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quarta-feira, 13 de maio de 2015

O mito e a tela azul feminista

Sobre o incrível causo do homem lésbico hetero-transsexual militante feminista

Do Facebook:

"Este relato é sobre minha experiência pessoal sobre pontos específicos no Encontro de Mulheres Estudantes (EME) que ocorreu em Curitiba este último fim de semana:

O encontro tinha como propósito a construção de políticas para mulheres estudantes e seus devidos recortes, com eixos centrais pré-estabelecidos pela UNE. O espaço era formado por mulheres de várias universidades, coletivos e feministas autônomas de todo o país. E já era previamente sabido por mim, que poderiam ter pessoas do sexo masculino auto-identificadas como mulheres, ou seja, era um espaço trans-inclusivo. E, de fato, isso ocorreu.

Várias mulheres relataram desconforto em usar o mesmo banheiro e dormir no mesmo alojamento que uma figura específica que se auto-denominava "Helena/Luiza/Heloisa/..." (não sei ao certo, parece que flui), uma "transsexual lésbica". Relataram também, que esta pessoa chegou ao encontro de barba e calça jeans, e que ao chegar no alojamento, emprestou roupas (especificamente uma saia) de outras mulheres para usar no espaço e tirou a barba. Também relataram que este ser era chamado de "Luis" no banheiro por algumas companheiras. Assim como eu, esta pessoa participou do grupo de discussão LBT, apresentando-se como mulher transsexual e disse que estava "se empoderando muito no espaço". Houveram algumas discussões pontuais neste grupo de discussão, porém, para variar, pouco se falou nas lésbicas e nas pautas referentes à nós. Inclusive rolou aquelas máximas lesbofóbicas de que existem mulheres trans lésbicas e que seriam "tão lésbicas quanto as cis", e as "lésbicas opressoras que não ficam com bissexuais".

O eixo central da discussão se tornou como supostamente é um avanço a inclusão "da diversidade" e de "todos os oprimidos" no feminismo. Em meio ao debate, essa pessoa se retirou por livre vontade e algumas mulheres supuseram que era porque "Helena/Luiza/Heloisa" estava desconfortável com a "transfobia" que estava acontecendo. Ao meu ver, usou da socialização masculina para manipular mulheres para rivalizarem entre si.

Mais além, teve um sarau onde este ser estava novamente presente. Ele usou de deboche e ironia com as lésbicas. Muitas mulheres neste momento começaram a externalizar seu desconforto em estar presente no mesmo espaço que essa pessoa, que decidiu continuar provocando e ironizando as lésbicas. Tiveram alguns confrontos de fala diretos com essa ser, até que ele se retirou do espaço como "vítima". Mulheres, algumas feministas radicais e outras cujo alinhamento teórico se diverge, se reuniram para discutir o que concerne ao desconforto legítimo das mulheres que se sentiram expostas ao usar o mesmo banheiro que uma pessoa do sexo masculino e dormir no mesmo espaço. Estas mulheres foram silenciadas, tiveram seus traumas e contestações abafados porque, supostamente, o "sofrimento de Helena/Luiza/Heloisa" era muito maior, e tínhamos que "rever privilégios" (nossa quanto útero opressor junto, minha gente). Fomos abafadas por mulheres militantes de organizações diversas, que nos acusaram de transfobia e intolerância.

Entendemos que espaços exclusivos de mulheres tenham que priorizar a segurança física, emocional e psicológica das MULHERES. E que é incabível que se priorizem, mais uma vez, pessoas do sexo masculino como toda a sociedade já o faz. Ignorar que um falo no meio de um banheiro feminino pode acionar diversas problemáticas em mulheres é uma postura anti-feminista, descuidada e despolitizada.

Já é sabido que feministas radicais são críticas a noção de identidade de gênero e que acreditamos que gênero é uma construção social usada para naturalizar a exploração dos homens sobre as mulheres. Mas não teve feminista radical agredindo fisicamente mulher trans. Não teve feminista radical expulsando mulher trans do EME. Não teve feminista radical invadindo todos os grupos de discussão para dizer que mulheres trans são homens infiltrados no feminismo. Tiveram MULHERES desconfortáveis em estarem expostas à presença de uma pessoa do sexo masculino em um espaço que deveria ser confortável à todas. É desonesto politicamente usar fatos que não verídicos para atacar feministas radicais. Melhorem.
Muitas mulheres vieram me procurar e outras companheiras que compartilharam do mesmo desconforto (de forma quase clandestina), relatando ter medo de exporem seu posicionamento para não serem acusadas de preconceituosas e transfóbicas. Disseram se sentir coagidas à concordarem com a pauta trans e sentirem medo de serem rechaçadas politicamente. Política do medo é política patriarcal.

À quem interessar (já que não é uma pauta mainstream): tiveram várias mães com suas crias presentes no espaço, mas, infelizmente, pouco vi a pauta das estudantes mães serem levantadas.

Além do que já relatei sobre lesbofobia, também tiveram mulheres relatando desconforto com "lésbicas masculinizadas".

A reflexão é livre."


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