Por Lew
Rockwell
A era das trevas, a era
da veneração do estado — mais especificamente, a sangrenta era do comunismo, do
nacional socialismo, do fascismo e do planejamento central — infelizmente não
ficou restrita apenas aos livros de história.
Os fenômenos ocorridos nos últimos cinco anos ao redor do mundo mostram
que a liberdade e o bem-estar da humanidade estão sob sério risco de voltar a
ser esmagadas pelos governos. E o que é
pior: dessa vez, planeja-se um ataque coordenado em escala mundial.
Nunca foi tão
necessário conscientizar as pessoas da realidade e reafirmar nossa lealdade à
liberdade humana, que é a base da prosperidade e da própria civilização. Para isso, é necessário o repúdio geral e
incondicional a todas as forças ideológicas que se opõem a ela.
Os primeiros ataques
empreendidos pelos inimigos da liberdade vieram ainda no início do século XX,
com a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Bolchevique. Esses dois eventos acabaram com a esperança e
o ânimo de toda uma geração de liberais clássicos, pois interromperam de forma
sangrenta e dolorosa séculos de progresso rumo à paz e à liberdade. Aqueles homens entenderam algo que hoje nós
próprios ainda não entendemos: os momentos da história humana caracterizados
pelo conforto, pela segurança e pela prosperidade infelizmente são raros.
E a realidade é que,
para as massas, a história do último milênio foi uma história de fome, escassez
e doenças. Na Inglaterra do século XII,
por exemplo, ocorria uma crise de inanição generalizada a cada 14 anos. Do século XIII ao século XVII, a escassez de
alimentos aparecia a cada 10 anos. Já
nos dias de hoje, quando se fala em 'tempos difíceis', isso nada tem a ver com
surtos de fome, inanição e doenças letais — exceto em países da África, onde
não há nem resquícios de capitalismo.
Esses episódios, comuns àquela época, mataram dezenas de milhões, e
obrigaram as pessoas a comer cachorros e cascas de árvores.
E mesmo aqueles que não
sofriam com a fome também não viviam com conforto. Para a maioria das pessoas, as casas eram
minúsculas, com um buraco em seus tetos de junco e palha para permitir que a
fumaça saísse. As cidades tinham apenas
uma bomba d'água, que era a fonte de toda a cidade. A rede sanitária era precária, e surtos de
lepra, escorbuto e tifóide eram coisas comuns e esperadas. As pessoas se consideravam abençoadas quando
seu filho conseguia sobreviver ao primeiro ano de vida, e eram muito poucos os
adultos que passavam dos 30 anos de idade.
Oportunidade econômica
era algo desconhecido, assim como a ideia de se ter uma prosperidade material
em contínuo avanço. A primeira ruptura
nessa longa história de sofrimento aconteceu com o surgimento das sociedades
comerciais da Espanha e do norte de Itália, e depois com a revolução industrial
na Grã-Bretanha. As pessoas passaram
então a fugir em manada do interior rural em direção às fábricas. Hoje os historiadores dizem que as condições
de trabalho nessas fábricas eram deploráveis, com longas e duras horas de
trabalho. Sim, mas qual o padrão de
comparação? As condições eram ruins
comparadas a quais outras? A alternativa
para a maioria das pessoas era viver como um indigente ou como uma prostituta —
ou morrer de fome nas áreas rurais.
Muito pouca atenção é
dada aos heróicos proprietários das primeiras fábricas. Eles geralmente eram pessoas humildes, que
incorreram em enormes riscos empresariais e que reinvestiam seus lucros na
expansão das fábricas, em benefício dos trabalhadores.
Eles conseguiram abrir
suas fábricas mesmo sob forte oposição das elites já estabelecidas, que não
queriam concorrência e que os acusavam de estar enchendo a cidade de
"gentalhas" e "ralés".
O único apoio intelectual que esses empreendedores tinham vinha dos
economistas liberais clássicos, que perceberam que essa iniciativa
empreendedorial representava liberdade e prosperidade para o homem comum.
