Por Spotniks
O
BNDES, quando despido de toda a propaganda ideológica, não passa de uma
perniciosa máquina de redistribuição de renda às avessas. Uma vez que
você entende como realmente funciona este suposto banco de desenvolvimento,
torna-se claro seu mecanismo espoliativo.
Originalmente,
os recursos do BNDES eram oriundos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador —
fundo destinado a custear o seguro-desemprego e o abono salarial). Só
que, dado que os recursos do FAT advêm das arrecadações do PIS e do PASEP, na
prática os recursos do BNDES eram originados dos encargos sociais que incidem
sobre a folha de pagamento das empresas. Esse dinheiro era então
direcionado para as grandes empresas a juros subsidiados.
Este
arranjo, por si só, já denotava um grande privilégio. Por que, afinal, as
pequenas empresas devem financiar os juros subsidiados das grandes empresas?
O
problema é que essa matriz, já ruim, foi alterada para pior a partir de
2009. Se antes o BNDES se financiava exclusivamente via impostos, a
partir de 2009 ele passou a se financiar também via endividamento do Tesouro, o
que significa que ele se financia via inflação monetária.
Funciona
assim: como o BNDES não tinha todo o dinheiro que o governo queria destinar a
seus empresários favoritos — como o multifacetado Senhor X —, o Tesouro começou
a emitir títulos da dívida com o intuito de arrecadar esse dinheiro para
complementar os empréstimos.
E quem
compra esses títulos? Majoritariamente, o sistema bancário. Como
ele compra? Criando dinheiro do nada, pois opera com reservasfracionárias. Ou seja, a atual forma de financiamento do BNDES
é inerentemente inflacionária. Ela aumenta a quantidade de dinheiro na
economia.
O
gráfico a seguir mostra a evolução dos empréstimos do BNDES, atualmente com um
saldo de R$ 638 bilhões. Observe a guinada ocorrida em meados de 2009,
quando essa nova modalidade foi implantada. Leia mais, a melhor e a mais estarrecedora parte desta história, aqui
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