O brasileiro
não sabe transformar o limão em limonada, mas sabe transformar o limão em
caipirinha! Anon, SSXXI
Seja bem vindo, amigo!
Seja bem-vindo, amigo! Seja você também mais um subversivo! Não se entregue e nem se integre às mentiras do governo e nem da mídia! Seja livre, siga o seu instinto de liberdade! Laissez faire! Amém!
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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
Tentativa de Assassinato de Reputação contra Lobão: Enquanto isso! Lei Rouanet derrama bilhões de reais nas contas de outros “artistas”.
Lobão e Constantino em
23/12, 22 horas: fechando 2015
Cristianismo Puro e Simples - C. S. Lewis
Por Kathleen
Norris
Este
livro deve ser interpretado à luz de seu contexto histórico. Num ato de
coragem, seu autor quis contar histórias que curassem os corações num mundo que
perdera a sanidade. Em 1942, apenas vinte e quatro anos
depois
do fim de uma guerra brutal que dizimara uma geração inteira de jovens, a
Grã-Bretanha via-se de novo envolvida numa guerra. Dessa vez, quem sofria mais
eram os seus cidadãos comuns, na medida em que a pequena nação insular era
bombardeada todas as noites por quatrocentos aviões, na blitz de triste
lembrança que mudou a face da guerra, transformando civis em alvos e suas
cidades em fronts de batalha.
Ainda
rapaz, C. S. Lewis serviu nas pavorosas trincheiras da Primeira Guerra Mundial
e, em 1940, quando as bombas começaram a cair sobre a Inglaterra, se alistou
como oficial da vigilância antiaérea e passou a
dar
palestras para os soldados da Royal Air Force, homens que sabiam, com quase
toda a certeza, que seriam dados como mortos ou desaparecidos depois de apenas
treze missões de bombardeio. A situação deles incitou
Lewis a
falar sobre os problemas do sofrimento, da dor e do mal. Estes trabalhos
resultaram no convite da BBC para que ele fizesse uma série de programas de
rádio sobre a fé crista. Ministradas de 1942 a 1944, estas
conferências
radiofónicas foram mais tarde reunidas no livro que conhecemos hoje como Cristianismo
puro e simples.
Este
livro, portanto, não é feito de especulações filosóficas académicas. E, isto
sim, um trabalho de literatura oral dirigido a um povo em guerra. Quão insólito
devia ser ligar o rádio — que a toda hora dava notícias de mortes e de uma
destruição indescritível — e ouvir um homem falar, de forma inteligente,
bem-humorada e profunda, sobre o comportamento digno e humano, sobre a conduta
leal e sobre a importância da distinção entre
o certo
e o errado. Chamado pela BBC para explicar aos seus conterrâneos no que os
cristãos acreditavam, C. S. Lewis lançou-se à tarefa como se ela fosse a coisa
mais fácil do mundo, mas também a mais importante.
Mal
podemos imaginar o efeito que as metáforas utilizadas no livro tiveram sobre os
ouvintes na época. A imagem do mundo como um território ocupado pelo inimigo,
invadido por forças malignas que destroem tudo o
que é
bom, ainda hoje desperta fortes associações. Nossos conceitos de modernidade e
de progresso, bem como todos os avanços tecnológicos, não bastaram para dar fim
às guerras. O fato de termos declarado obsoleta a
noção de
pecado não diminuiu o sofrimento humano. E as respostas fáceis — colocar a
culpa na tecnologia ou, por que não, nas religiões do mundo - não resolveram o
problema. O problema, C. S. Lewis insistia, somos nós.
A
geração ímpia e perversa da qual falavam milhares de anos atrás os salmistas e
os profetas é também a nossa, sempre que nos submetemos a males sistémicos e
individuais como se não tivéssemos outra alternativa.
C. S.
Lewis, que certa vez foi descrito por um amigo como um homem apaixonado pela
imaginação, acreditava que a aceitação complacente do status quo era
muito mais do que uma fraqueza inócua. Em Cristianismo
puro
e simples, não menos do
que em suas obras de fantasia, como as Crónicas de Nárnia ou os romances
de ficção científica, Lewis deixa escapar sua crença profunda no poder que a
imaginação humana tem de revelar a verdade oculta a respeito de nossa condição
e de nos trazer esperança. "O caminho mais longo é o mais curto para
chegar em casa" — tal é a lógica tanto das fábulas quanto da fé.
