O Brasil só não é
rico porque roubaram nossas riquezas naturais
Sem poder fazer
parcerias e trazer capital ao país, a Petrobras viu sua produção ficar
estagnada por sete anos Agência Brasil
Produzir no Brasil
notoriamente não é uma tarefa das mais fáceis. Para além da nossa pífia 123ª
colocação no ranking Doing Business, do Banco Mundial, que avalia a capacidade
de um país de fazer negócios, temos um longo histórico de hostilidade junto a
qualquer investidor estrangeiro que pretenda se aventurar por aqui.
A bem da realidade,
durante mais de 2/3 da nossa história, qualquer riqueza natural brasileira
pertenceu ao governo, seja ele o governo português, ou o império brasileiro.
Foi apenas em 1891 que nossas riquezas finalmente puderam ser exploradas por
aqueles que se dispusessem a tal. Ainda assim, não foi fácil.
No caso mais
notório, o norte-americano Percival Farquahr, lutou durante mais de 2 décadas
para levantar uma mineração em Minas Gerais. Sua ideia era simples: produzir e
exportar minério de ferro. Para o então governador de Minas e futuro presidente
Arthur Bernardes, a lógica era absurda, e Farquahr deveria, como compensação,
construir uma siderúrgica no estado.
Dito e feito,
Percival se propôs a construir uma siderúrgica não apenas para o minério de
ferro, como também uma siderúrgica para produzir coque de cobre, ferrovias e um
porto no Espírito Santo. Tudo isso quase duas décadas antes de barganharmos com
americanos uma siderúrgica nacional em Volta Redonda.
Nada disso porém
foi pra frente. O Tribunal de Contas da União barrou a decisão, e mandou o
congresso avaliá-la. Por oito anos, a decisão ficou parada no congresso, só
sendo definida em 1928. Com a crise do ano seguinte, e vendo que sua concessão
acabaria oficialmente em 1931, o projeto naufragou. E só seria reativado quase
15 anos mais tarde, dando origem a Vale do Rio Doce, estatal que deveria
executar exatamente o mesmo projeto feito pela iniciativa privada 32 anos
antes.
Do minério de ferro
ao petróleo, nossas riquezas naturais estiveram via de regra sob o manto de
proteção do Estado brasileiro por quase toda a nossa história, e, justamente
por isso, nosso capital disponível para explorá-las e transformar tudo em
riqueza de fato, bem além de um bilhete premiado embaixo da terra, foi sempre
limitado. Afinal, por que investir em mineração ou petróleo se o estado tem
tantas obrigações mais urgentes como saúde e educação?
De fato, foi
justamente nossa hostilidade com relação aos estrangeiros dispostos a investir
por aqui que impediu esta riqueza de ser melhor aproveitada.
Caso similar
ocorreu justamente em 2009, quando após a descoberta do pré-sal, o governo
brasileiro decidiu mudar as regras e impedir que novamente eles, os
estrangeiros, investissem bilhões por aqui.
Faça as contas: a cada US$ 100 produzidos
pela Petrobras, R$ 64 são impostos, R$ 24 são custos (mão de obra e
investimento), e R$ 12 corresponde ao lucro.
Parece lógico portanto que o governo
arrecadaria muito mais se permitisse que a produção de fato aumentasse, não?
Pois é, mas não foi nada disso que ocorreu.
Sem poder fazer parcerias e trazer
capital ao país, a Petrobras viu sua produção ficar estagnada por sete anos, e,
enquanto alguns poucos lucravam explorando-a ou mesmo saqueando a empresa, o
país deixou passar novamente uma oportunidade de transformar tudo em riqueza.
Se durante séculos as riquezas
produzidas aqui foram de fato levadas para enriquecer nossos colonizadores, nas
últimas décadas temos nos encarregado de impedir que isso ocorra, não por reter
a riqueza em solo nacional, mas por impedir que sequer ela seja produzida.
Texto extraído do artigo de Felippe Hermes: “Três mentiras sobre
o Brasil que não podem mais ser repetidas” - Felippe Hermes é cofundador do site spotniks (um dos melhores
sites da internet)
Fonte: Gazetado Povo (assine este site, e fique por dentro das verdades que o papai governo
e mamãe mídia escondem de você)
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