Por Diversos autores
Os recentes acontecimentos em Ottawa, Canadá,
comprovam, pela enésima vez, que controle de armas serve apenas para deixar uma
população pacífica ainda mais vulnerável.O desarmamento não apenas deixa uma
população menos livre, como também a deixa menos segura. E não existe
liberdade individual se o indivíduo está proibido de se proteger contra
eventuais ataques físicos. Liberdade e autodefesa são conceitos
totalmente indivisíveis. Sem o segundo não há o primeiro.
Respeitar o direito de cada indivíduo
poder ter armas de fogo ainda é a melhor política de segurança, como os fatos
listados abaixo mostrarão. Já restringir, ou até mesmo proibir, o direito
de um indivíduo ter uma arma de fogo o deixa sem nenhuma defesa efetiva contra
criminosos violentos ou contra um governo tirânico.
A Universidade de Harvard, que não
tem nada de conservadora, divulgou recentemente um estudo que comprova
que, quanto mais armas os indivíduos de uma nação têm, menor é a
criminalidade. Em outras palavras, há uma robusta correlação positiva
entre mais armas e menos crimes. Isso é exatamente o oposto do que a
mídia quer nos fazer acreditar.
Mas o fato é que tal correlação faz
sentido, e o motivo é bem intuitivo: nenhum criminoso gostaria de levar um
tiro.
Se o governo de um país aprova um
estatuto do desarmamento, o que ele realmente está fazendo é diminuindo o medo
de criminosos levarem um tiro de cidadãos honestos e trabalhadores, e
aumentando a confiança desses criminosos em saber que suas eventuais vítimas —
que obedecem a lei — estão desarmadas.
A seguir, 20 fatos pouco conhecidos
que comprovam que, ao redor do mundo, mais armas deixam uma população mais
segura.
01) Um estudo publicado pela
Universidade de Harvard — Harvard Journal of Law & Public Policy —
relata que países que têm mais armas tendem a ter menos crimes
02) Ao longo dos últimos 20 anos, as
vendas de armas dispararam nos EUA, mas os homicídios relacionados a armas de
fogo caíram 39 por cento durante esse mesmo
período. Mais ainda: “outros crimes relacionados a armas de fogo” despencaram 69%.
03) Ainda segundo o estudo da Harvard,
os nove países europeus que apresentam a menor taxa de posse de armas
apresentam taxas de homicídios que, em conjunto, são três vezes maiores do que as dos outro nove
países europeus que apresentam a maior taxa de posse de armas.
04) Quase todas as chacinas cometidas
por indivíduos desajustados nos Estados Unidos desde 1950 ocorreram em estados
que possuem rígidas leis de controle de armas.
Com uma única exceção, todos os assassinatos
em massa cometidos nos EUA desde 1950 ocorreram em locais em que os cidadãos
são proibidos de portarem armas. Já a Europa, não obstante sua rígida
política de controle de armas, apresentou três dos seis piores episódios de
chacinas em escolas.
05) Os EUA são o país número 1 do mundo
em termos de posse de armas per capita, mas estão apenas na 28ª posição mundial em termos
de homicídios cometidos por armas de fogo para cada 100.000 pessoas.
06) A taxa de crimes violentos nos EUA
era de 757,7 por 100.000 pessoas em 1992. Já em
2011, ela despencou para 386,3 por 100.000 pessoas. Durante esse
mesmo período, a taxa de homicídios caiu de 9,3 por 100.000 para 4,7 por 100.000. E, também durante esse
período, como já dito acima, as vendas de armas dispararam.
07) A cada ano, aproximadamente 200.000 mulheres nos EUA
utilizam armas de fogo para se proteger de crimes sexuais.
08) Em termos gerais, as armas de fogo
são utilizadas com uma frequência 80 vezes maior
para impedir crimes do que para tirar vidas.
09) O número de fatalidades
involuntárias causadas por armas de fogo caiu 58% entre 1991 e 2011.
10) Apesar da extremamente rígida lei
desarmamentista em vigor no Reino Unido, sua taxa de crimes violentos é
aproximadamente 4 vezes superior à dos EUA. Em 2009, houve 2.034 crimes violentos para cada 100.000
habitantes do Reino Unido. Naquele mesmo ano, houve apenas 466 crimes violentos para cada 100.000
habitantes nos EUA.
11) O Reino Unido apresenta
aproximadamente 125% mais vítimas de estupro por 100.000
pessoas a cada ano do que os EUA.
12) Anualmente, o Reino Unido tem 133% mais vítimas de assaltos e de outras agressõesfísicas por 100.000 habitantes do que os EUA.
13) O Reino Unido apresenta a quarta maior taxa de arrombamentos e invasões deresidências de toda a União Europeia.
14) O Reino Unido apresenta a segunda maior taxa de criminalidade
de toda a União Europeia.
15) Na Austrália, os homicídios
cometidos por armas de fogo aumentaram 19% e os assaltos a mão armada aumentaram 69% após o governo instituir o desarmamento da população.
