Por Dinesh D'Souza
"Ele é um fascista!"
Durante anos, este é
um dos bordões favoritos da esquerda, visando aqueles à direita. Agora mais do
que nunca.
Este rótulo baseia-se
na ideia de que o fascismo é um fenômeno da direita. A esquerda diz que é,
então deve ser verdade...
Mas eles estão
corretos?
Para responder a esta
questão, temos que perguntar o que o fascismo realmente significa: qual é a sua
ideologia ? De onde esse nome vem mesmo?
Estas não são questões
fáceis de responder. Conhecemos o nome do filósofo do capitalismo: Adam Smith.
Conhecemos o nome do filósofo do marxismo: Karl Marx. Mas quem é o filósofo do
fascismo?
Sim, exatamente. Você
não sabe. Não se sinta mal. Quase ninguém sabe. Isso não é porque ele não
existe, mas porque os historiadores, a maioria dos quais estão na esquerda,
tiveram que apagar-lo da história para evitar confrontar as crenças reais do
fascismo. Então, deixe-me apresentá-lo a você. O nome dele é Giovanni Gentile.
Nascido em 1875, ele
foi um dos filósofos mais influentes do mundo na primeira metade do século XX.
Gentile acreditava que havia dois tipos de democracia "diametralmente
opostos". Uma é a democracia liberal, como a dos Estados Unidos, que
Gentile rejeita como individualista - muito centrada na liberdade e nos
direitos pessoais - e, portanto, egoísta. O outro, diz Gentile, é a
"verdadeira democracia", em que os indivíduos voluntariamente se
subordinam ao estado.
Como seu mentor
filosófico, Karl Marx, Gentile queria criar uma comunidade que se assemelhe à
família, uma comunidade onde estamos "todos juntos". É fácil ver a
atração dessa idéia. Na verdade, continua a ser um tema retórico comum da
esquerda.
Por exemplo, na
convenção de 1984 do Partido Democrata, o governador de Nova York, Mario Cuomo,
comparou a América com uma família extensa onde, por meio do governo, as
pessoas se cuidam umas das outras.
Nada mudou. Trinta
anos depois, um slogan da convenção do Partido Democrata de 2012 foi: "O
governo é a única coisa a que todos pertencemos". Eles também poderiam ter
citado Gentile.
Agora, lembre-se,
Gentile era um homem da esquerda. Ele era um socialista comprometido. Para ele,
o fascismo é uma forma de socialismo - de fato, é a forma mais viável. Enquanto
o socialismo de Marx mobiliza as pessoas com base na classe, o fascismo
mobiliza as pessoas atraindo a sua identidade nacional e sua classe. Os
fascistas são socialistas com identidade nacional. Os fascistas alemães na
década de 1930 eram chamados nazistas - basicamente uma contração do termo
"socialista nacional".
Para Gentile, toda
ação privada deve ser orientada para servir a sociedade; não há distinção entre
o interesse privado e o interesse público: os dois são idênticos. E quem é o
braço administrativo da sociedade? Não é outro senão o estado.
Conseqüentemente, submeter-se à sociedade é submeter-se ao estado - não apenas
em questões econômicas, mas em todos os assuntos. Como tudo é político, o
estado começa a dizer a todos como pensar e o que fazer.
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