Seja bem vindo, amigo!

Seja bem-vindo, amigo! Seja você também mais um subversivo! Não se entregue e nem se integre às mentiras do governo e nem da mídia! Seja livre, siga o seu instinto de liberdade! Laissez faire! Amém!

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domingo, 31 de janeiro de 2016

As Vantagens do Pessimismo - Roger Scruton

As Vantagens do Pessimismo - E o perigo da falsa esperança- Roger Scruton

Quetzal

O autor advoga a ideia de que a maior ameaça adveio dos que defenderam o idealismo ou o otimismo, fossem eles de esquerda ou de direita. É, por isso, chegado o momento de substituir a exuberância irracional pelo pessimismo humano. Scruton demonstra que as tragédias e os desastres da história europeia foram consequência do falso otimismo e das falácias daí resultantes. Enquanto rejeita essas falácias, constrói uma defesa e mostra que o verdadeiro legado civilizacional não é o falso idealismo. Um convincente argumento a favor da razão e da responsabilidade, escrito numa época de profunda mudança.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Philadelphia Freedom

Por Elton John (Captain Fantastic)



Shine a light shine a light,Shine a light won't you shine a light. Como era mesmo aquela música do Elton Jonh? (cha, na, lai, cha, na, lai, cha, na, lai, cha, na, lai).

Idade Média, idade das Trevas? Ou um crime intelectual de alguns professores socialistas.

Quão negra era a Idade das Trevas - Prager University

Mil anos de história medieval

Idade Média ou Medieval: Se inicia com a queda do Império Romano do Ocidente no ano 476 d.C. (século V) e termina com o fim do Império Romano do Oriente ou Império Bizantino, com a tomada da cidade de Constantinopla em 1453 d.C. (Século XV) pelos turcos.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A grande diferença dos Estados Unidos com o Brasil

A grande diferença é que os EUA tiveram OS PAIS FUNDADORES em sua política e em sua economia, já o Brasil tem OS PADRASTOS AFUNDADORES, que levaram o país para o fundo do poço.


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A economia keynesiana está destruindo o crescimento dos EUA

Por Jeffrey E. Ludwig

Em Vermelho: O keynesianismo
Em azul: O capitalismo de livre mercado

O modelo keynesiano é profundamente falho. A definição de taxa (regulamentar os preços) arruinou as ferrovias como uma indústria lucrativa. A economia keynesiana não impediu a Grande Depressão, nem tirou os EUA dela além de prolongá-la por muitos anos. Os Preços de combustível mais baixos são uma bênção para o consumidor, mas nunca podem ser considerados como o principal estímulo que os keynesianos esperam que eles sejam; pois este consumo não impulsionou a economia.

O Individualismo e as oportunidade do capitalismo podem conduzir uma economia ao crescimento. A desregulamentação impulsiona uma economia em crescimento. Baixos impostos conduzem uma economia ao crescimento. O trabalho barato impulsiona uma economia ao crescimento. Essas são as condições que ajudaram a América a tornar-se uma superpotência econômica no final do século IX, e elas ainda são e sempre serão a base para o crescimento econômico.

ESUA (SUSA) - Estados Soviéticos Unidos da América

P.S. E o modelo econômico utilizado pelos governos brasileiros consegue ser pior que o modelo keynesiano, pois é uma mistura do que tem de pior do keynesianismo mais o pior do socialismo vigarista latino-americano . E a coisa vai ficar cada vez mais preta.Se continuar assim, a miséia será o nome do fim da nossa história. Pois os vigaristas populistas que estão no poder sabem muito bem disso, mas é o povo que deveria saber e extirpar toda essa laia política do poder. É a nossa única chance! Anon, SSXXI

Leia este artigo completo aqui

domingo, 24 de janeiro de 2016

O Exclusivismo Cristão

Por W. Gary Crampton


O exclusivismo cristão, que tem sido a visão das igrejas reformadas e biblicamente ortodoxas ao longo dos séculos, é o ensinamento de que (1) Jesus Cristo é o único Salvador, e que (2) é essencial crer nEle para ser salvo. Essa ótica está admiravelmente apresentada no Catecismo Menor de Westminster (Q. 21), na Confissão de Fé deWestminster (10:4; 14:2) e no CatecismoMaior de Westminster (Q. 60), como segue: O único Redentor dos eleitos de Deus é o Senhor Jesus Cristo.