Falando
unicamente com a autoridade da experiência de leigo e ex-ateu, C. S. Lewis
disse aos ouvintes na rádio que o motivo pelo qual fora selecionado para a
missão de explicar o cristianismo para a nova geração era o de não ser ele um
especialista no assunto, mas antes "um amador... e um iniciante, não uma
mão calejada". Confidenciou a amigos que aceitara a tarefa porque
acreditava que a Inglaterra, que passara a se considerar como
parte de
um mundo "pós-cristão", nunca tinha aprendido de fato, em termos simples,
em que consistia a religião. Assim como Soren Kierkegaard antes dele, e de
Dietrich Bonhoefifer, seu contemporâneo, Lewis buscou, em
Cristianismo
puro e simples, nos
ajudar a ver a religião com novos olhos, como uma fé radical cujos partidários devem
ser comparados a um grupo clandestino agrupado numa zona de guerra, num lugar
onde o mal parece
predominar,
para ouvir mensagens de esperança vindas do lado livre.
O
cristianismo "puro e simples" de C. S. Lewis não é uma filosofia nem
mesmo uma teologia que deve ser lida, discutida e guardada na estante. E um
modo de vida que nos desafia sempre a lembrar, como Lewis disse certa vez, que
"não existem pessoas comuns", e que "aqueles de quem fazemos
troça, com quem trabalhamos ou nos casamos, os que menosprezamos ou exploramos,
são todos imortais". Quando entramos em
sintonia
com essa realidade, crê Lewis, nos abrimos para transformar imaginativamente
nossas vidas de tal forma que o mal declina e o bem triunfa. E isto que Cristo
quis de nós quando tomou para si nossa humanidade, santificou nossa carne e nos
pediu em troca que revelássemos Deus uns aos outros.
Se o
mundo faz essa tarefa parecer impossível, Lewis insiste em que ela não é. Mesmo
alguém que ele vê como "envenenado por uma criação miserável numa casa
cheia de ciúmes vulgares e brigas gratuitas" pode estar seguro de que Deus
está bem ciente "da máquina grosseira que tenta dirigir", e pede-lhe
somente para "ir em frente e fazer o possível". O cristianismo que
Lewis comunga é humano, mas não é fácil: ele nos chama a reconhecer que a maior
batalha religiosa não se trava num campo espetacular, mas dentro do coração
humano comum, quando, a cada manhã, acordamos e sentimos a pressão do dia a nos
afligir e temos de decidir que tipo de imortais queremos ser. Talvez nos sirva
de consolo, como serviu ao sofrido povo britânico quando ouviu pela primeira
vez estes colóquios, recordar que Deus prega uma peça nos que buscam o poder a
qualquer preço. Lewis nos lembra, com seu humor e sua verve costumeira:
"Quão monótona é a semelhança que une todos os grandes tiranos e
conquistadores; quão gloriosa é a diferença dos santos!"
Clives Staples Lewis - Cristianismo Puro e
Simples – Legendado
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
Ação Humana de Ludwig von Mises por Murray N. Rothbard em seu livro O Essencial von Mises (homenagem)
Uma
coisa era formular a metodologia apropriada para a ciência econômica, outra bem
diversa, e muito mais difícil, era erguer efetivamente a
economia, todo o corpo da análise econômica, sobre esta base, usando tal
método. Normalmente se consideraria impossível que um só homem pudesse levar a
cabo as duas empreitadas: formular a metodologia e em seguida elaborar todo o
sistema completo da economia sobre estes fundamentos. Mesmo considerando a
longa série de obras e realizações de Mises, não se poderia esperar que ele
próprio realizasse essa tarefa árdua e extremamente difícil. E, não obstante,
Ludwig von Mises, isolado e sozinho, abandonado por praticamente todos os seus
seguidores, exilado, em Genebra, da Áustria fascista, em meio a um mundo e a um
meio profissional que tinham desprezado todos os seus ideais, métodos e
princípios, realizou-a. Em 1940, publicou sua monumental e suprema realização,
Nationalökonomie, obra que, no entanto; foi imediatamente esquecida em meio às
preocupações de uma Europa dilacerada pela guerra. Em parte, a Nationalökonomie
foi ampliada e traduzida para o inglês em 1949 sob o título Human Action(Ação
Humana). A elaboração de Ação Humana constitui, por si mesma, uma façanha
notável. O fato de Mises ter conseguido levá-la a cabo em circunstâncias tão
drasticamente adversas converte essa obra no que há de mais inspirador e
tocante.