O que estava sendo
produzido nessas fábricas? Não eram bens para a nobreza, mas vestuários e equipamentos
utilizados pelas pessoas comuns para melhorar sua vida diária. Como disse Mises, essa foi a primeira vez na
história em que a produção em massa foi feita para as massas.
A população da
Inglaterra dobrou no século seguinte à Revolução Industrial — prova evidente de
que tal revolução expandiu dramaticamente o padrão de vida das pessoas
comuns. Em nossa geração também pudemos
testemunhar uma extraordinária evolução da livre iniciativa sempre e onde quer
que a liberdade tenha sido permitida.
Apenas considere que, em 1900, a expectativa média de vida no mundo era
de 30 anos. Hoje, essa média é maior que
65. É isso o que explica o
extraordinário aumento da população global.
Mas qual foi a causa
fundamental dessa revolução? O
desenvolvimento econômico, que nos trouxe alimentos abundantes, boa nutrição,
saneamento e um grande avanço medicinal.
E, no entanto, analise nosso comportamento atual: simplesmente assumimos
que restaurantes, bares, lanchonetes e supermercados com enormes variedades são
coisas comuns, que sempre existiram e sempre existirão. Ficamos irritados quando acaba o estoque de
picanha do supermercado, e sequer tocamos na alface que já murchou na
prateleira. Deveríamos ter em mente que
somos apenas a terceira ou a quarta geração na história do mundo que tem acesso
rotineiro a essas coisas "banais" todos os dias do ano.
E qual é, por sua vez,
a causa de todo esse desenvolvimento econômico?
Essa tão vilipendiada instituição chamada capitalismo, uma palavra que
significa nada mais do que liberdade de gerir a sua propriedade, de fazer
trocas voluntárias e de inovar. O
capitalismo se mostrou o mais espetacular motor do progresso humano, e sua
expansão foi a maior ideia dos últimos séculos.
Todo o conforto material de que desfrutamos hoje devemos à economia de
mercado, que talvez seja o menos compreendido e mais atacado alicerce da vida
civilizada.
Mas por que o
capitalismo, a economia de mercado e a liberdade, com todos os seus benefícios
intrínsecos e óbvios, precisam de uma implacável e inflexível defesa
intelectual? Por causa de declarações
como esta:
A legitimidade do capitalismo global como sendo o sistema dominante de
produção, distribuição e trocas será erodida ainda mais, até o nervo central de
seu sistema...; embora os vilões já tenham sido abundantemente apontados, todo
o problema central está na dinâmica desse sistema capitalista global,
desregulado e voltado para as finanças.
As palavras acima são do sociólogo e
economista Walden Bello, mas em nada diferem das palavras normalmente
proferidas por Paul Krugman, Joseph Stiglitz, acadêmicos, intelectuais e por
todos à esquerda, à direita e ao centro.
Certamente, essa convicção de que o problema está no sistema de mercado
é acolhida gostosamente por todos os burocratas que atualmente regulam a
economia e provavelmente por quase todos os professores universitários
mundiais.
"O capitalismo precisa de consciência", dizem em
uníssono, pois de outra forma acabará sendo consumido pela "ganância destrutiva" dos capitalistas.
Alan Greenspan, o responsável-mor pela crise financeira, concorda
entusiasmadamente, acrescentando que quando a ganância torna-se "infecciosa",
ela desestabiliza os mercados.
"Esse capitalismo desregulamentado tem de acabar", esperneia a mídia, sempre desnorteada, exigindo que os governos e seus
bancos centrais assumam o controle (o qual nunca abandonaram) e apliquem
regulamentações punitivas ao mercado, dando-lhe uma "consciência" e acabando com essa "ganância infecciosa".
A maior regulação das
economias e dos mercados financeiros é apenas o começo. Os gastos governamentais e as dívidas dos
governos ao redor do mundo estão em franco descontrole. Clamores por mais protecionismo já estão
sendo atendidos em vários países. O
estado policial já está atacando os indivíduos que ousam manter sua segurança e
privacidade. Países que até então
zelavam pela privacidade de seus habitantes — como a Suíça — foram abertamente
ameaçados pelas grandes potências, que consideram intolerável a ideia de sigilo
bancário, e tiveram de ceder à ameaça.