Outros, não eleitos, embora possam ser chamados pelo ministério da Palavra, e possam receber algumas operações comuns do Espírito, ainda assim nunca virão verdadeiramente a Cristo, e, pois, não podem ser salvos. Muito menos poderão os homens, sem professar a religião cristã, ser salvos de qualquer outra forma, por mais diligentes que sejam em enquadrar suas vidas à luz da natureza [revelação geral] e à lei da religião que seguirem. E afirmar e sustentar que eles possam, é muito pernicioso, e deve ser rejeitado.

Mas os principais atos da fé salvadora são: aceitar, receber e descansar apenas em Cristo para a justificação, santificação e vida eterna, em virtude da aliança da graça.

Aqueles que, por nunca terem ouvido o evangelho, não conhecem a Jesus Cristo e não crêem nele, não podem ser salvos... tampouco sua salvação está em qualquer outro, mas só em Cristo, que é o único Salvador de seu corpo, a Igreja.

Há um grande número de passagens bíblicas que ensinam o exclusivismo cristão. Quatro das mais explícitas a respeito são: Jo 3.16-18,36; 14.6; At 4.12; 1 Tm 2.5.

João 3.16-18,36: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que omundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus… Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus”.

Esses versículos dificilmente poderiam ser mais claros. Os que crêem em Cristo têm a vida eterna, e os que não crêem nele estão condenados. A fé em Jesus Cristo é um sine qua non da salvação. Não se pode ser salvo sem essa fé.

João 14.6: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. Aqui, nas palavras do próprio Cristo, aprendemos que ele é o único caminho para o Pai. “Ninguém vem ao Pai se não for por” Jesus Cristo. Mais uma vez, as palavras não poderiam ser mais claras. Aqueles que não conhecem a Jesus não podem ser salvos. William Hendriksen escreve o seguinte a respeito desse versículo: “Tanto o absoluto [exclusivismo] da religião cristã como a urgente necessidade das missões cristãs estão claramente indicados”.¹

Atos 4.12: “E em nenhum outro [que Jesus Cristo] há salvação; porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos [grego dei] ser salvos”. As palavras de Pedro, registradas por Lucas, são tão diretas e exclusivistas quanto as que lemos no evangelho de João. Cristo é o único Salvador. Segundo Simon Kistemaker:

A palavra devamos [dei] revela uma necessidade divina que Deus instituiu, de acordo com o seu plano e decreto, para salvar-nos [os eleitos] mediante a Pessoa e obra de Jesus Cristo. Além disso, esse dei significa que o homem está sob a obrigação moral de responder à chamada para crer em Jesus Cristo e, assim, obter a salvação. Ele não tem outro meio de salvação senão o Filho de Deus. 2

1Timóteo 2.5: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”. Aqui, nas palavras do apóstolo Paulo, assim como existe apenas um Deus vivo e verdadeiro, existe também apenas “um Mediador entre Deus e os homens,” e esse Mediador é o homem Cristo Jesus. Em outras palavras, não há outra maneira pela qual os homens podem ser salvos, exceto mediante Jesus Cristo. Charnock escreveu:

Cristo é declarado o único Mediador no mesmo sentido em que Deus é declarado o único Deus. Assim como só existe um Criador do homem, só existe um Mediador para os homens. Como Deus é o Deus de todos os que morreram antes que Cristo viesse, bem como de todos quantos morreram depois, assim também Cristo é o mediador de todos os que morreram antes de Sua vinda e também de todos que viram o Seu dia. Eles tinham ou Cristo como seu Mediador, ou algum outro; mas algum outro eles não poderiam ter, porquanto só existe um. Eles poderiam também ter tido outro criador além de Deus, tanto quanto poderiam ter outro mediador além do Mediador Cristo Jesus… Há somente um Deus desde a eternidade; somente um Mediador, cuja mediação tem a mesma data que a fundação do mundo, e corre paralela a esta.³

Apologética: Gostou do assunto? Quer aumentar o seu conhecimento? Então, leia este artigo completo aqui. Anon, SSXXI

sábado, 23 de janeiro de 2016

10 Livros de C. S. Lewis para ter na estante

C. S. Lewis inevitavelmente nos remete primeiramente a Nárnia, no entanto a carreira do autor irlandês  apresenta muitas outras obras, por isso nesta lista, uma seleção com 10 livros de C. S. Lewis para ter na estante:

1 - As Crônicas de Nárnia - Volume único: Nos últimos cinqüenta anos, As Crônicas de Nárnia transcenderam o gênero da fantasia para se tornar parte do cânone da literatura clássica. Cada um dos sete livros é uma obra-prima, atraindo o leitor para um mundo em que a magia encontra a realidade, e o resultado é um mundo ficcional que tem fascinado gerações. Esta edição apresenta todas as sete crônicas integralmente, em um único volume. Os livros são apresentados de acordo com a ordem de preferência de Lewis, cada capítulo com uma ilustração do artista original, Pauline Baynes. Enganosamente simples e direta, As crônicas de Nárnia continuam cativando os leitores com aventuras, personagens e fatos que falam a pessoas de todas as idades, mesmo cinquenta anos após terem sido publicadas pela primeira vez...

2 - Além do Planeta Silencioso: Um malvado cientista chamado Weston seqüestra o insigne doutor Ransom e o envia, contra a sua vontade, para o planeta vermelho de Malacandra. Ali o aguarda um triste fim: converter-se na vítima de um sacrifício. Entretanto, uma vez em Malacandra, Ransom consegue escapar de seus captores e descobre que se encontra em Marte, um mundo povoado por seres inocentes e sem pecado, que vivem em harmonia com o resto dos mundos do Campo da Árvore, o sistema solar, amparados pela benéfica influência do Criador, Maleldil e que nunca conheceram a maldade do oyarsa rebelde que vive em Thulcandra, a Terra, o planeta silencioso e isolado que não fala o idioma da Árvore...

3 - Perelandra: Neste livro, o segundo da empolgante trilogia de ficção científica de C.S. Lewis, o doutor Ransom é chamado ao paradisíaco planeta de Perelandra, ou Vênus, que revela ser um mundo belíssimo, como um Éden. Ele fica horrorizado, porém, ao descobrir que seu antigo inimigo, o doutor Weston, também chegou ali e, mais uma vez, representa um perigo para o planeta que os hospeda e para a vida de Ransom. Enquanto Weston, dominado por forças do mal, tenta prejudicar Perelandra, Ransom empenha-se numa luta desesperada para salvar a inocência do planeta...

4 - Uma Força Medonha: Neste livro, o terceiro da trilogia de ficção científica de C. S. Lewis, os recém-casados Mark e Jane Studdock são arrastados para acontecimentos além do extraordinário. Na manhã seguinte a um pesadelo horrendo com uma cabeça decapitada, Jane vê o rosto do seu sonho no jornal e tem uma sensação cada vez maior de estar sendo alertada de algum fato real e ameaçador. Enquanto isso, Mark é induzido a entrar para o Instituto Nacional de Experimentos Coordenados, cujo objetivo é controlar a sociedade humana...

5 - A Abolição do Homem: "Se alguém me perguntasse qual livro, com exceção da Bíblia, deveria ser lido por todo o mundo, eu diria sem hesitar: "A Abolição do Homem". É a defesa mais sensata da Lei Natural (Moralidade) que já vi ou acredito existir. Se algum livro é capaz de nos salvar dos excessos futuros da insensatez e do mal, é este livro." - Walter Hooper...

6 - Os Quatro Amores: Lewis distingue neste livro são a Afeição, a Amizade, Eros e a Caridade. Examina como cada um se combina aos demais, sem perder de vista a diferença necessária e real entre eles. Lewis nos adverte também dos enganos e distorções que podem tornar os três primeiros amores - os amores naturais - perigosos sem a graça suavizante da Caridade, do amor divino que deve constituir a somatória e o objetivo de todos os demais...

7 - Alegoria do Amor - Um Estudo da Tradição Medieval: Alegoria do Amor é um brilhante ensaio no qual C. S. Lewis estuda as obras alegóricas que marcaram, na literatura inglesa, a virada da Idade Média para o Renascimento. O que têm em comum? O uso das figuras de linguagem para expressar os mais profundos anseios do coração humano, muitas vezes encarnados na figura da musa inspiradora...

8 - Um Experimento na Crítica Literária: O livro mostra que a literatura não deve ser avaliada por uma pseudocapacidade de revelar verdades sobre a vida ou como auxiliar da cultura; a recepção da obra deve ter um fim em si mesma. Para Lewis, quanto mais especificamente literárias forem as observações, menos contaminadas...

9 -Cartas de um Diabo a seu Aprendiz: obra prima da ironia instruiu e divertiu milhões de leitores com seu retrato irônico e zombeteiro da vida humana feito a partir do ponto de vista do diabo Fitafuso...