Ação
Humana é o que de melhor se poderia desejar; é ciência econômica completa,
desenvolvida a partir de sólidos axiomas praxeológicos, integralmente baseada
na análise do homem em ação, do indivíduo dotado
de propósitos agindo no mundo real. E a economia elaborada como disciplina
dedutiva, desfiando as implicações lógicas da existência da ação humana. Quanto
ao presente autor, que teve o privilégio de lê-la quando de seu lançamento,
essa obra mudou o curso de sua vida e de suas ideias. Ali se encontrava um
sistema de pensamento econômico com que alguns de nós sonhávamos sem jamais pensar
que fosse exequível: uma ciência econômica, completa e racional, a economia tal
como devia ser, mas nunca fora. A ciência econômica que Ação Humana nos propiciou.
A
magnitude da façanha de Mises pode também ser aquilatada pelo fato
de que Ação Humana não foi somente o primeiro tratado geral de economia
na tradição austríaca desde a Primeira Guerra Mundial: foi o primeiro tratado geral em qualquer tradição. Porque, após a Primeira Guerra Mundial, a economia
tornou-se cada vez mais fracionada, rompida em fragmentos e pedaços de análise
desintegrados. Desde as obras escritas antes da guerra por homens eminentes
como Fetter, Clark, Taussig e Böhm-Bawerk, os economistas tinham deixado de apresentar
sua disciplina como um todo dedutivo integrado. Hoje, os únicos que procuram
apresentar um quadro geral do campo são os autores dos manuais básicos: e
estes, com sua falta de coerência, revelam apenas o deplorável estado a que
chegou a ciência econômica.
Mas,
agora, Ação Humana indica a saída daquele lodaçal de incoerência. Pouco mais se
pode dizer sobre Ação Humana, exceto chamar atenção para algumas das muitas
contribuições minuciosas contidas nesse grandioso corpus de ciência econômica.
Apesar de ter descoberto e enfatizado a preferência temporal como base do juro,
o próprio Böhm Bawerk não fizera dela a base de todas as suas teorias, deixando
confuso o problema da preferência. Frank A. Fetter aperfeiçoara e refinara a
teoria, e estabelecera a explanação do juro com base exclusiva na preferência
temporal, em seus notáveis mas desprezados escritos das duas primeiras décadas
do século XX. A concepção básica de Fetter sobre o sistema econômico era que as
“utilidades” e demandas do consumidor fixam os preços dos bens de consumo, que
os fatores individuais ganham sua produtividade marginal e que, assim, todos
esses retornos são abatidos pela taxa de juros ou pela taxa de preferência temporal,
com o credor ou o capitalista auferindo o desconto. Mises, além de fazer
reviver a realização esquecida de Fetter, mostrou que a preferência temporal
era uma categoria praxeológica indispensável da ação humana e integrou a teoria
do juro de Fetter à teoria böhmbawerkiana do capital e à sua própria teoria do
ciclo econômico.
Mises
fez também uma crítica, extremamente necessária, da utilização do método – então
de aceitação geral – matemático e estatístico na ciência econômica. Trata se de
um sistema baseado no neoclássico suíço Léon Walras, e de uma metodologia que
praticamente expulsou a linguagem ou a lógica verbal da teoria econômica.
Permanecendo na tradição explicitamente antimatemática dos economistas clássicos
e dos “austríacos” (muitos dos quais com completa formação em matemática),
Mises salientou que as equações matemáticas só têm utilidade para a descrição
do irrealismo, atemporal e estático, do “equilíbrio geral”. Quando se abandona
esse nirvana e se passa a analisar os indivíduos em ação no mundo real, mundo
de tempo e de expectativas, de esperanças e desacertos, a matemática se torna
não só inútil, mas também altamente enganosa. Mostrou que o próprio uso da
matemática na economia é parte do erro positivista, que trata os homens como
pedras e, por conseguinte, acredita que, tal como na física, as ações humanas
podem de algum modo ser expressas em gráficos com a precisão matemática com que
se traça a trajetória de um míssil pelo ar. Mais ainda, provou que, uma vez que
os atores individuais só podem ser vistos e avaliados em termos de diferenças
substantivas, o uso do cálculo diferencial – que pressupõe mudanças
quantitativas infinitamente pequenas – é particularmente inadequado a uma
ciência da ação humana.