Com a arrecadação não acompanhando o aumento dos gastos, políticos
ameaçam colocar na cadeia empresários sob qualquer suspeita de 'sonegação', que
nada mais é do que o pecado supremo de querer manter para si os frutos de seu
próprio trabalho.
Vamos deixar de lado
nesse artigo todas as evidências (relatadas aqui e aqui) de que o atual colapso
econômico é uma consequência óbvia da intervenção governamental na moeda, nos
juros, nos mercados de crédito, bem como da própria regulação dos mercados
financeiros. Em vez de nos centrarmos
nessas obviedades, vamos nos concentrar apenas nas críticas e protestos feitos
pelos que defendem mais regulamentações.
Eles dizem não querer
erradicar a economia de mercado e nem substituí-la pelo socialismo; eles querem
apenas melhorá-la, deixá-la mais transparente, torná-la mais honesta e salvá-la
de si própria. Essa é a argumentação favorita
dos moderados, que se dizem a favor do mercado, mas contra um capitalismo sem
controles. (A óbvia contradição entre mais controle estatal e mais honestidade
e transparência é algo que aparentemente lhes escapa).
A pergunta fundamental
que deve ser feita a essas pessoas é: vocês acreditam que o capitalismo é
maculado pelos pecados dos indivíduos — sendo que, nesse caso, nenhum sistema
social poderia ser melhor, uma vez que todos são compostos por indivíduos
pecaminosos —, ou vocês acreditam que há um pecado intrínseco ao capitalismo em
si e que este pode ser suprimido pelo estado?
A resposta deles é
óbvia. Afinal, se estamos falando de
pecados individuais, o mercado foi brutal em sua punição. Da mesma forma que, durante a expansão
artificial fomentada pelo crédito fácil, as pessoas ignoraram preocupações
básicas como histórico de crédito, viabilidade dos investimentos e
rentabilidade das empresas, tão logo a expansão chegou ao fim e deu-se início à
recessão, o mercado logo se prontificou a fazer uma caça àquelas empresas e
pessoas que cometeram erros, que investiram no que não deveriam e que deram
dinheiro para quem não podia pagar. O
grande problema é que este expurgo não pôde ser completado em decorrência das
intervenções governamentais e de seus infindáveis programas de socorro, tanto
por meio do aumento dos gastos quanto por meio da redução dos juros.
Não importa se o
problema foi ganância, erro ou apenas um mau prognóstico, os mercados são
implacáveis. A bancarrota será o
resultado. Os governos podem apenas
postergar o inexorável. Que estejam
utilizando dinheiro dos pagadores de imposto para tentar adiar os problemas e
salvar empresas com boas conexões políticas é algo que, além de imoral, trará
resultados maléficos mais pra frente.
Nenhuma instituição — e certamente não o governo — tem um maior desejo
de se corrigir a si própria do que o mercado.
Entretanto, se você
acredita que há algum pecado no cerne do capitalismo, então de fato não faz
sentido permitir que o mercado se policie a si próprio. Você certamente irá querer deixar tal serviço
para políticos e burocratas. A
consequência será inevitável: uma vez que os reguladores estiverem livres para
"corrigir" a economia de mercado, não haverá fim à quantidade de
falhas e defeitos que a classe política — para proveito próprio — irá descobrir
e tentar corrigir.
O resultado final serão
mercados restringidos e aleijados até o ponto em que não conseguirão fazer o
que supostamente devem fazer. Na melhor
das hipóteses, teremos uma sociedade imóvel, burocratizada e paralisada, com escassez
de inovações e oportunidades, tendo de sustentar um estado assistencialista
improdutivo e recheado de corrupção política.
Isso, por sua vez, irá infectar toda a mentalidade das pessoas,
encorajando uma atitude de dependência e de resignação, algo contrário ao
espírito empreendedor, que é o que traz desenvolvimento.