10 -Oração - Cartas a Malcolm: É uma abordagem franca e honesta sobre a oração. Publicação póstuma, ainda assim permaneceu na lista dos mais vendidos por muito tempo...




sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Guerra: Latrocínio coletivo do Estado

“As guerras não passam de latrocínios coletivos. É estado ladrão roubando e matando Estado ladrão. Para manter-se mais forte e no poder, não basta esbulhar o seu próprio povo; o Estado exige a espoliação máxima: a guerra com o sangue e o sacrifício de ambos os povos.” Anon, SSXXI

Frases subversivas ou libertárias (34)

OS ERROS NO ENSINO DE ECONOMIA

Por Ubiratan Jorge Iorio

Se folhearmos qualquer journal de Economia do final do século XIX ou do início do século XX – como, por exemplo, o tradicional e sempre importante Journal of Political Economy, editado pela Universidade de Chicago -, nos depararemos com, praticamente, todas as páginas escritas em inglês, com um ou outro rodapé em que aparecem gráficos ou equações matemáticas. Já se tomarmos os números escritos nos últimos anos do mesmo JPE, o que nos chamará a atenção é que em quase todas as páginas predominam modelos matemáticos e econométricos, com escassas frases em inglês, geralmente restritas às introduções e conclusões dos artigos. Em suma, a lógica verbal foi para os rodapés e a lógica matemática, que ali estava, subiu para as partes nobres das páginas... E o que ganhamos com isso, se é que se ganhou algo?

Por que essa tamanha mudança de atitude, que se processou nos últimos cem anos, por parte dos acadêmicos da ciência que muitos julgam ter sido fundada por Adam Smith – mas que, na verdade, remonta a São Tomás de Aquino, aos escolásticos e pós-escolásticos -, se os problemas tratados, tanto nos velhos e centenários volumes das revistas especializadas, quanto nos mais recentes são, rigorosamente, os mesmos, com poucas mudanças em sua essência? Com efeito, bem antes de qualquer journal de Economia ter sido criado, os economistas já se preocupavam com o estudo de questões, apenas para exemplificarmos algumas, como a da determinação dos valores e dos preços dos bens e serviços, da taxa de juros, da taxa de câmbio e dos salários, dos efeitos das variações nos estoques e nos fluxos de moeda sobre os preços e a produção, com a inflação, com o desemprego e com o desenvolvimento das economias. Resumindo: valor, demanda, oferta e mercados!

A pergunta relevante é: será que o uso cada vez mais intenso e sofisticado de instrumentais matemáticos para estudar problemas econômicos contribuiu efetivamente para a sua solução? Nossa resposta a esta importantíssima indagação é peremptoriamente negativa! De fato, embora o uso da matemática, influenciado pelo ambiente positivista do final do século XX, que considerava “ciência” apenas os campos do conhecimento construídos através do método experimental característico das ciências exatas, além do posterior desenvolvimento da Estatística aplicada à Economia e a conseqüente criação e desenvolvimento da Econometria, bem como do extraordinário impulso, nos últimos trinta anos, que a Informática proporcionou aos novos especialistas, tenha contribuído e continue a contribuir para um aperfeiçoamento do conhecimento dito “técnico”, nada disso foi suficiente para que os problemas econômicos que citamos, fora dos ambientes acadêmicos, fossem pelo menos reduzidos a proporções toleráveis – e lembremo-nos de que esses problemas envolvem a vida de pessoas humanas, feitas à imagem e semelhança do Criador e que, portanto, é obrigação de todo economista contribuir para tentar resolvê-los.

Mesmo com todo o instrumental teórico hoje existente, que faz com que os artigos especializados e os livros mais avançados de Economia mais pareçam escritos em grego, pela simbologia herdada da Matemática, ainda existe inflação em alguns países, ainda há desemprego, ainda se contam milhões de pessoas vivendo na miséria, ainda há países que não conseguem se desenvolver, ainda persistem, enfim, diversos dos problemas que preocupavam o genial autor da Summa Teologica, que viveu no século XIII.

O tema é fascinante e daria para escrever um volumoso livro a respeito, mas vamos, aqui, nos ater apenas a dois fatores – ao nosso ver, os mais importantes – que nos levam a responder negativamente à questão crucial sobre se o crescente recurso a modelagens matemáticas da Economia serviu para solucionar os problemas com que os antigos economistas sempre se preocuparam.

