Por Flavio
Quintela
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O autor usa
como base de seu trabalho um estudo minucioso sobre as doenças da
personalidade, causadas tanto por hereditariedade como por danos físicos ao
cérebro. O destaque é sempre para os psicopatas, que têm seu modo próprio de
pensar e enxergar a vida, totalmente diferente daquele das pessoas normais. O
psicopata vê seus semelhantes – os outros psicopatas – como humanos, da mesma
espécie, mas vê as pessoas normais como seres inferiores, cuja vida não vale
nada a não ser que possa ser útil aos seus propósitos. Infelizmente, esse tipo
de gente – pessoas doentes, sem cura – encontra nas sociedades modernas uma
estrutura que os catapulta aos cargos de liderança política, de onde podem
colocar em prática todos os seus planos de dominação e poder. É o que estamos
vivendo hoje no Brasil.
Como lidar com
essa gente? Com certeza não é tentando curá-los, pois a psicopatia não tem
cura. O ideal, como o próprio autor do livro recomenda, é criar defesas da
sociedade contra a ascensão desses tipos ao poder. Mas no nosso caso isso já
não é mais possível, pois temos psicopatas nos governando neste momento, nos
levando cada vez mais para dentro de seus infernos particulares. E volta a
pergunta: como lidar com essa gente? Minha sugestão particular, e título deste
artigo: chega
de ser bonzinho. Nós somos educados a dar a outra face, a
transcender, a relevar, e ao mesmo tempo que o revide é ruim, que responder é
falta de educação e que palavrão é a coisa mais feia do mundo. Tudo isso pode
ser verdade quando estamos falando de uma relação entre duas pessoas normais, mas
não quando estamos lidando com desequilibrados de alma assassina.
Estamos numa
guerra cultural com a esquerda, não há como negar. Nesta guerra enfrentamos
diariamente oponentes dos mais diversos tipos. Precisamos saber identificá-los
e aplicar estratégias de ataque diferentes para cada um deles, tendo sempre
como objetivo vencer as batalhas individuais para, quem sabe, daqui trinta
anos, vencer a guerra também.
O primeiro tipo
que encontramos pela frente é o esquerdista bocó. Ele gosta da esquerda por uma
questão meramente de aparências – a esquerda parece legal e justa para ele, já
que prega a igualdade social e uma sociedade melhor. Ele nunca parou para ler
sobre os regimes de esquerda e suas consequências nefastas, por isso acha
confortável e bonito defender essa causa. Por não ter o menor embasamento
ideológico e também por não militar ativamente pela causa, este é o tipo mais
fácil de libertar. Mas não se engane: você não pode ser bonzinho com ele mesmo
assim. A estratégia para este tipo de esquerdista é o uso de fatos
incontestáveis que destruam as falácias em que ele acredita. Confronte o bocó
com fatos, mostre a ele que toda essa bobagem poética de igualdade não passa de
fachada para regimes assassinos, e bata sem dó até o nocaute. Aliás, usando a figura
do esporte, o oponente mais forte nunca pode ficar com dó do mais fraco, sob
pena de perder o jogo; da mesma forma, não podemos abrir mão da superioridade
intelectual sobre o esquerdista bocó.
Seguindo, o
segundo tipo com o qual nos deparamos frequentemente é o esquerdista acéfalo.
Ele é algo como um esquerdista bocó que perdeu a virgindade intelectual.
Explico: quando você confronta o bocó com a realidade, geralmente ele percebe o
engodo em que havia caído, e abandona a “fé vermelha”. Mas, em alguns casos,
mesmo após a exposição do sujeito à verdade, ele opta por continuar acreditando
nas mentiras que o têm mantido cativo. Não sei bem se isso ocorre por falta de
inteligência ou por falta de amor próprio, ou ainda por algum trauma
psicológico, mas a esses esquerdistas, que escolhem viver em engano mesmo
diante da verdade, eu dei o nome de acéfalos. Afinal, se não usam a cabeça para
nada de útil, é como se nem a tivessem. No confronto com o esquerdista acéfalo
não há muito o que fazer além do uso de xingamentos inteligentes. Afinal, se a
verdade e a lógica não resolvem, não é um cafuné que irá fazer efeito.
O terceiro tipo
é o esquerdista canalha. Alguém que não é ingênuo o suficiente para acreditar
no esquerdismo sem nenhum estudo sobre o mesmo, e não é idiota o suficiente
para acreditar no esquerdismo após estudar sobre o mesmo, só pode ser canalha
para continuar defendendo algo que só trouxe desgraça para a humanidade. Aqui
cabe a cautela de um bom lutador, sempre buscando o ataque. A estratégia com esse
tipo de esquerdista é o desmascaramento puro, ou seja, atacar o discurso do
canalha com perguntas desconcertantes que o forcem a admitir a maldade e a
canalhice do que ele defende, ou que o façam cair em contradição imediata.
O último tipo é
o que já mencionei no início do artigo, o esquerdista psicopata. Enquanto a
luta for com psicopatas que ainda não têm acesso ao poder, é possível
desmascará-los e trabalhar ativamente para que não cheguem a qualquer tipo de
posição de liderança, sempre com os olhos bem abertos para possíveis
retaliações, já que os psicopatas são extremamente vingativos. Assim como eles
nos consideram seres sub-humanos, nós devemos entendê-los como quase não
humanos, já que são capazes de atos cruéis que uma pessoa normal jamais aceitaria.
Quase sempre os psicopatas, embora tenham uma facilidade muito grande de
trabalhar no campo dos sentimentos das pessoas, são portadores de inteligências
no máximo medianas, o que torna fácil vencê-los no campo das ideias e da
intelectualidade. Infelizmente muitos psicopatas ocupam hoje cargos de poder,
que os blindam contra o confronto direto. Contra esses não há nada a fazer a
não ser trabalhar contra sua continuidade no poder. Em outras palavras, esses
monstros não podem ser reeleitos, de modo algum.
Espero ter
aguçado sua curiosidade sobre o assunto. Meu blog irá divulgar, com certeza, o
lançamento do livro de Lobaczewski no Brasil, oportunidade em que o leitor
poderá adquirir tão importante obra. Enquanto isso não acontece, vale a pena
praticar o embate com os diversos tipos de esquerdistas que cruzam a nossa
frente. Já passou da hora de quebrar essa hegemonia que eles têm no Brasil. E
chega de psicopatas no poder.
Flavio Quintela, escritor, edita o blog MaldadeDestilada e está lançando, pela Vide Editorial, seu primeiro livro, Mentiram (e muito) para mim.
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