E isso — a cultura da
dependência — é também um dos maiores problemas da atualidade, gerado
justamente pela difusão de ideias anticapitalistas e estatizantes. Por exemplo, dentre as principais objeções à
idéia de uma sociedade de mercado está a de que os mais incapazes serão
deixados para trás, ficarão pobres e não terão ninguém para cuidar deles. Uma resposta fácil a essa questão seria dizer
que a caridade privada poderia cuidar disso; no entanto, quando olhamos ao
nosso redor, vemos as instituições beneficentes fazendo apenas tarefas
comparativamente pequenas. O setor simplesmente não é grande o suficiente para
cuidar da parte que o governo se omite em fazer.
É aqui que se requer imaginação.
O problema é que as atividades do governo inibem as atividades privadas e
reduzem os serviços do setor privado para níveis menores do que seriam em um
livre mercado. Antes da era do assistencialismo, as instituições de caridade do
século XIX formavam uma vasta operação cujo tamanho era comparável ao das
maiores indústrias. Elas se expandiam de acordo com as necessidades. Eram em
grande parte supridas por igrejas através de doações, e a questão ética estava
lá: todos davam uma porção do orçamento familiar para o setor caritativo. Uma
freira como Madre Cabrini chegou a cuidar de um verdadeiro império beneficente.
E então veio a era
progressista, e a ideologia mudou. A caridade passou a ser considerada um bem
público, algo a ser estatizado. O estado começou a invadir um território até
então reservado ao setor privado. E à medida que o assistencialismo estatal
cresceu durante o século XX, o tamanho comparativo do setor privado
diminuiu. Vejam a situação trágica de
Europa, justamente o continente que deu à luz aos serviços de caridade. Hoje,
poucos europeus doam para a caridade porque todos têm a crença de que esse é um
serviço para o governo. Além do mais, tendo que pagar impostos abusivos,
realmente não sobra muito para doações.
Parece absurdo ter de
dizer isso, mas a legitimidade do capitalismo não está em questão. Não fosse a misteriosa persistência desse
viés anticapitalista, já estaria perfeitamente claro para todos que as únicas
instituições que devem ser seriamente questionadas atualmente são os governos
(reguladores, tributadores, burocráticos e protecionistas) e seus bancos
centrais — estes, os causadores da bagunça; aqueles, os inibidores da
recuperação.
Pense bem na histeria
que vivenciamos nos últimos cinco anos, a quem direcionaram a culpa e a quem
pediram soluções, e você terá a perfeita definição de um mundo às avessas. É algo não apenas incrível, como também
assustador. A economia de mercado criou
uma prosperidade incomensurável e, década após década, século após século,
gerou miraculosos feitos de inovação, produção, distribuição e coordenação
social. Ao livre mercado devemos toda a
nossa prosperidade material, todo o nosso tempo de lazer, nossa saúde e
longevidade, nossa enorme e crescente população e praticamente tudo o que chamamos
de vida em si. O capitalismo, e apenas o
capitalismo, salvou a humanidade da pobreza degradante, das enfermidades
desenfreadas e da morte prematura.
Na ausência da economia
capitalista e de todas as suas instituições essenciais, a população mundial
iria, com o passar do tempo, definhar até uma pequena fração do seu tamanho
atual, sendo que o que sobrasse da raça humana seria sistematicamente reduzido
à subsistência, comendo apenas o que pudesse ser caçado ou acumulado. Mesmo a instituição que é em si a fonte da
palavra civilização — a cidade — depende das trocas e do comércio, e não
poderia existir sem isso.
E isso é apenas para
mencionar os benefícios econômicos do capitalismo. Mas o sistema também é uma expressão de
liberdade. Ele não é exatamente um
sistema social; ele é o resultado natural de uma sociedade em que os direitos
individuais são respeitados, em que as famílias, os negócios e toda forma de
associação podem se desenvolver sem coerção, roubo, guerra e agressão.
O capitalismo puro
protege o fraco do forte, e garante liberdade de escolha e de oportunidade para
as massas que antes não tinham outra opção senão viver em um estado de
dependência em relação àqueles que detinham os poderes políticos.