O primeiro – de uma obviedade ululante, como diria um falecido dramaturgo brasileiro! -, mas que apenas uns poucos economistas libertos dos antolhos vêem, é que a Economia não lida, como a Física, a Biologia, a Química, a Astronomia e outras ciências experimentais e naturais, com objetos, com esferas rolando em planos inclinados sem atrito, ou com asteróides triscando os céus, ou com reações entre elementos da natureza; ela lida com a infinidade de ações praticadas por seres humanos, bem como com os possíveis efeitos dessas ações, ao longo do tempo (ela é dinâmica) e sob condições de incerteza genuína (ela não é probabilística)! Há, em uma verdadeira ciência econômica, uma que se volte para a pessoa humana e para a sua dignidade, componentes fortes de caráter subjetivo, como emoções, preferências, vontade própria e, sobretudo, fortes determinantes de natureza ética e moral. Nunca é demais lembrarmos que os primeiros – e importantes – estudiosos da Economia foram grandes moralistas, como São Tomás e os escolásticos, como David Hume e como Adam Smith que, antes de escrever A Riqueza das Nações, em 1776, publicara um Tratado Sobre os Sentimentos Morais, até hoje considerado uma referência importante no assunto, como mostra José Oswaldo de Meira Penna em seu ótimo livro Da Moral em Economia.

Ao sofrer a influência do positivismo científico, a Economia passou como que a querer adquirir o status de “ciência exata”, como se tal metamorfose fosse possível. A verdadeira ciência econômica é aquela que sempre foi objeto de estudos dos economistas da chamada Escola Austríaca, desde o seu fundador, o médico Carl Menger, passando por Karl Wieser, Eugene von Böhm-Bawerk, Ludwig von Mises e Friedrich August Von Hayek e cujo legado vem sendo heroicamente mantido por uma minoria acadêmica em que pontificam Israel Kirzner, Mario Rizzo, Gerald O’Driscoll Jr e Roger Garrison, entre mais alguns gatos pingados. Ou como a antiga Escola Sueca, que desapareceu com a morte de seu principal economista, Knut Wicksell, em 1950. Ou, mesmo, como os antigos economistas clássicos, como David Hume, o próprio Adam Smith, o fenomenal (embora pouco estudado) Richard Cantillon, David Ricardo, John Stuart Mill e Alfred Marshall.

Marshall, com Carl Menger e Leon Walras - embora cada um dos três houvesse trabalhado sem conhecimento do que os outros dois faziam – no ano de 1871, encontraram a resposta à importante questão sobre o que determinaria o valor, formulada por São Tomás há sete séculos (e cuja resposta escapou a Adam Smith (que errou ao responder que seria apenas o trabalho), resultado que ficou conhecido como Teoria da Utilidade Marginal. Cada um dos três grandes economistas originou uma metodologia própria, endossada e aperfeiçoada por seus seguidores: de Marshall, originalmente um professor de Matemática, saiu a microeconomia e a análise de equilíbrio parcial, com um uso de gráficos e de equações inicialmente comedido, mas que foi, com o tempo, se sofisticando ; de Walras, a Escola de Lausanne e a análise de equilíbrio geral, desenvolvida pelo brilhante economista italiano Valfrido Pareto e que sempre utilizou extensamente o instrumental matemático; e de Menger, como já dissemos, a Escola Austríaca de Economia, essencialmente subjetiva, tendente desde os primórdios para o método científico do falsificacionismo e de caráter personalista ou individual.

Alfred Marshall, o economista mais famoso nos últimos anos do século XIX e nos primeiros do século XX, foi professor, durante um semestre, em Londres, de John Maynard Keynes, um filósofo que se interessou por Economia, ciência que estudou regularmente apenas naqueles seis meses. Com Keynes, chegamos ao segundo fator que contribuiu para tornar a Economia, embora mais sofisticada, cada vez mais afastada de suas verdadeiras origens, embora incapaz de solucionar as grandes questões.