16) A cidade de Chicago havia aprovado
uma das mais rígidas leis de controle de armas dos
EUA. O que houve com a criminalidade? A taxa de homicídios foi 17% maior em 2012 em relação a 2011, e Chicago
passou a ser considerada a “mais mortífera dentre as cidades globais“.
Inacreditavelmente, no ano de 2012, a quantidade de homicídios em Chicago foi
aproximadamente igual à quantidade de homicídios ocorrida em todo o Japão.
17) Após essa catástrofe, a cidade de
Chicago recuou e, no início de 2014, voltou a permitir que seus cidadãos
andassem armados. Eis as consequências: o número de roubos
caiu 20%; o número de arrombamentos caiu também 20%; o de furto de veículos
caiu 26%; e, já no primeiro semestre, a taxa de homicídios da cidade recuou
para o menor nível dos últimos 56 anos.
18) Após a cidade de Kennesaw, no estado
americano da Geórgia, ter aprovado uma lei que obrigava cada casa a ter uma arma, a taxa de criminalidade caiu mais de 50% ao longo dos 23 anos
seguintes. A taxa de arrombamentos e invasões de domicílios despencou incríveis 89%.
19) Os governos ao redor do mundo
chacinaram mais de 170 milhões de seus próprios cidadãos
durante o século XX (Stalin, Hitler, Mao Tsé-Tung, Pol Pot etc.). A
esmagadora maioria desses cidadãos havia sido desarmada por esses mesmos governos antes de serem
assassinados.
20) No Brasil, 10 anos após a aprovação
do estatuto do desarmamento — considerado um dos mais rígidos do mundo —, o comércio legal de armas de fogo caiu 90%.
Mas as mortes por armas de fogo aumentaram 346% ao longo dos últimos 30
anos. Com quase 60 mil homicídios por ano, o Brasil já
é, em números absolutos, o país em que mais se mata.
Quantas dessas notícias você já viu
na mídia convencional, que dá voz apenas a desarmamentistas?
Armas são objetos inanimados, tão
inanimados quanto facas, tesouras e pedras. Costumes, tradições, valores
morais e regras de etiqueta — e não leis e regulações estatais — são o que
fazem uma sociedade ser civilizada. Restrições sobre a posse de objetos
inanimados não irão gerar civilização.
Essas normas comportamentais — as
quais são transmitidas pelo exemplo familiar, por palavras e também por
ensinamentos religiosos — representam todo um conjunto de sabedoria refinado
por anos de experiência, por processos de tentativa e erro, e pela busca
daquilo que funciona. O benefício de se ter costumes, tradições e valores
morais regulando o comportamento — em vez de atribuir essa função ao governo —
é que as pessoas passam a se comportar eticamente mesmo quando não há ninguém
vigiando. Em outras palavras, é a moralidade a primeira linha de defesa
de uma sociedade contra comportamentos bárbaros.
No entanto, em vez de se concentrar
naquilo que funciona, os progressistas desarmamentistas querem substituir moral
e ética por palavras bonitas e por leis de fácil apelo.
Por último, vale um raciocínio
lógico: quem é a favor do desarmamento não é contra armas, pois as armas serão
necessárias para se desarmar os cidadãos. Logo, um desarmamentista nunca
será contra armas — afinal, ele quer que a polícia utilize armas para confiscar
as armas dos cidadãos.
Consequentemente, um desarmamentista
é necessariamente a favor de armas. Mas ele quer que apenas o governo
(que, obviamente, é composto por pessoas honestas, confiáveis, morais e
virtuosas) tenha armas.
Conclusão: nunca existiu e nem nunca
existirá um genuíno ‘desarmamento’. Existe apenas armamento centralizado
nas mãos de uma pequena elite política e dos burocratas fardados que protegem
os interesses dessa elite.
Participaram
desse artigo:
Walter
Williams, professor honorário
de economia da George Mason University e autor de sete
livros. Suas colunas semanais são publicadas em mais de 140 jornais
americanos.
Ron Paul, médico e ex-congressista republicano
do Texas. Foi candidato a presidente dos Estados Unidos em 1988 pelo Partido
Libertário e candidato à nomeação para as eleições presidenciais de 2008 e 2012
pelo partido republicano.
É autor de diversos livros sobre a
Escola Austríaca de economia e a filosofia política libertária como Misese a Escola Austríaca: uma visão pessoal, Definindo
a liberdade, OFim do Fed – por que acabar com o Banco Central (2009), The Case for
Gold (1982), The Revolution: A Manifesto (2008), Pillars of Prosperity (2008) e
A Foreign Policy of Freedom (2007).
O doutor Paul foi um dos fundadores
do Ludwig von Mises Institute, em 1982, e no ano de 2013 fundou o Ron PaulInstitute for Peace and Prosperity e o The Ron PaulChannel.
Stefan
Molyneux, ex-empresário do
ramo de software, hoje se dedica inteiramente à filosofia. Já escreveu sete
livros, todos disponíveis em seu website.
Michael
Snyder, colunista do blog
EconomicCollapse.
Fonte: Epoch times (Artigo publicado em 04-04-2015)
Foto: Duas garotas da Suíça passeando de bicicletas com as suas armas.
Foto: Duas garotas da Suíça passeando de bicicletas com as suas armas.
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