O uso
de “funções” matemáticas implica também que todos os eventos no mercado são
“reciprocamente determinados”, pois, em matemática, se x é uma função de y,
então y é igualmente uma função de x. Esse tipo de metodologia da “determinação
recíproca” pode ser perfeitamente legítimo no campo dá física, onde não há
agentes causais que atuem singularmente. Mas na esfera da ação humana há um agente
causal, uma causa “singular”: a ação proposital do indivíduo. A economia
“austríaca” revela, assim, que a causa flui, por exemplo, da demanda do
consumidor para a cotação dos fatores de produção; e de maneira alguma no
sentido inverso.
O
método “econométrico”, igualmente em moda, que procura integrar eventos
estatísticos e a matemática é duplamente falacioso, uma vez que qualquer uso da
estatística para chegar a leis previsíveis presume que a análise da ação
individual revela, como ocorre na física, constantes confirmáveis, leis
quantitativas invariáveis. E, no entanto, como Mises enfatizou, ninguém jamais
descobriu uma única constante quantitativa no comportamento humano, e não é
plausível acreditar que alguém venha algum dia a fazê-lo, dada a livre vontade inerente
a todo indivíduo. Dessa falácia advém igualmente a mania atual pela previsão
“científica” na ciência econômica.
Mises
põe a descoberto, de forma incisiva, a falácia fundamental dessa vã aspiração, antiga
mas incurável. A lamentável folha corrida da previsão econométrica nestes
últimos anos, a despeito do uso de computadores
ultravelozes
e de “modelos” econométricos supostamente sofisticados, é apenas mais uma
confirmação de uma das muitas provas de perspicácia que Mises ofereceu.
Deploravelmente,
com o período entre guerras, somente um aspecto da economia misesiana, afora um
fragmento de sua metodologia, conseguiu infiltrar-se no mundo de língua
inglesa. Com base em sua teoria do ciclo econômico, Mises previra uma depressão
numa época em que, na “Nova Era” da década de 1920, os economistas, em sua
maioria, entre eles Irving Fisher, proclamavam um futuro de prosperidade
ilimitada, assegurada pelas manipulações dos bancos centrais governamentais.
Quando a Grande Depressão se instalou, começou-se a manifestar vivo interesse
pela teoria misesiana do ciclo econômico, sobretudo na Inglaterra. Esse
interesse foi incrementado peta migração para a London School of Economics do
eminente discípulo de Mises, Friedrich A. Hayek, cujo aperfeiçoamento da teoria
do ciclo econômico foi rapidamente traduzido para o inglês no princípio da
década de 1930. Ao longo desse período, o seminário conduzido por Hayek na
London School formou muitos teóricos “austríacos” do ciclo econômico, entre os
quais John R. Hicks, Abba P. Lerner, Ludwig M. Lachmann e Nicholas Kaldor. Além
disso, discípulos ingleses de Mises, como Lionel Robbins e Frederic Benham,
publicaram as explanações misesianas da Grande Depressão na Inglaterra. Os
escritos dos alunos “austríacos” de Mises, como os de Fritz Machlup e Gottfried
von Haberler, começaram a ser traduzidos, e, finalmente, em 1934, Robbins
supervisionou a tradução de The Theory of Money and Credit em 1931, Mises
publicou sua análise da depressão em Die Ursachen der Wirtschaftskrise. Tudo indicava,
na primeira metade da década de 1930, que a teoria misesiana do ciclo econômico
prevalecia e, se isso ocorresse, suas demais teorias não poderiam ficar muito atrás.
A
América foi muito lenta em assimilar a teoria “austríaca”, mas a enorme
influência da ciência econômica inglesa nos EUA assegurou a difusão da teoria
misesiana do ciclo econômico também nesse país. Logo que Gottfried von Haberler
publicou a primeira síntese da teoria do ciclo de Mises-Hayek, Alvin Hansen,
economista em ascensão, voltou-se para a doutrina “austríaca”. Além da teoria
do ciclo, a teoria “austríaca” do capital e do juro foi revivificada numa
notável série de artigos publicados em revistas especializadas norte-americanas
por Hayek, Machlup e pelo jovem economista Kenneth Boulding.