A perniciosa influência de Keynes – um sujeito extremamente inteligente, haja vista ter sido o economista mais famoso do século XX sem sequer ser graduado em Economia – pode ser desmembrada em quatro partes. A primeira é a revolução moral às avessas que, de forma preconcebida (como demonstra Paul Johnson em Tempos Modernos), introduziu, ao persuadir quase todos os seus colegas de que poupar é ruim e gastar é bom, convencimento que logrou com a introdução de um conceito copiado de um ex-aluno (Khan), o de multiplicador de investimentos. Se, até Keynes, a ética que predominava na Economia era a judaico-cristã, que sempre enalteceu o valor do trabalho duro e da poupança, Keynes, com a sua inteligência, capacidade persuasiva e ao lado de seus amigos do grupo de Bloomsbury, por ele fundado e que tinha como um de seus objetivos, no bojo da crítica nietzschiana à moral, subverter completamente os padrões éticos e morais até então vigentes, enfiou na cabeça de economistas influentes, de políticos e de governantes que a filosofia correta não seria a da formiga, mas a da cigarra.

O segundo mal provocado por Keynes e pelo keynesianismo foi a pouca importância que se passou a dar à microeconomia, em favor da exaltação da macroeconomia, a nova “ciência dos agregados” inventada por ele em sua Teoria Geral, de 1936. Embora o mundo real seja e sempre tenha sido microeconômico e embora nenhum de nós seja louco a ponto de entrar em uma padaria ou açougue e pedir ao balconista um quilo de PIB, a macroeconomia passou a ocupar a maior parte do tempo de gerações seguidas de economistas, influenciados por lord Keynes.

O terceiro dano – quase irreversível, não fosse o Nobel de Economia concedido a Hayek em 1974, que gerou um benéfico rissorgimento de suas idéias, fortalecido pela determinação de Margareth Thatcher em aplicá-las – foi que, com a “vitória” – que foi, na verdade, como a de Pirro, coisa que pouquíssimos perceberam – de Keynes em seu famoso debate com Hayek, nos anos 30, facilitada pela fácil digestão política da proposta de Keynes no sentido de que os governos deveriam aumentar os gastos para combater a Grande Depressão, que teria sido causada por instabilidade no investimento privado, enquanto a proposta do autor de O Caminho da Servidão era politicamente indigerível, já que sustentava que os governos nada deveriam fazer diante daquele problema, porque ele teria sido provocado pelo próprio Estado que, nos anos 20, fizera a taxa real de juros ser mantida anos a fio abaixo de seu valor natural, sendo a recessão dos anos 30 mera conseqüência da euforia expansionista da década anterior. Como, sob o ponto de vista de um político, a sugestão de Keynes de que ele deveria aumentar os gastos públicos soava muito melhor do que a daquele austríaco, de sotaque ainda carregado, levado para Londres, em 1931, pelo próprio Keynes, o resultado foi o surgimento de uma nova economia - a de Keynes - e, posteriormente, a de seus seguidores, com o conseqüente esquecimento, no mundo acadêmico, da até então prestigiada Austrian Economics. Quatro décadas depois, o mundo começou a dar razão a Hayek, por ocasião da stagflation que explodiu no mundo civilizado, após o primeiro choque do petróleo. Mas era tarde: já não se ensinavam mais nas universidades as teorias dos economistas austríacos, limitando-se os professores ou a repetir as diversas interpretações keynesianas sobre o que Keynes, realmente, teria desejado dizer nesse ou naquele capítulo ou parágrafo da General Theory, ou, quando um pouco mais simpáticos aos mercados livres, teorias monetaristas, mas com o aparato macroeconômico herdado de Keynes.

Por fim, o quarto dano resultou do incentivo, imanente às idéias de Keynes – embora ele estivesse longe de ser um socialista! –, a um intervencionismo crescente por parte dos governos, com o objetivo de levar as economias sempre ao pleno emprego, esse inalcançável nirvana que sempre povoou os sonhos de keynesianos, pós-keynesianos, neokeynesianos e novos keynesianos, mesmo que ao preço de maiores taxas de inflação e desemprego no longo prazo, de crescente politização de temas essencialmente econômicos, como preços, salários, juros, câmbio e moeda e de maiores possibilidade de corrupção, associada a um poder político crescente. Para esses discípulos de Keynes – os que erraram, os que insistiram e os que continuam persistindo no erro -, simplesmente, no longo prazo, todos estaremos mortos... Ao que podemos acrescentar, após a observação de tantas décadas de keynesianismo, em todos os países: “Sim, vamos viver o curto prazo, curtir a vida, gastar, mesmo que causemos inflação e mesmo que provoquemos um substancial crescimento na dívida governamental; afinal, como, quando o problema de como pagar a dívida estourar, já estaremos mortos e, portanto, nossos filhos e netos é que terão que resolvê-los”... Por essa razão é o Prof. James Buchanan, laureado com o Nobel em 1986, observou, com bastante propriedade, que a dívida pública é algo profundamente imoral, pois transfere às gerações seguintes os ônus da irresponsabilidade da geração presente.