Compare o histórico do
capitalismo com o do estado, que, apenas no século passado, matou centenas de
milhões de pessoas com seus campos de concentração, suas guerras e com a fome
provocada tanto pela economia planejada quanto deliberadamente, como estratégia
política. E o próprio histórico do tipo
de planejamento central que agora está sendo imposto ao mundo é totalmente
abismal.
Sempre que o estado
tentou erradicar alguma coisa — desemprego, pobreza, drogas, ciclos econômicos,
analfabetismo, crime, terrorismo —, ele acabou gerando mais daquilo, muito mais
do que seria gerado caso ele não tivesse feito absolutamente nada.
O estado nunca criou
nada de bom. Foi o mercado quem criou
tudo. Mas se a economia entra em
recessão e o desemprego sobe, o que acontece?
Os principais intelectuais se assanham e saem propagando novamente que a
Revolução Bolchevique foi uma ótima ideia, ainda que os resultados não tenham
sido bem aqueles que os idealistas desejavam.
Todos começam a dizer que devemos repensar todas as bases da própria
civilização.
Em toda sociedade há
ganância, fraude e roubo. Nas sociedades
socialistas, quando esse tipo de comportamento é denunciado — não obstante a
regra nestas sociedades seja a luta contínua e sanguinária pelo poder —, poucos
se importam. Alguns até atribuem isso
aos resquícios de pensamento capitalista.
Agora, quando esses vícios são denunciados em economias relativamente
livres, a gritaria é inevitável: acabem com a liberdade de troca e coloquem o
estado no comando!
Por fim, voltando à
pergunta original: por que o capitalismo, a economia de mercado e a liberdade,
com todos os seus benefícios intrínsecos e óbvios, precisam de uma implacável e
inflexível defesa intelectual?
Considere a descrição
que Ludwig von Mises fez da cultura intelectual predominante em 1931, quando o
mundo ia se afundando na depressão econômica:
O sistema econômico
capitalista, que é o sistema social baseado na propriedade privada dos meios de
produção, é hoje rejeitado unanimemente por todos os governos e partidos
políticos. Mas nenhum acordo foi feito
em relação a qual sistema econômico deve substituí-lo no futuro. Muitos, embora nem todos, veem o socialismo
como o objetivo final. Eles teimosamente
rejeitam o resultado do exame científico da ideologia socialista, o qual
demonstrou a impossibilidade econômica do socialismo. Eles se recusam a aprender com os
experimentos socialistas da Rússia e de outros países europeus.
Entretanto,
considerando-se os objetivos das atuais políticas econômicas, parece haver um
completo acordo entre as partes. A
finalidade é um arranjo econômico que supostamente represente uma solução
conciliatória, um "meio-termo" entre socialismo e capitalismo. Não há a intenção de abolir a propriedade
privada dos meios de produção; a propriedade privada poderá continuar
existindo, embora sendo regulada, controlada e tributada, e tendo suas
aplicações direcionadas pelo governo e por outros agentes do aparato coercivo
do governo. Com relação a esse sistema
intervencionista, a ciência econômica demonstra com indiscutível lógica que ele
é contrário à razão; demonstra que essas intervenções, que objetivam moldar o
sistema, jamais poderão cumprir os objetivos que seus proponentes esperam
alcançar, e que cada intervenção terá consequências inesperadas e indesejáveis.
Após Mises ter escrito
isso, o fascismo se intensificou na Itália e o Terceiro Reich começou seu
programa de extremo intervencionismo, militarismo e protecionismo na
Alemanha. O New Deal chegou aos EUA e
tudo terminou em uma guerra mundial e em um holocausto. Quanto você acha que as coisas realmente
mudaram de lá pra cá? O ódio ao mercado
deve ser retaliado com a defesa da liberdade, em todas as gerações. Não é nenhum exagero dizer que nossas vidas
dependem disso.
Lew Rockwell é o chairman e CEO do Ludwig von Mises Institute, em Auburn,
Alabama, editor do website LewRockwell.com, e autor dos livros Speaking of Liberty e The Left, the Right, and the State
Fonte: Mises Brasil
l
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