Parecia
cada vez mais que a economia “austríaca” seria a onda do futuro, e que Ludwig
von Mises obteria finalmente o reconhecimento que há tanto tempo merecia e
nunca alcançara. Mas, a um passo da vitória, a tragédia sobreveio na forma da
famosa “Revolução Keynesiana”. Com a publicação da General Theory of
Employment, Interest and Money, em 1936, a nova, incompleta e emaranhada
justificativa e racionalização da inflação e dos déficits governamentais
proposta por John Maynard Keynes assolou o mundo econômico como fogo na pradaria.
Até Keynes, a ciência econômica constituíra um freio impopular ao fomento da
inflação e ao déficit orçamentário, mas agora, como Keynes, e armados com seu
jargão nebuloso, obscuro e quase matemático, os economistas podiam atirar-se a
uma popular e lucrativa aliança com políticos e governos ansioso por expandir
sua influência e poder. A economia keynesiana foi esplendidamente talhada para
servir de armadura intelectual para o moderno estado provedormilitarista (welfare-warfare
state), para o intervencionismo e o estatismo, em ampla e poderosa escala.
Como
ocorre frequentemente na história da ciência social, os keynesianos não se
deram ao trabalho de refutar a teoria misesiana, que foi simplesmente
esquecida, prontamente varrida pelo brusco avanço da adequadamente chamada
“Revolução Keynesiana”. A teoria misesiana do ciclo, com o restante da economia
“austríaca”, foi simplesmente despejada pelo “buraco da memória” orwelliano abaixo,
perdida dali por diante para os economistas e para o mundo. Provavelmente o
mais trágico aspecto desse esquecimento maciço foi a deserção dos mais capazes
dos seguidores de Mises: a debandada rumo ao keynesianismo não só de alunos
ingleses de Hayek, de Hansen – que logo se converteu no principal keynesiano
norteamericano – mas também dos austríacos que tinham maior conhecimento. Estes
deixaram rapidamente a Áustria para ocupar elevados cargos acadêmicos nos EUA e
formar a ala moderada da economia keynesiana. Depois da fulgurante perspectiva
das décadas de 1920 e 1930, apenas Hayek e o menos conhecido Lachmann
permaneceram fiéis e íntegros. Foi em meio a esse isolamento, esse esboroamento
de suas grandes e merecidas esperanças, que Ludwig von Mises trabalhou para
completar a grandiosa estrutura de Ação Humana.
Ação
Humana - Ludwig von Mises (Compre
este livro, valorize a obra e o autor.)
Fonte
extraído do livro - O Essencial von Mises de Murray N. Rothbard (Compre
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terça-feira, 29 de dezembro de 2015
Veja, mas com cautela!
Resistir
sempre; desistir jamais!
Por Pedro
Henrique Mancini de Azevedo
Um dos veículos de comunicação,
símbolo de maior resistência contra o petismo e a esquerda golpista, sucumbiu.
É uma constatação triste de se fazer, mas que ao mesmo tempo precisa ser dita.
Infelizmente, estou falando da revista Veja, e cabe aqui contar os fatos
que comprovam isso.
Há algum tempo atrás, muitas pessoas se chocaram ao ver que o economista Rodrigo Constantino – crítico ferrenho do PT - havia sido demitido da revista sem motivo aparente. Não fazia muito sentido.
Há algum tempo atrás, muitas pessoas se chocaram ao ver que o economista Rodrigo Constantino – crítico ferrenho do PT - havia sido demitido da revista sem motivo aparente. Não fazia muito sentido.
Constantino teve, somente no mês de
Outubro de 2014, mês das eleições, 6 milhões de visualizações em seu blog.
Logo, não podia ser por falta de público o motivo da sua demissão; seu blog era
um dos mais vistos na rede. Constantino, na época da sua demissão, adotou uma
postura admirável, e fez uma campanha para que as pessoas não cancelassem suas
assinaturas, alegando que a Veja ainda era um instrumento importante na luta
contra o PT.
Menos de um mês depois da demissão de
Constantino, a colunista Joice Hasselman, também ferrenha crítica do PT, foi
demitida. A partir daí as suspeitas aumentaram, pois assim como Constantino,
Joice tinha um publico grande e fiel.
A suspeita começou a se tornar
certeza quando nesse meio tempo a Veja cedeu espaço ao deputado do PSOL
Randolfe Rodrigues, e ao petista Paulo Paim em suas páginas amarelas. E não foi
só isso. A revista simplesmente mudou a sua opinião sobre a questão do
desarmamento, adotando a postura que a esquerda defendia.