No início dos anos 90, houve nos Estados Unidos um intenso debate entre economistas, com vistas a tentar-se explicar porque a demanda pelos cursos de Economia havia caído fortemente, especialmente nos cursos de pós-graduação, cujas turmas passaram a contar, normalmente, com mais alunos estrangeiros do que com norte-americanos. A discussão envolveu tanto “keynesianos”, quanto “conservadores” e uma das conclusões foi que o abuso das técnicas matemáticas em uma ciência humana e social agia como um espantalho, a não ser para os poucos – dentre os que começam um curso de graduação – que aspiram a uma carreira acadêmica. Na medida em que avançavam em suas “técnicas”, os economistas afastavam-se do mundo real; cada vez mais economics e cada vez menos economy...

Na América Latina – e, obviamente, no Brasil -, o ensino de Economia, além de todos esses males a que nos referimos, sofre de um outro, maior, que ascende da própria alma subdesenvolvida que nos caracteriza, com tudo o que isto significa. Referimo-nos à forte influência de uma salada tropical em que, às idéias keynesianas intervencionistas, misturam-se elementos marxistas, ingredientes da antiga Cepal (de Celso Furtado, Maria da Conceição Tavares, Barros de Castro, Carlos Lessa e outros menos conhecidos), tudo regado ao molho azedo de economistas ultra-heterodoxos, como o romeno Kalecki, a inglesa Joan Robinson e  Piero Sraffa – um italiano, estranhamente, um tanto preguiçoso, pois levou nada menos do que 40 anos para escrever o seu único livro, A Produção de Mercadorias por Meio de Mercadorias”, que tem perto de ... 40 páginas.

Esse amálgama do que pode existir de pior em termos de defesa do intervencionismo econômico, que se apossara, no início dos anos 70, da Faculdade Economia da UFRJ , fundou, quase que na mesma época, o curso de Economia da Unicamp, universidade que sempre recebeu polpudos recursos dos governos do Estado de São Paulo. Hoje, em cada canto do Brasil onde existe um curso de Economia, em especial nas universidades públicas, há diversos professores dessas duas universidades, alguns menos radicais, outros mais, porém todos com a mesma característica, que é a rejeição à tese liberal de que o processo de mercado é superior ao processo político, em termos de solucionar os problemas econômicos e sociais. Em suma, as faculdades de Economia e os cursos de mestrado e doutorado em Economia, talvez com a exceção da EPGE, da Fundação Getulio Vargas – que carece, contudo, de uma visão humanista -, formam profissionais preparados basicamente, se forem trabalhar na iniciativa privada, para criticarem o mercado e, se forem para o governo, para intervirem no processo de mercado, pois são essencialmente treinados em engenharia social, ou em “formulação de políticas públicas”. O custo disso tudo é alto: cinco congelamentos de preços, recursos que poderiam ser empregados mais eficientemente e, como podemos ver todos os dias nos jornais, propostas no sentido de que nossa economia precisa de “mudanças”, algo que nem eles próprios sabem do que se trata.

Mas é com otimismo, com base na certeza de Mises de que basta um professor com as idéias certas, em um departamento de uma universidade, para fazer com que os alunos percebam os erros dos demais, que fechamos este artigo. Há alguns anos, em algumas universidades, em palestras, cursos de curta duração e disciplinas semestrais eletivas sobre a Escola Austríaca, em que mostramos aos futuros economistas a metodologia, o pensamento, os pressupostos, a teoria e, sobretudo, a sua aplicabilidade ao mundo real, a afirmação de Mises vem se tornando, para nós, uma inquebrantável certeza. Um dia, no Brasil, com o reforço de novos colegas, haveremos de transformar em realidade palpável o ideal de formar verdadeiros economistas, não apenas com o domínio técnico correto, mas também com a indispensável visão humanista e a certeza de que, sem uma base moral sólida, a Economia – os atos econômicos - fica completamente descaracterizada do que deve ser, que é uma ciência com vistas ao bem comum e à dignidade da pessoa humana.

Ubiratan Iorio é Doutor em Economia (EPGE/FGV), Diretor Acadêmico do Instituto Ludwig von Mises Brasil e Professor Associado da Uerj