Mais recentemente, a revista demitiu
o colunista Ricardo Setti, outro que batia duro no PT, e estampou em duas de
suas páginas propagandas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica, mostrando que
as estatais se tornaram fontes de receita da empresa. Foi aí que tudo ficou
claro.
Não é novidade que a Veja tem tido
problemas financeiros há algum tempo, por isso, inicialmente, a demissão de
dois colunistas com grande público como Constantino e Joice Hasselman poderia
até ser justificável. Mas quando a empresa muda sua linha de pensamento e ainda
mostra que está recebendo verbas estatais, toda dúvida se dissipa. É triste,
mas a Veja sucumbiu.
E para não deixar nenhuma dúvida,
recentemente a revista simplesmente apagou todo o conteúdo de tudo que havia
sido escrito por Rodrigo Constantino nos dois anos que esteve lá. Essa atitude
da revista vai contra tudo que qualquer veículo de comunicação deve prezar - a
informação. A Veja, obviamente mandada por alguém, quer apagar o passado. Um
passado que claramente incomoda a muita gente do PT.
Nunca ficou tão comprovada a tese de
Friedrich Hayek dizendo que é impossível existir liberdade política sem existir
liberdade econômica. A Veja, por estar com problemas financeiros, perdeu toda
sua liberdade política ao se render ao patrocínio estatal. Isso só comprova
como o Estado tem assumido o controle das nossas vidas por meio da economia, e
também porque a esquerda adora estatais. Elas são utilizadas como instrumento
político para exercer seu autoritarismo, alegando ainda estar defendendo os
interesses do país.
Tudo isso é muito triste, mas não
podemos desanimar. A Veja, por enquanto, (ainda) mantém bons colunistas em seu
quadro, como Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes e Felipe Moura Brasil. O Instituto
Liberal e Instituto Millenium também são sites independentes que lutam contra o
bolivarianismo lulopetista. A pouca imprensa independente que existia está
sendo sufocada. O PT quer calar qualquer voz que enfrenta o seu projeto
totalitário de poder, e ainda faz isso utilizando o suado dinheiro que é
espoliado dos pagadores de impostos. Esses canalhas não vão descansar até
espalharem os seus tentáculos por toda a parte.
Mas quero avisar uma coisa: não vão
conseguir! Iremos resistir! Como Voltaire dizia “O público é uma besta feroz.
Deve-se enjaulá-lo ou fugir dele.” Sendo assim, o meu recado para os petralhas
é: fujam! Nós vamos para as ruas, para a internet e para onde mais for
necessário para lutar contra essa praga que se instaurou no poder. Não terá
exército de Stédile, ou sindicalistas imbecis movidos a pão com mortadela que
irão nos impedir.
Por agora, a única coisa que posso
fazer é alertar para que tomem cuidado com o que leem na Veja, pois ela já não
é mais a mesma. Sinto que é meu dever alertar as pessoas sobre isso, já que nem
todos acompanham o que acontece nos meandros na política e da imprensa. A Veja
se rendeu, mas nós não. O PT vai ter que calar muitas vozes ainda para
conseguir alcançar seu objetivo traçado no Foro de São Paulo. Vamos seguir
marchando de verde e amarelo contra essa máfia vermelha disfarçada de governo.
Por isso, lembrem-se: Resistir, sempre. Retroceder, jamais!
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Frase Libertária: Henry L. Mencken
Estado assumiu uma vasta massa de novas atribuições
e responsabilidades; ele se espalhou para fora dos seus poderes até penetrar, no entanto, em cada ato secreto do
cidadão; ele começou a jogar em torno de suas operações a alta dignidade e
impecabilidade de uma religião de Estado; seus agentes se tornam uma casta separada
e superior , (...). Mas ainda permanece,
como era no início, o inimigo comum de todos os homens de boa vontade, industriosos e decentes. Henry L.
Mencken
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Frase >
Direitos Positivos sem contrato consensual são coisas de comunistas.
“Por que certas
pessoas acreditam que a manutenção de suas vidas, ou de seus direitos (positivos),
é um dever ou uma obrigação de outras pessoas, mesmo não havendo qualquer forma
de laço familiar, ou mesmo um contrato consensual entre elas?“Anon, SSXXI
Frases
subversivas ou libertárias (26)
Direitos
Positivos vs. Direitos Negativos
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